Temer encerra vagas do Pronatec, ProUni e Fies.
E com isso enterra o sonho de milhares de jovens brasileiros PPP – Pretos, pardos e pobres.
Para milhares de jovens o sonho do acesso ao ensino superior acabou nesta segunda-feira (23), e confirmado ontem (24). Após anunciar cortes no Bolsa Família e no Minha Casa, Minha Vida, o governo interino e golpista de Michel Temer (PMDB) mandou suspender outras iniciativas sociais das gestões Lula e Dilma: os programas de incentivo à educação e à profissionalização, como Pronatec, ProUni e Fies, que não devem abrir novas vagas este ano.
O orçamento dos programas "estaria" com os cofres vazios para este ano, a mais de sete meses do fim, segundo o levantamento feito junto com a mídia golpista que ajudou a derrubar Dilma. Em 2015, 2 milhões de estudantes estavam matriculados em instituições privadas graças ao Fies, no qual foram investidos R$ 17,8 bilhões.
Na área da Saúde, outra mudança de Temer prevê reduzir cada vez mais o número de estrangeiros no Mais Médicos. Com isso, as populações hoje assistidas pelo programa voltam as suas condições de cidadãs de categoria inferior.
Pacote neoliberal de Temer encerra ciclo histórico de inclusão social
As políticas sociais implantadas nos últimos doze anos por Lula e Dilma foram fundamentais para que milhares de brasileiros conseguissem o seu diploma, em uma país historicamente marcado pela segregação e ampla desigualdade social.
Segundo dados do IBGE de 2015, Os estudantes de 18 a 24 anos que frequentam ensino superior no Brasil somavam 58,5% do total de estudantes nessa faixa etária em 2014. O percentual é 25 pontos percentuais maior que o de dez anos antes.
Em 2004, 16,7% dos estudantes pretos e pardos com 18 a 24 anos frequentavam o ensino superior, segundo a pesquisa, número que cresceu para 45,5% em 2014. Apesar do aumento, os negros não chegaram a atingir o percentual que estudantes brancos já apresentavam em 2004: 47,2%. Para esse grupo, o aumento verificado nos últimos dez anos fez com que 71,4% dos estudantes brancos de 18 a 24 anos estivessem na universidade.
E ainda há quem afirme que tudo isso acontecerá por clamor da sociedade, nas ruas.
Só se for a da FIESP, dos empresários, dos ruralistas, dos manipuladores da fé alheia, da mídia e da classe média - que pensa deter o poder -, que de alguma forma não passará imune por este processo de atraso social
Os demais, pagarão o Pato.