De há muito tempo que o PSDB vem destruindo a empresa, demitindo funcionários, cortando salários e rebaixando a qualidade da programação - que já foi considerada das melhores das tevês educativas do país.
Conselho de Defesa dos Capitais do Estado (Codec), órgão da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, vetou os pagamentos sob a alegação de que o governo estadual está com problemas de caixa.
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"Na sexta-feira passada (19), os trabalhadores da área técnica da Rádio e TV Cultura deflagraram uma greve por tempo indeterminado contra o não pagamento de parte do salário e da totalidade do abono.
A Fundação Padre Anchieta, mantenedora das emissoras e ligada ao governo tucano de São Paulo, simplesmente desrespeitou o acordo firmado com o Sindicato dos Radialistas em 2014.
"Vinhamos tentando negociar desde março, mas até já firmamos novo acordo (para 2015-2016) e ainda não há perspectiva sobre o acerto desses valores”, explicou Sérgio Ipoldo, coordenador da entidade, ao jornalista Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual.
De há muito tempo que o PSDB vem destruindo a empresa, demitindo funcionários, cortando salários e rebaixando a qualidade da programação - que já foi considerada das melhores das tevês educativas do país. Segundo o sindicalista, a situação se deteriora a cada dia que passa. No caso do acordo firmado no ano passado, a empresa repassou 5,2% de um reajuste acordado em 5,85% e não efetuou o pagamento do abono no valor de 50% do salário-base de cada trabalhador, que deveria ter sido pago em maio.
“Acertamos algumas datas-limite em 12 e 18 de junho, mas a empresa simplesmente se nega a pagar. A categoria não teve alternativa senão a greve”, afirmou.
Dois dias antes da deflagração da greve, o sindicato havia negociado com a empresa o acordo para 2015-2016, fixando um reajuste de 7,21% nos salários, aumento de 8,34% no piso da categoria e um novo abono de 50% dos salários a ser pago em maio do ano que vem. “Tememos que estes valores também não sejam integralmente pagos. É um desrespeito muito grande à categoria”, disse Ipoldo. A desculpa da Rádio e TV Cultura é que o Conselho de Defesa dos Capitais do Estado (Codec), órgão da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, vetou os pagamentos sob a alegação de que o governo estadual está com problemas de caixa.
"Além das questões salariais, os trabalhadores reclamam de outros problemas, como o acúmulo de função, não pagamento de horas extras, contratação de trabalhadores em regime de pessoa jurídica e contratação de estagiários para cumprir funções de trabalhadores regulares. 'Mas o estopim foi o não pagamento', ressaltou o sindicalista. De acordo com a Lei 7.783, de 1989, que regulamenta o direito de greve, é legal a paralisação para reivindicar cumprimento de acordo coletivo.
O sindicato avalia que a adesão à greve é de 80%. E pode se intensificar nos próximos dias, já que o Sindicato dos Jornalistas está discutindo a adesão da categoria à paralisação pelos mesmos motivos dos radialistas".
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RBA)))