No DF, igreja evangélica pode. Terreiro de umbanda, não!
Hoje, haverá uma reunião entre poder público e a sociedade civil organizada do Distrito Federal, para colocar fim a uma prática que envergonha a capital da república: a perseguição aos terreiros de umbanda e candomblé.
Há 52 anos, quando foi criada para sediar o poder federal, Brasília era a capital da esperança de brasileiros de todas as regiões, raças e credos. Atualmente, está sitiada pela ignorância política e a intolerância religiosa.
De acordo com o diretor de Políticas Públicas da Federação Brasiliense de Umbanda e Candomblé e coordenador do Fórum Afro-Religioso do DF, Michael Fêlix, o problema é histórico, mas agravou-se nos últimos anos. Em 2009, um terreiro localizado na quadra 905 da Asa Norte, área nobre da capital, chegou a ser demolido por se encontrar localizado em terreno público. De fato, o terreno se encontrava em situação irregular. Mas, curiosamente, outros 50 estabelecimentos nas cercanias, também estavam em situação irregular, não sofreram qualquer tipo de sanção.