África: um novo canto é preciso.
Os números são tão astronômicos quanto aterrorizantes. Ou seja, o número de vítimas supera, e em muito, o número de mortos nos 14 anos de guerra no Vietnã.
Os números são tão astronômicos quanto aterrorizantes. Ou seja, o número de vítimas supera, e em muito, o número de mortos nos 14 anos de guerra no Vietnã.
Cerca de 150 milhões de habitantes africanos não têm acesso à quantidade mínima de calorias diárias, sendo que, deste total, 23 milhões deverão morrer de fome. No nordeste do continente, segundo a ONU, 10 mil crianças morrem mensalmente em decorrência da seca.
Segundo o diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos da ONU, James Morris, “a escassez de alimento na África provoca a instabilidade política, desse modo, a fome é, ao mesmo tempo, causa e conseqüência da pobreza. Além disso, é causa e conseqüência dos conflitos”. Segundo estudos do Instituto Internacional de Pesquisa em Alimentação nos próximos 20 anos o continente africano terá uma redução na produção de alimentos em cerca de 20%, fato desencadeado pelos conflitos internos.