Apesar do ‘Jus Esperneandes’ de alguns.
Desde o dia 15 deste mês, 300 famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família no Distrito Federal estão usando a televisão para acessar benefícios e serviços dos governos federal e distrital.
Os beneficiários poderão fazer consultas a vagas de emprego, oportunidades de capacitação profissional, ter acesso ao calendário de vacinação, além de acessar conteúdos e serviços bancários e de aposentadoria.
Tudo pelo controle remoto da TV.
As famílias estão testando o Projeto Brasil 4D, coordenado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A expectativa é que em dez anos o projeto alcance as mais de 13 milhões de famílias beneficiárias do programa. O teste está sendo acompanhado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que irá fazer uma pesquisa de campo e divulgar um documentário sobre o projeto.
Os testes começaram no ano passado em João Pessoa, onde 100 famílias tiveram acesso à plataforma Ginga, criada e desenvolvida no Brasil. Por meio de um conversor, na tela da TV, os moradores tiveram acesso à oferta de empregos, cursos de capacitação, orientações para obtenção de documentos, além de informações sobre serviços e benefícios do governo federal, como aposentadoria, campanhas de saúde e os programas Bolsa Família e Brasil Carinhoso, entre outros.
Segundo o coordenador e idealizador do Projeto Brasil 4D, o superintendente de Suporte da EBC, André Barbosa, na cidade, foi constatada economia de R$ 12 mensais por família. "As famílias economizaram por não ter que pegar ônibus e ir até os lugares para procurar emprego ou capacitação, conseguir informações. Fizeram tudo pela TV", explica. Ele calcula que, quando o projeto estiver em vigor, a economia possa chegar, em dez anos, a um total de R$ 7 bilhões.
A intenção é levar os benefícios da internet a famílias de baixa renda que ainda não têm acesso à banda larga. O projeto funciona em parceria com empresas de telefonia, pela tecnologia 3G, usada em telefones móveis. Tudo deve ser custeado pelo governo.
O Projeto Brasil 4D deve ser testado na cidade de São Paulo em abril e maio. Os temas oferecidos serão saúde e educação. Os usuários poderão agendar consultas no Sistema Único de Saúde (SUS). Participarão do teste 2,5 mil famílias no primeiro semestre e mais 2,5 mil no segundo semestre.
Entre os parceiros no projeto estão o Banco do Brasil, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Caixa Econômica Federal, o DataSUS, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Totvs, HMATV, Oi, a Telebras e o governo do Distrito Federal.
Banco Mundial já se pronunciou, e pretende levar o projeto coordenado pela EBC para outros países.
Enquanto isso, no Brasil, os que insistem em só ver desgraças continuam exercendo o seu ‘Jus Esperneandes’.
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Fonte: Agência Brasil