Resposta: porque acobertados pelo manto legal da impunidade que rege as práticas no Congresso Nacional, e estimulados pela imprensa que estimula em seus programas de baixaria à cultura do estupro, agem como covardes, machistas, misóginos, torturadores de mulheres, canalhas, ladrões, corruptos, bandidos, hipócritas, e sobretudo, aliciadores e manipuladores da fé alheia de uma camada da sociedade, que em nome de uma pretensa e pretérita palavra de Deus, também covardemente se omite. Além é claro, de agirem em causa própria, ao tentarem esconder os seus mais íntimos instintos e desejos sexuais-bestiais que muitos devem ter.
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O meu sentimento é o da mais absoluta revolta ao constatar que o projeto dos golpistas da Bancada da Bala, do Boi e a Evangélica comandada pelo Eduardo Cunha – BBB, que cria o Estatuto do Nascituro disfarçado de Bolsa Estupro, avança na Câmara dos Deputados.
Depois da aprovação do mérito, em 2010, a proposta foi aprovada na Comissão de Finanças e Tributação, em meio a manifestações a favor e contra a proposta. O texto define que a vida começa na concepção e prevê o pagamento de uma bolsa em dinheiro para as mulheres vítimas de estupro que optarem por não fazer o aborto, caso venha engravidar após ser submetida a essa violência imensurável. Pelo andar da carruagem, periga ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça antes da matéria seguir ao plenário.
De acordo com o projeto, a mulher que optar por não fazer o aborto legal terá assistência pré-natal, acompanhamento psicológico e ajuda financeira do governo até que o estuprador seja localizado e se comprometa a pagar a pensão pelo filho ou se a criança for adotada. Simples assim, para eles.
A adoção da “bolsa estupro”, o mesmo que dizer que não tem problema a mulher ser estuprada. Querem pagar pelo estupro sofrido pelo mulher, criticou a deputada Erika Kokay (PT-DF). Em plenário, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) criticou o avanço da votação. "É algo inaceitável. Se tivessem uma filha vítima de estupro, aceitariam esse tratamento desrespeitoso?", cobrou.
O projeto tem o apoio dos deputados da Frente Parlamentar Evangélica, capitaneado pelo deputado afastado por corrupção, Eduardo Cunha (PMDBRJ).
Em momento algum os “nobres” homens de Deus mencionaram a alteração da legislação, tipificando o estupro como crime hediondo e aumentando a pena para os que o praticaram/rem.
E o que pensar das “nobres deputadas, mulheres dos homens de Deus”, da bancada BBB que nada fazem para barrar esta aberração?
- A mesma coisa.
Ambos são feitos da mesma massa podre que espalha alienação, usurpação, corrupção, enganação e violência contra as mulheres, meninas, negros, índios, LGBT’s, pobres e periféricos que não são considerados "Povo de Deus", por essa gente asquerosa e fundamentalista.
Beth Muniz