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Verão de 42

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Quando o sexo é a única resposta para o desespero.

Olho para minha estante e apanho um livro antigo. É um livro de um escritor barato, e está no meio de romances de escritores nada baratos. Dostoievski e Tolstoi, Balzac e Flaubert, Hemingway e Fitzgerald, Machado e Eça, Roth e Updike, Chandler e Hammett, Garcia Marques e Vargas Llosa.

É um livro simples, banal, tolo, como as coisas que escrevo. Mas eu o amo, e ele sobrevive ás limpezas periódicas de livros em minha biblioteca. O nome é Verão de 42, escrito por um certo Herman Raucher, e inspirou um filme tão bonito quanto o livro, e isso é raro. A trilha sonora, um piano lírico, melodioso, lento, triste, é uma das mais belas do cinema. Um cara retorna ao lugar em que passou o verão de sua vida, uma praia. Essa a história. O narrador lembra aqueles dias ensolarados, aqueles tempos de descobertas e transformação que a gente vive apenas aos quinze anos.

Vou direto ao final. Quero reler as últimas linhas ainda uma vez. O garoto se apaixona por uma mulher mais velha, com quem faz sexo pela primeira vez. Ela fora movida pelo desespero, depois de saber que o marido morrera, e o garoto pela paixão deslumbrada. Depois ela vai embora, e deixa uma carta para ele na qual diz esperar que ele seja poupado de todas as tragédias sem sentido. Mas ninguém é, ninguém é. O garoto cresceu, virou homem, e jamais perdeu a carta.

Sobre amor e casamento: O pior casamento é o que dá certo?

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O que foi dito e escrito por aí...

Barão de Itararé: “O casamento é uma tragédia em dois atos: civil e religioso”.

William Shaekespeare: “O casamento faz de duas pessoas uma só, difícil é determinar qual será”.

Nietzsche: “O casamento transforma muitas loucuras curtas em uma longa estupidez”.

Alexandre Dumas: “O fardo do casamento é tão pesado que precisa de dois para carregá-lo – às vezes, três”.

Millôr Fernandes: “O pior casamento é o que dá certo”.

Hilda Roxo: “Quanto mais o homem fala em amor, menos ele o tem para dar”.

Machado de Assis: “O amor é um problema que só a morte ou o casamento resolve”.

Voltaire: “O casamento é a única aventura ao alcance dos covardes”.

Nelson Rodrigues: “Só o cinismo redime um casamento. É preciso muito cinismo para que um casal chegue às bodas de prata”.
Existe uma passagem num livro do Machado de Assis que acho maravilhosa. (É de Memórias Póstumas de Brás Cubas, se não me engano. Mas atenção: posso estar enganado. A verdade que estar enganado tem sido um dos eventos mais freqüentes de minha vida.)

A cena é a seguinte. O protagonista encontra um bilhete. Era para marcar um encontro clandestino. Quem o mandara fora a mulher casada com quem ele mantinha um caso. O caso, tórrido no início, vinha lentamente morrendo. Ao ver o bilhete, seu coração disparou. Como no começo. Mas depois ele verificou que se tratava de um bilhete velho. E então que o sobressalto excitado cedeu lugar à melancolia nostálgica. Aquele amor estava perdido, para sempre perdido.

A cena machadiana é, para mim, o retrato perfeito das estações inexoráveis que um caso de amor percorre. Existe um tempo de nascer e um tempo de morrer. Existe um tempo de florescer e um tempo de declinar. Isso está escrito, de um forma muito mais bela, num dos pedaços mais sábios da Bíblia, o Eclesiastes. Há um tempo para tudo. (Quem me deu esse capítulo bíblico para ler foi meu Tio Fabio, um homem sábio do interior. Eu estava arrasado com o fim de um namoro e ele me disse: “Lendo isso você vai aprender que há um tempo para rir e um tempo para chorar. E também que, a rigor, não há nada de novo sob o céu”. Para mim, Tio Fabio é um homem tão sábio quanto o Eclesiastes.)

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