Enquanto médicos brasileiros denunciam a infiltração comunista no Brasil, perpetrada por cubanos, e organizam páginas no Facebook para sugerir um holocausto no Nordeste, o New York Times resolveu elogiar os profissionais de saúde de Cuba que estão na linha de frente no combate ao surto de ebola.
Cuba tem uma longa tradição de envio de médicos e enfermeiros para áreas de desastre no exterior. Nos dias seguintes ao furacão Katrina, em 2005, o governo cubano criou um corpo médico de reação rápida e se ofereceu para enviar médicos para New Orleans. Os Estados Unidos - sem surpresa, não aceitaram o bom gesto de Havana. No entanto, autoridades em Washington pareciam sensibilizadas ao saberem nas últimas semanas que Cuba havia preparado equipes médicas para missões me Serra Leoa, Libéria e Guiné.
O Times chamou de “impressionante” a atuação do país num editorial publicado no domingo (19). Segundo o jornal, Cuba “desempenha o papel mais robusto entre as nações que buscam conter o vírus”.
“O trabalho desses médicos cubanos pode beneficiar todo o esforço global e deve ser reconhecido”, diz o artigo. Fidel Castro, que pediu no Granma que EUA e a ilha ponham suas diferenças de lado e trabalhem juntos, está “totalmente certo.”
A atuação deles beneficia “todo o esforço global e deve ser reconhecida por isso”. Sobram críticas para o governo Obama, que tem “insensivelmente se recusado a dizer se vai lhes oferecer alguma ajuda”. Com o apoio técnico da OMS, o governo cubano treinou 460 médicos e enfermeiros sobre as precauções rigorosas que devem ser tomadas para tratar pacientes com o vírus altamente contagioso.
O primeiro grupo de 165 profissionais chegou a Serra Leoa nos últimos dias. José Luis Di Fabio, representante da OMS em Havana, disse que os médicos cubanos já estavam especialmente preparados para a missão, pois muitos tinha trabalhado na África.
Enquanto isso, os coxinhas brasileiros (os de jalecos) só pensam em garantir um cargo público – e salários no final do mês - que lhes dê a necessária estabilidade e o sossego suficiente, para trabalharem livremente nos consultórios e ganhar dinheiro, muito dinheiro.
Porque afinal, na medicina brasileira, o que vale mesmo não é Hipócrates. Mas a hipocrisia dissimulada para a obtenção do lucro fácil..
Leia o texto original do New York Times aqui.
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A cura está ligada ao tempo e às vezes também ás circunstâncias.
(Hipócrates)