Ele tinha mesmo um jeito próprio de fazer as coisas. Dominador, perfeccionista e intenso. Mas é impossível não reconhecer a forma sofisticada de cantar.
Frank Sinatra completaria 100 anos amanhã.
Treze Grammys, mais de 500 milhões de cópias vendidas, 31 “Discos de Ouro”, 18 de “Platina”, 1.800 gravações e 12 biografias. Aliás, treze, porque a mais recente acaba de ser lançada nos Estados Unidos revelando como Sinatra lutava pelo poder, seja no mundo da música, no cinema, na TV ou mesmo na política.
Um personagem controverso, mas que merece todas as homenagens. Nomes como Lady Gaga, Tony Bennet, Celine Dion e Harry Conick Junior se reuniram em um tributo. Duas exposições em Nova Iorque comemoram o centenário. Um documentário de quatro horas de duração da TV americana promete também ser exibido em todo o mundo. Aqui, Bibi Ferreira surpreendeu em um espetáculo só interpretando Sinatra. São grandes números para um grande artista que além dos palcos conquistou também o cinema e a TV.
No Brasil, entrou para o Livro dos Recordes há 35 anos com o show Magnífico que reuniu 170 mil pessoas no Maracanã, no Rio de Janeiro.
New York, New York foi criada para o filme de Martin Scorcese e para a voz de Liza Minelli, mas bastou Frank Sinatra gravar para se tornar um verdadeiro hino. Afinal, o filho dos imigrantes italianos, nascido em 12 de dezembro de 1915, do outro lado da ponte, em New Jersey, virou um símbolo de sucesso.
Sinatra estudou música, mas aprendeu a respirar certo com os trombonistas e a tocar piano sozinho. Não era compositor, fazia questão de dizer que era interprete. The Voice começou cantando nas orquestras de Tommy Dorsey e Harry James. Transitava bem entre o swingue e a música romântica e conquistou uma legião de fãs.
É verdade, contou com a ajuda da máfia para se tornar ator em Hollywood, mas colocou um ponto final nas fofocas ao ganhar um Oscar e estrelar mais de 50 filmes. Foi o criador dos megashows e dos famosos shows de Las Vegas, fundou gravadoras, lançou a moda dos duetos.
Desiludido com o avanço do rock, se aposentou em 1970 para voltar três anos depois no auge das paradas de sucesso. Até hoje é um dos cinco artistas que mais vende discos.
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