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A Brasília das esquadrias de alumínio

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Versus a capital do mármore e do concreto

No premiado e perturbador filme Branco Sai, Preto Fica (2015), misto de documentário e ficção científica de Adirley Queirós, os moradores da cidade-satélite de Ceilândia são obrigados a tirar passaporte para entrar “na” Brasília, o plano-piloto criado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. 

É como se existisse um muro invisível entre a capital planejadas e as não-planejadas satélites, um apartheid social e geográfico que não é muito distante da realidade. Em algumas cenas, parece que estamos em alguma parte do Oriente Médio, não no Brasil.

Esta quase total inexistência de contato entre a Brasília oficial e sua periferia denunciada por Queirós dialoga, de certa forma, com as imagens que a fotógrafa Zuleika de Souza colheu ao longo de oito anos nos arredores da capital. 

Na exposição Chão de Flores, em cartaz no CCBB, as 56 fotos de Zuleika passam bem longe dos palácios de mármore, grandes janelas de vidro e concreto. Em vez de planejamento, o que se vê nelas é o improviso. 

O símbolo dessa arquitetura não são as curvas, mas as esquadrias de alumínio nas janelas e portas.


- O quê: Exposição Chão de Flores, da fotógrafa Zuleika de Souza
- Onde: CCBB/Brasília – SCES trecho 2, lote 22
- Quando: até 29/6, de quarta a segunda, das 9 às 21h

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