Uma produção da Pandora Filmes, traz à discussão memórias sobre a ditadura civil-militar que assolou o país por tantos anos. Na estreia, um debate traz o momento atual à luz do período que maltratou tanto o país.
Eugênia Augusta Gonzaga, procuradora do MPF em São Paulo, debate com Tata Amaral, a diretora do longa.
“Não esqueçamos que o Brasil é um país que, ao contrário da Argentina e do Chile, por exemplo, nunca puniu os crimes de tortura. Em diferentes níveis, até hoje a sociedade brasileira aceita que se pratique a tortura”, disse Tata, explicando assim a necessidade e ótima oportunidade para um debate aberto ao público na estreia do filme.
A sessão das 20h20, no Caixa Belas Artes, será seguida desta conversa-debate entre Tata e Eugênia Gonzaga, que é Procuradora Regional da República e Presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. A mediação será feita por Reinaldo Cardenuto, doutor em Ciências pela ECA-USP.
O convite feito à Eugênia tem tempo e tem espaço. Eugênia é uma das autoras do pedido de cassação do mandato do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), por quebra de decoro parlamentar por apologia a autor de crime, ao homenagear o torturador da ditadura Carlos Alberto Brilhante Ustra.
“O filme joga luz no desconhecimento dos jovens sobre o que foi a ditadura no País. Esse conteúdo que criamos para o lançamento foi editado a partir de relatos reais, pois queremos sensibilizar a população para olhar de novo essa ferida ainda aberta”, diz Tata Amaral.
“Trago Comigo” conta a história de Telmo (Carlos Alberto Riccelli), um diretor de teatro que resolve resgatar uma história de amor que viveu na juventude e acaba por encenar no teatro a tortura que sofreu durante a ditadura no Brasil. O elenco da peça é formado por jovens atores que desconhecem o passado do país.