Não importa se eles são de formação erudita ou popular, mas para muitos músicos brasileiros de hoje uma das influências mais marcantes é a obra do carioca Ernesto Nazareth (1863-1934), que nasceu há 150 anos, no dia 20 de março. Considerado um dos formadores da identidade musical brasileira, ao lado de Chiquinha Gonzaga e outros compositores surgidos ainda no século 19, Nazareth deixou 211 composições, muito bem elaboradas, segundo os estudiosos de sua obra.
São valsas, polcas, tangos brasileiros – que abriram caminho para o choro - e diversos outros gêneros. Jacob do Bandolim (1918-1969), um dos mestres do choro, considerava Ernesto Nazareth o Chopin brasileiro. Guardião do acervo do compositor de Odeon e Apanhei-te Cavaquinho, o Instituto Moreira Salles (IMS) comemora o aniversário com dois eventos na cidade: um recital do pianista André Mehmari, hoje (19), às 20h, e um simpósio, amanhã (20) e quarta-feira (21), com quatro painéis, às 11h30 e às 15h30.
O Simpósio Ernesto Nazareth - 150 Anos reunirá especialistas brasileiros e estrangeiros na obra do compositor e será aberto ao público, com distribuição de senhas meia hora antes de cada mesa-redonda. Os ingressos para o recital estão à venda na sede do IMS, na Rua Marquês de São Vicente, 476, na Gávea, zona sul do Rio.
Além disso, o site, criado pelo IMS, que entrou no ar em 20 de março de 2012, dando início à contagem regressiva do sesquicentenário, traz novidades, como um depoimento de Jacob do Bandolim sobre Nazareth e informações sobre todos os eventos relacionados aos 150 anos do compositor.
Agência Brasil