AMÉRICA LATINA
Neste 2017 completam-se 100 anos denascimento e 50 anos da morte da artista e incansável pesquisadora da cultura
popular chilena, a cantora do humano e do divino.
Yo te conozco bien
Hermana vieja
Norte y sur del país atormentado
(...)
Cántame una canción inolvidable
Una canción que no termine nunca
Una canción no más
Una canción
Es lo que pido
(Nicanor Parra, "Defensa del
Violeta")
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Genebra, 1965. Em um programa da TV
suíça, a crítica de arte Magdeleine Brumagne pede que Violeta Parra explique
uma de suas arpilleras, uma técnica têxtil de raiz popular e também uma forma
de expressão, de narrativa do cotidiano. “Estes são os que amam a paz”,
responde, mostrando as figuras desenhadas: ela própria, um amigo argentino, uma
amiga e uma índia chilenas.
“As flores de cada personagem são suas almas”,
prossegue Violeta. Vê-se um fuzil, “que representa a morte”. E ela conta: “Os
camponeses no Chile são muito pobres, como o meu avô. E eu não posso permanecer
indiferente. Essa situação me incomoda”, afirma, chamando a obra de A Rebelião
dos Camponeses.
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por Vitor Nuzzi, da Revista do Brasil