O velho padre, durante anos havia trabalhado incansavelmente com o sofrido povo africano. Agora estava de volta ao Brasil, doente e moribundo, já nos últimos suspiros, fez um sinal à enfermeira, que se aproxima.
Sim, Padre?
A caminho do hospital, Arruda diz a Paulo Otávio:
-Eu não sei porque é que o velho padre quer nos ver, mas certamente isso vai ajudar a melhorar a nossa imagem perante a Igreja e o povo, o que é sempre bom.
Quando chegaram ao quarto, com toda a imprensa presente, o velho padre pegou na mão do Arruda, com sua mão direita, e na mão de PO, com a esquerda.
Houve um grande silêncio e notou-se um ar de pureza e serenidade no semblante do padre.
O Padre lentamente disse: Sempre, em toda a vida, procurei ter como modelo o Nosso Senhor Jesus Cristo.
-Amém, disse Arruda.
-Amém, disse PO.
E o Padre concluiu: Então...como Ele morreu entre dois ladrões, eu quero fazer o mesmo.