Em 2010 eu publiquei um artigo sobre a greve dos médicos peritos do INSS. Este artigo é um dos mais acessados no Travessia.
Agora, em 2016, ao término de mais uma greve que durou mais de 4 meses - de 4/9/15 à 22/01/16, e deixou mais de 1,3 milhão de pessoas sem atendimento pericial inicial, e consequentemente sem salário, volto a atualizar esses dados. Não porque os ache bonito.
Mas, para dar conhecimento aos leitores do blog o quanto a população desembolsa para ter um serviço que lhe garanta na hora mais crítica da vida – a hora da doença -, o seu direito, e não o tem.
Mas, para dar conhecimento aos leitores do blog o quanto a população desembolsa para ter um serviço que lhe garanta na hora mais crítica da vida – a hora da doença -, o seu direito, e não o tem.
E vale lembrar que esta população é a que menos ganha, e a mais necessitada da proteção do Estado. Estado este que continua refém das corporações mercantilistas que só enxergam o seu próprio umbigo, e se esquecem que quem lhes paga o salário não é o governo, mas os trabalhadores, com os seus impostos.
Mas, afinal, quanto ganha um médico perito do INSS?
Hoje, para uma jornada de 40 horas:
- Início de carreira: R$ 11.383,54.
- Final de carreira: R$ 16.222,85.
Em agosto de 2016, com a mesma jornada:
- Início de carreira: R$ 12.009,65.
- Final de carreira: R$ 17,115,15.
De acordo com o Acordo firmado com o governo federal, as remunerações terão reajuste anual e chegarão em janeiro de 2019 aos seguinte valores:
- Início de carreira: R$ 14.564,68 (40 horas).
- Final de carreira: R$ 20.756,58 (40 horas).
Não é pouco, se comparado à média das remunerações no serviço público federal e ao salário mínimo nacional - que é o que ganha a maioria da população.
Ainda pelo acordo firmado, a categoria tem até 6 meses para efetuar a reposição da totalidade da demanda não atendida. Ou seja: as perícias médicas não realizadas.
E os segurados do INSS? Quando vão lhes pagar os benefícios que deixaram de receber até agora?
Isto, nem a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANNP), e nem o INSS respondem.
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Fonte: Ministério do Planejamento.