A criança não se interessa por nada? Prefere ficar isolada? Reclama de dores? Tem medo de tudo? Este artigo da APAE de São Paulo mostra os principais sintomas que podem indicar deficiência intelectual ou transtornos sociais e psicológicos, que merecem atenção de pais e cuidadores.
Antes de qualquer coisa, é importante ressaltar que apenas uma equipe multidisciplinar (pediatra, pedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo, assistente social, dentre outros) tem condições de avaliar e diagnosticar qualquer problema. Por isso, os itens abaixo são alertas para que pais e cuidadores procurem ajuda. Quanto antes o transtorno for detectado, maiores as possibilidades de dar à criança mais qualidade de vida.
1. Atraso no desenvolvimento
Atrasos significativos nos marcos do desenvolvimento infantil são sinais de que alguma coisa não está bem. Ouvir a queixa dos pais, observar a criança são atitudes essenciais para orientar as famílias. Quanto mais cedo acontecer a intervenção, maiores serão as oportunidades de resolver ou amenizar o problema.
2. Falta de interesse
As crianças são naturalmente curiosas e envolvidas. Aquelas que parecem alheias aos outros ou que antes brincavam e interagiam e, de repente, deixam de fazê-lo precisam ser avaliadas.
3. Isolamento familiar
Toda criança se afasta dos pais em algum momento. Mas quando esse afastamento é intenso ou repentino, sem motivo aparente, é melhor verificar o que está acontecendo, porque pode ser um sinal de depressão, de sofrimento emocional ou psíquico.
4. Falta de habilidades pré-acadêmicas
Algumas competências são essenciais para que a criança possa ser alfabetizada e consiga aprender os conceitos básicos de matemática. No entanto, se ela apresenta dificuldades como estas, no final da educação infantil, vale a pena consultar os profissionais da área.
- Confusão no uso de palavras que indicam direção (dentro, fora, em cima/embaixo, direita/esquerda)
- Dificuldade de coordenação motora grossa (tropeça, colide com objetos, cai muito)
- Dificuldade de coordenação motora fina (não pega corretamente o lápis, não sabe usar a tesoura)
- Dificuldade para reconhecer cores, números e letras
- Dificuldade de associar letras a sons
- Dificuldade com sequências (1,2,3…)
- Dificuldade para contar
- Dificuldade para memorizar fatos numéricos (quantos anos tem)
- Dificuldade para aprender cantigas infantis com rimas
- Frases ditas de maneira confusa, com erro de pronúncia das palavras
5. Queixas somáticas
Dores de estômago, ouvido, garganta fazem parte da infância. No entanto, quando a criança se queixa repetidamente de dores vagas, como “não estou me sentindo bem”, vale uma avaliação médica, porque a causa pode ser emocional.
6. Medo excessivo
O medo é normal nessa fase, principalmente entre três e seis anos, ou até mais tarde. Quando o medo passa a interferir no aprendizado, diversão ou em outras atividades é importante investigar.
7. Irritabilidade/nervosismo
Todas as crianças ficam irritadas vez ou outra. As mais novas, com dois ou três anos, podem ter crises de birra. No entanto, faz parte do crescimento aprender a controlar as emoções e os impulsos. Quando a irritabilidade machuca outros, causa problemas escolares e familiares é necessário buscar ajuda, antes que o problema se agrave.
8. Alteração de apetite
Quando ocorre mudança no padrão alimentar de forma súbita e radical (tanto para menos quanto para mais), pode ser sinal de problemas físicos ou emocionais.
9. Regressão de habilidades adquiridas
As habilidades principais como leitura, escrita, linguagem, aritmética, empilhar blocos ou até andar de bicicleta não devem ser “esquecidas”. Caso isso aconteça, é importante descobrir o motivo. Pode ser uma regressão temporária, mas também pode significar algo mais complexo.
10. Fadiga
As crianças são cheias de energia. Letargia e fadiga súbita não são comportamentos naturais dos pequenos. Só mesmo o olhar do especialista para saber se é um problema físico ou emocional.
Para saber mais sobre estes e outros temas, navegue no site do Instituto APAE de São Paulo. É só clicar aqui.