Em São Paulo, ele tornou-se muito impopular.
Mas, ele fosse o chefe de San Francisco, Berlim ou algumas outras metrópoles prospectivas, ele pode ser considerado como um visionário urbano. Matéria do Wall Street Journal rasga elogios a Fernando Haddad.
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Em matéria desta quarta-feira (23/9), o jornal americano Wall Street Journal, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi classificado como “visionário”, por suas políticas sociais e reformas do sistema de mobilidade.
O texto ressalta a importância do projeto social Braços Abertos, que dá apoio a usuários de crack a se livrar da dependência química, e reconhece o esforço do prefeito em criar soluções de mobilidade para uma cidade superlotada, representadas pela implementação das ciclovias e corredores de ônibus.
Outro fator ressaltado pelo jornal é o fechamento de vias como a Avenida Paulista e o Minhocão para lazer dos paulistanos. “Em uma cidade tão carente de áreas verdes, a medida proporcionou o deleite de pedestres, ciclistas e skatistas, mas desagradou comerciantes e moradores do local.”
Pelo fato de essas políticas desagradarem parcelas mais conservadoras da população, o jornal aposta que a oposição usará essas cartas para tentar impedir sua reeleição.
“Essas iniciativas lideram as críticas a sua administração, caracterizada como ‘demagógica’ e ‘imprudente’, como definiu o editorial do jornal O Estado de S. Paulo“, diz o texto. “Outros críticos classificam as ciclovias como um luxo em uma cidade com índices crescentes de criminalidade, escolas desmoronando e hospitais falidos.”
O jornal ressalta, no entanto, que as iniciativas vêm sendo bem aceitas por especialistas em transporte e pela população. O jornal cita a aprovação de 80% das ciclovias e de 91% das faixas de ônibus para justificar que Haddad aproveitou seu mandato para mudar o conceito centrado no automóvel que a cidade sempre teve.
Wagner Iglecias, doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP publicou um texto sobre a matéria do Wall Street Journal. Leia aqui.
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E ainda há quem negue que a mídia tupiniquim não é golpista, antipatriota, conservadora e excludente.