O que ele cunhou, ninguém jamais apagará.
Apesar dos Coisos e do PIG.
São Paulo – O jornalista Paulo Henrique Amorim morreu na manhã desta quarta (10), aos 77 anos, em sua casa no Rio de Janeiro, vítima de um infarto fulminante. A informação foi confirmada pela TV Record, onde exerceu sua última ocupação.
Vindo da mídia impressa, o jornalista teve passagem por diversas emissoras de televisão, como Globo, Bandeirantes, Cultura e Record. Nesta última, foi apresentador do programa Domingo Espetacular, onde ficou de janeiro de 2006 até junho passado. Crítico do governo Bolsonaro, ele havia sido afastado do programa, após a Record ser pressionada por apoiadores do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do presidente pela demissão do jornalista.
Paulo Henrique Amorim mantinha o blog Conversa Afiada, que se notabilizou pela defesa de uma mídia democrática e com críticas frequentes à Operação Lava Jato e a Bolsonaro. O jornalista popularizou o termo “PIG”, o Partido da Imprensa Golpista ( o termo foi criado pelo então deputado pernambucano Fernando Ferro, para classificar os meios de comunicação que perseguiam o governo Lula desde o início de seu primeiro mandato).
Também era conhecido pelo bordão com que sempre iniciava suas falas: “Olá, tudo bem?”.
Em 2015, lançou o livro O Quarto Poder – uma outra história, sobre a mídia.
No passado, Dallagnol era o maior entusiasta das garantias que foram justamente a base para a decisão de Lewandowski autorizar a entrevista de Lula. Em novembro de 2015, como o Intercept publicou, Deltan alertou seus colegas que investigar jornalistas que publicavam material vazado não seria apenas difícil mas “praticamente impossível”, porque “jornalista que vaza não comete crime”.