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Os campeões mundiais do otimismo

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Numa pesquisa promovida entre março e abril pelo Pew Research Center, uma instituição de pesquisa com sede em Washington, os brasileiros ficaram com a medalha de ouro em matéria de otimismo: 84% responderam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses.
É, deu Brasil. Ou melhor, os brasileiros.

A medalha de prata ficou com os chineses: 83%. E o bronze foi para a Tunísia: 75%.
Em quarto lugar, distantes, vieram os norte-americanos: 52%. E a lanterna, confirmando a tragédia, ficou com os gregos: 9%, contra 81% que responderam que ela vai piorar, e 10% que responderam que ela não vai mudar – que também é um sinal de pessimismo, já que apenas 2% deles responderam que a situação econômica do país era “boa”.

A Alemanha, para variar, ficou com o fiel da balança: 29% acham que a economia vai melhorar, 27 % que vai piorar e 43 % acham que tudo vai ficar como está. Complementando: 12% dos brasileiros acham que tudo vai ficar igual, e apenas 5% responderam que situação vai piorar.

O Pewe Research Center é um “think tank” norte-americano dirigido por conhecido especialista em pesquisas, Andrew Kohut, e co-dirigido pela ex-secretária de Estado do governo Clinton, Madeleine Allbright, e pelo ex-senador republicano John Danforth, da ala mais liberal do seu partido e crítico da ala mais conservadora. A pesquisa pode ser consultada no site www.pewglobal.org.
Abrangeu 21 países, do Brasil ao México, dos Estados Unidos à Rússia, da China ao Japão, e ouviu 26 mil pessoas.

Sistema capitalista
Um dado que arrepiou os cabelos de muita gente é que a confiança no sistema capitalista decresceu. Em apenas 11 dos 21 países a maioria respondeu que considera uma economia de mercado conduz a um estado de bem estar geral. Houve uma queda generalizada nessa expectativa em relação a 2007, ano anterior ao redemoinho financeiro que começou em 2008. Em alguns casos essa queda foi dramática, como na Itália, 73% (2007) contra 50% (2012) e na Espanha, respectivamente 67% e 47%.

Neste quesito, as nossas esquerdas também têm no que pensar: novamente, o Brasil ganhou o ouro, pois 75% confiam na economia de mercado. E na lanterna, ficou o Japão: 38%., menos 11% do que em 2007 (dado relativo ao Brasil não disponível).

Mas outros quesitos levantam novamente a “supremacia” brasileira. 75% acham que estão numa situação econômica satisfatória, contra 74% dos alemães, 69% dos chineses e 60% dos turcos. Esse índice ainda é relativamente alto nos Estados Unidos (68%), Índia e Grã-Bretanha (64%). Novamente, a tragédia cai para os gregos: 17%.

Outro ouro brasileiro: 72% pensam que estão em melhor situação do que há cinco anos, contra 70% dos chineses e 50 % dos indianos. Em todos os outros países a percepção da melhora nos últimos cinco anos é minoritária.

Novamente, o fiel da balança fica com os alemães: 23% acham que melhoraram, 48% acham que estão na mesma e 28% pensam que pioraram de situação econômica.

No quesito “Padrão de vida comparado ao da geração anterior”, o Brasil ficou com a prata: 81%. O ouro ficou com os chineses, 92% e – surpresa – o bronze foi espanhol: 71%. As piores situações estão no mundo árabe: Líbano, 21%, Jordânia, 31% e Egito, 34%.

Um dado colateral: trabalhar duro é garantia de sucesso? Medalha de equilíbrio novamente com a Alemanha, pois 51 % dizem que sim e 48% dizem que não. Medalha de desequilíbrio interno também com a Alemanha (números não disponíveis): segundo o instituto a maioria dos que respondem positivamente estão na antiga Alemanha Ocidental; a maioria das respostas negativas vêm do antigo lado oriental. No Brasil o placar é de 69 sim contra 30 não. E os campeões são o Paquistão, 81%, os Estados Unidos, 77%, e a Tunísia, 73%. A China ficou com um modesto 45% sim e 33% não, enquanto a Índia obteve um robusto 67% a 27%. Campeões de descrédito: o Líbano, 64%, o Japão, 59% e a França, 54%. Percentuais altos de descrédito ocorrem por toda a Europa.

Feitas as contas e as médias gerais, os países que melhor se destacam nos índices positivos são: 1) Brasil, 2) China, 3) Índia e 4) Turquia. Dentre os BRIC (A África do Sul não fez parte da pesquisa) a situação russa é a mais oscilante e confusa, com altos e baixos distribuídos porm todos os quesitos. Situações melancólicas e dramáticas no sentido negativo aparecem com freqüência na Europa e nos países árabes pesquisados (Egito, Jordânia e Líbano), com exceção da Tunísia.

Acho que os conservadores brasileiros não vão gostar desse resultado, e vão pedir ao Ministério Público que investigue o Pew Research Center.

Flávio Aguiar - Carta Maior.

4 comentários:

Que partilha M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A essa Minha Querida Beth!

A medida que fui lendo, fui sorrindo...É tão bom quando vez saber noticias assim, que nos dão bom ânimo e justifica as lutas diarias para mantermos uma vida decente não é?

Olha que sempre que venho visita-la fico encantada com teu Travessia, como é encantador estar aqui, apetece-me ficar mais um bocadinho espreitando teus tesoiros (risos)

Muito grata por partilhar essas estatisticas felizes connosco, bem Haja tua sensibilidade, tua generosidade.

Um grande e carinhoso abraço Minha adorável amiga, tenhas uma noite abençoada.

Beth, pense só isso é algo muito bom para o povo brasileiro.
Realmente o lema sou brasileiro e não desisto nunca está bem relacionado com essa multidão alegre, com suas boas intenções e sorrisos sempre atentos as mudanças no país.
Que pena que os europeus ficaram para trás, será que são pessimistas ou realistas?
A questão é nós dominamos a parte alegre rsrs
Um ótimo texto.
Tenha uma excelente noite.
Um beijo.

Olá minha querida amiga, Ronilda Davi, Sofia!
Saudades...
Eu também estou com um sorriso na boca (como sempre) com o teu carinho.
Que bom que a minha Travessia te faz por algum momento, feliz e te leva à esperança enquanto, uma brasileira-portuguesa, com dois corações, de dias melhores, sempre!
Beijo grande.

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