Trata-se de uma provocação sobre o constante subir e descer do salto, metáfora do equilíbrio e desequilíbrio, da força e fragilidade que permeiam o universo feminino,” afirma Priscilla Toscano, diretora do Coletivo PI.
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Coletivo Pi faz caminhada para refletir sobre a metáfora de subir e descer do salto, equilíbrio e desequilíbrio, força e fragilidade. Ação usa rua como extensão do corpo e da vida das mulheres
O Coletivo Pi, um núcleo de performance e intervenções urbanas radicado em São Paulo, promove no dia 12 de março, às 15h, uma caminhada pelas ruas do Centro da capital paulista. A intenção é promover, na semana do Dia Internacional da Mulher, reflexões sobre questões de gênero e a relação do feminino com a cidade. A intervenção Entre Saltos pretende reafirmar a rua e outros locais utilizados cotidianamente como espaços de experiência, memória e afetividade.
Ação não é restrita apenas às mulheres, mas a qualquer pessoa que queira refletir sobre o gênero feminino. A participação na performance é livre e gratuita, com duas condições: os interessados também devem frequentar a oficina preparatória nos dias 9, 10 e 11 de março, das 18h às 21h
Além das diretoras do Coletivo Pi, Pâmella Cruz e Priscilla Toscano, e dos atores Natalia Vianna, Chai Rodrigues, Mari Sanhudo e Jean Carlo Cunha, a caminhada de duas horas deve reunir outros interessados, que andarão pelas ruas com um sapato de salto alto no pé e outro na mão. O que o coletivo quer é promover reflexões sobre esta imagem tão metafórica, que simboliza o equilíbrio e o desequilíbrio na vida das mulheres na sociedade contemporânea.
Caminhada
“Entre Saltos é uma performance para ser realizada por artistas e não-artistas, performers e não-performers. Qualquer pessoa interessada nesse tipo de manifestação artística pode se inscrever para participar das oficinas preparatórias. É uma ação que não está restrita apenas às mulheres, e sim a qualquer pessoa interessada em refletir sobre o gênero feminino. O salto alto é o elemento principal dessa performance, pois o elegemos como símbolo para discutir os vários papéis da mulher na sociedade. Trata-se de uma provocação sobre o constante subir e descer do salto, metáfora do equilíbrio e desequilíbrio, da força e fragilidade que permeiam o universo feminino,” afirma Priscilla Toscano, diretora do Coletivo PI.
Segundo o grupo, a participação na performance é livre e gratuita, com duas condições: os interessados também devem frequentar a oficina preparatória nos dias 9, 10 e 11 de março, das 18h às 21h, e levar um par de sapatos de salto alto preto que possa ser doado para compor uma instalação artística feita especialmente para a performance. Com exceção dos sapatos, o restante do figurino é de responsabilidade do Coletivo Pi. As inscrições podem ser feitas pelo blog do grupo ou pessoalmente no Centro de Referência da Dança.
Como público, a participação na caminhada é aberta. A saída do grupo deve se dar às 15h do dia 12 de março, em frente ao Centro de Referência da Dança.