Menu Principal

As mais belas declarações de amor da literatura ocidental

1
Ontem, eu concluí a leitura do livro “Jane Eyre”, de Charlote Brontë, irmã de Emily Bronte. E ao concluir, fiquei me perguntando por que demorei tanto a ler este livro?

O livro além de poético, nos leva a viajar pela Inglaterra de 1847, e nos revela que quando se trata das relações humanas, o ódio, o poder, a fortuna, a avareza, a exploração e dominação em relação às mulheres, a acumulação do capital, as intrigas, as manipulações, o dogmatismo religioso, o falso moralismo e a exploração do trabalho adulto e infantil, são coisas seculares.

Mas, ainda assim, há uma coisa comum que assola a todos, independente do século e das condições sociais e econômicas: O amor. O viver e o morrer por amor. E Jane Eyre soube conciliar com sabedoria estes sentimentos, em que pese a condição humana em que a personagem viveu.

Coincidência ou não, também ontem, li um artigo da Camila Nogueira, em que ela relaciona as “belas declarações de amor da literatura ocidental”. Confesso que algumas eu já conhecia. Outras, não. Então, resolvi compartilhar com vocês algumas delas. Espero que gostem.

*****

 - “Você era a encarnação graciosa de todas as fantasias que a minha mente alguma vez concebeu.”.

Noites Brancas, Dostoiévski

 - “Erguer uma nuvem escura sobre sua felicidade clara e serena; levar tristeza ao seu coração acusá-lo e fazê-lo amargar um remorso secreto, obrigando-o a bater tristemente em um momento de júbilo; pisar em uma das flores ternas que adornarão suas madeixas negras quando for com ele ao altar… Oh, nunca, nunca! Que seja claro o seu céu, que seja luminoso e sereno o seu belo sorriso; abençoada seja você pelo momento de júbilo e alegria que concedeu a um coração agradecido. Meu Deus! Não será isso o bastante para uma vida inteira?”.

O Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë

- “Não sei de que são feitas as almas, mas a minha e a dela são iguais […] Eu sou Heathcliff – sempre, sempre o tenho no meu pensamento. Não como um prazer, porque eu também não sou um prazer para mim mesma, mas como o meu próprio ser”.

Um Conto de Duas Cidades, Charles Dickens

- “A senhorita foi o último sonho da minha alma. Desde que a conheci, fui perturbado por um remorso que pensei que jamais voltaria a me atingir, e ouço sussurros de vozes antigas que pensava ter silenciado eternamente impelindo-me para frente. Senti vontade de ambicionar outra vez, livrar -me da preguiça e da lascívia, recomeçar do zero e lutar a luta já abandonada. Um sonho… Somente um sonho, que não resultará em nada e deixará o homem que adormeceu no mesmo lugar onde se deitou, mas quero que saiba que foi você quem o inspirou”.

Persuasão, Jane Austen

- “Não posso mais ouvir em silêncio. Devo falar-lhe com os meios que estão a meu alcance. Você partiu a minha alma. Sou metade agonia, metade esperança. Não me diga que é tarde demais, que sentimentos tão preciosos se foram para sempre. Ofereço-me uma vez mais, com um coração ainda mais seu do que quando quase o partiu, há oito anos e meio. Não ouse dizer que um homem se esquece mais depressa do que uma mulher, que o amor dele é o primeiro a morrer. Nunca amei outra pessoa. Injusto posso ter sido, fraco e rancoroso posso ter sido, mas nunca inconstante”.

O Conde de Monte Cristo, Alexandre Dumas

- “Seu nome é encantador, e é a primeira vez em muitos anos que o pronuncio com tamanha distinção… Mercedes, eu sussurrei seu nome durante suspiros de melancolia, sussurrei-o gemendo de dor; chamei por você enquanto tremia de frio em minha prisão, enquanto rastejava no chão em meu calabouço. O que mais amei, depois de você, fui eu mesmo – isto é, a dignidade e a força que me tornaram superior aos outros homens. Essa força era a minha vida. Você a aniquilou com uma única palavra”.

O Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë

- “Que ela desperte em tormento! Ela mentiu até o fim. Onde está ela? Não está aqui, não está no céu, não está morta – onde? Oh! Você disse que era indiferente aos meus sofrimentos, e eu faço uma única oração; repetirei-a até que minha língua se paralise: Catherine Earnshaw, que sua alma não encontre descanso enquanto eu estiver vivo. Você disse que eu a matei – assombre-me, então! […] Fique comigo para sempre, tome qualquer forma, enlouqueça-me! Apenas não em deixe nesse abismo onde não posso encontrá-la. Oh, Deus, é indescritível. Eu não posso viver sem a minha vida – eu não posso viver sem a minha alma!”

- "Fique comigo para sempre – tome qualquer forma, enlouqueça-me! Só não me abandone nesse abismo onde não posso encontrá-la."
“Fique comigo para sempre – tome qualquer forma, enlouqueça-me! Só não me abandone nesse abismo onde não posso encontrá-la.”

Lolita, Vladimir Nabokov

“Tinha sido amor à primeira vista, à última vista, às vistas de todo o sempre”.

Grandes Esperanças, Charles Dickens

- “Você é parte da minha existência, parte de mim. Você esteve em cada linha que li desde que vim aqui pela primeira vez, quando ainda era o garoto cujo coração você partiu. Você esteve em todos os projetos que fiz desde então – nos rios, nas velas dos navios, nos pântanos, nas nuvens, na luz, na escuridão, no vento, nos bosques, no mar, nas ruas. Você era a encarnação graciosa de todas as fantasias que minha mente já concebeu. Estella, até minha última hora de vida, você não tem escolha a não ser permanecer parte da minha natureza, parte do bem que existe em mim e parte do mal. Mas, nesta separação, eu a associo ao bem; e aí a manterei para sempre, pois você me fez mais bem do que mal, não importa a profunda angústia que eu possa sentir agora. Que Deus a abençoe, que Deus a perdoe”.

Mulheres, Eduardo Galeano

- “Vou confundi-la com outras. Procurarei seu nome e sua voz e seu rosto. Sentirei seu cheiro na rua. Vou me embebedar e não adiantará, se não é com saliva ou lágrimas dessa mulher.”

Romeu e Julieta, William Shakespeare

- “É apenas o teu nome que é meu inimigo; tu és tu mesmo, e não um Montecchio. O que é um Montecchio? Não é uma mão, nem um pé, nem um braço, nem um rosto, nem qualquer outra parte que pertença a um homem. Qualquer outro nome! Que há em um simples nome? Aquilo que chamamos de rosa, sob uma outra designação, teria igual perfume. Assim, Romeu, ainda que não se chamasse Romeu, conservaria sua tão preciosa perfeição. Romeu, renuncia ao teu nome e, em vez dele que não faz parte de ti mesmo, apodera-te de mim”.

Ressurreição, Liev Tolstói

- “Alegrava e elevava Nekhliúdov a consciência, em um grau que nunca experimentara antes, de que nenhuma ação de Máslova poderia alterar seu amor por ela. Que namorasse o enfermeiro – isso era problema dela. Ele não a amava para si mesmo, mas sim para ela e para Deus”.

1 Comentário:

Olá, Beth!

Não conhecia o livro. Gostei do seu comentário sobre a história. Me interessou. Vou pesquisar mais sobre ele para saber mais.

Cada frase melhor do que a outra. Eu sou apaixonada pela história O Conde de Monte Cristo. Já li o livro três vezes e vi umas cinco vezes o filme. Sou apaixonada pela história.

Bjo

WIDGETS QUE ABREM COM A BARRA DO FOOTER

Acompanhe o Feed

Fechar

ou receba as novidades em seu email

Digite seu email:

Entregue por FeedBurner

BARRA DO FOOTER

Blog desenvolvido por

Site Desenvolvido por Agência Charme
Bookmark and Share

Traduzir este Blog

Visitas

Assine o Feed

Curtir

Minimizar