Comparado-se com os dias de hoje, chegava a ser infantil – no bom sentido. Mas foi também por essa época que o vírus da corrupção se instalou por essas bandas. Afinal, tudo tem uma origem.
Segundo alguns pioneiros, era uma boa prosa de se prosear...
No início foi uma discussão se o termo para os nascidos em Brasília seria brasilenses ou brasilianos, mas nenhum deles caiu no gosto popular que só “o uso” poderia decretar vencedor.
E acabou que se quem nasce no Rio é carioca, quem nasce no Espírito Santo é capixaba e quem nasce no Rio Grande do Sul é gaúcho, quem nasce em Brasília só poderia ser candango. Candango? Mas o que é isso?
Palavra que veio da áfrica e indicava como os nativos se referiam aos portugueses. É uma variação de candongo, palavra do idioma Quimbundo. E fica mais complicado. Pequeno benzinho, do reino de Angola, pequeno angolês, adulação, caçoada, termo depreciativo com o qual os escravos se referiam aos lusos e sinônimo de cafucu (mistura de cafuzo, negro e mameluco). Apenas nos tempos mais próximos à construção de Brasília virou um termo generalizador para todos os emigrantes que tentavam a vida em lugares diferentesl, ou seja, pau-de-arara.
Hoje, candango é o mesmo que herói. Assim como os pracinhas que antes eram diminuídos e hoje são donos de medalhas, os primeiros candangos tornaram possível a nova capital.
Esses primeiros habitantes de Brasília deixaram um legado para que hoje, quem nascer aqui poder dizer com orgulho: “sou candango!”
E é por isso que o principal símbolo de Brasília é o monumentos Dois Candangos.