São 57 produções realizadas exclusivamente por indígenas; apresentações ocorrem no CCSP e em CEUs
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A partir do dia 7 de outubro acontece a segunda edição da Bienal de Cinema Indígena São Paulo. São mais de 57 produções cinematográficas feitas por indígenas, que relatam temas como protesto, retomadas de terras tradicionais e a vida dos indígenas no Brasil.
Outras produções como programas televisivos e animações fazem parte da coleção. São dezenas de coletivos e realizadores que pertencem a alguns dos 305 povos originários no Brasil.
As exibições ocorrem no Centro de Cultura de São Paulo (CCSP) e, a partir do dia 10, nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) espalhados pela capital. Estão confirmadas sessões nas unidades Alto Alegre, Aricanduva, Butantã, Casa Blanca, Inácio Monteiro, Parque Anhanguera, Parque Bristol, Pera Marmelo e Vila Atlântica.
Na abertura do evento, no dia 7 às 16h, acontecerá uma apresentação de um coral de crianças guarani e uma roda de conversa com a participação de Ailton Krenakm, idealizador da Aldeia SP e sessões de exibição do filme convidado O Abraço da Serpente (2015), de Ciro Guerra.
O ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, o documentarista Vincent Carelli e o ambientalista João Augusto Fortes às 20h, também estarão presentes.
A afirmação da coletividade é urgente para os produtores indígenas que acreditam mais na cooperação do que na competição. Por esta razão, aliás, coletivos dos Guarani Kaiowá não participam de festivais de cinema tradicionais. Outro ponto importante, é a presença de produções femininas, com protagonismo na direção e elenco dos 11 filmes produzidos por mulheres.
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O que: Bienal de Cinema Indígena
Quando: de 7 a 12 de outubro
Onde: Centro de Cultura de São Paulo (CCSP - rua Vergueiro, 1.000) e Centro Educacionais Unificados (CEUs)
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Com informações do site Outras Palavras e o Brasil de Fato.