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A paixão é a melhor das coisas...

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E também a pior.

Poucas coisas são mais cultuadas que a paixão romântica. É bonito, dizem, estar apaixonado. Você volta a ser um adolescente sonhador, iconoclasta, mesmo que já tenha passado dos 30 ou mesmo dos 40. Você retoma a criatividade embolorada. É capaz até de mandar flores e, mais ainda, de escrever versos lindamente medíocres. Você se olha com renovado interesse no espelho. Capricha no penteado depois de anos de desleixo. Refaz o guarda-roupa. Considera até a possibilidade de se depilar para ficar na moda ou parecer mais atraente para ela.

Viagra, talvez, para não correr riscos de mau desempenho. Alguns pensam até na hipótese de aprender a tocar violão para impressioná-la com um dedilhado que será inevitavelmente tosco. E todos com certeza cantam alto em seu carro as músicas adocicadas prediletas que colocam para ouvir e se inspirar neste momento mágico de deslumbramento.

A paixão é linda, é o que dizem. E é também horrível. Uma das aberturas de romance mais aclamadas da história da literatura diz o seguinte: “Era o melhor dos tempos, e também o pior”. O autor é Dickens.

O mesmo se aplica para a paixão. Ela nos eleva e nos rebaixa ao mesmo tempo. Vou ser direto: a paixão nos faz burros, ridículos, irresponsáveis. O mais complicado é que ela faz tudo isso e além do mais nos engana: temos a convicção de que ela nos torna o oposto. Charmosos, quase irresistíveis.

Jesus, os Gays e a Bíblia

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Ora, direis ouvir a Bíblia! 

Sim, no contexto patriarcal em que foi escrita seria estranho aprovar a homossexualidade

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Ontem, a Igreja acusava os judeus de assassinos de Jesus; condenava ao limbo crianças mortas sem batismo; considerava legítima a escravidão e censurava o empréstimo a juros. Por que excluir casais homoafetivos de direitos civis e religiosos?.

É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos.

No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”…).

Os da primeira, os de segunda e os de terceira categoria

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No final do século XIX, Juan Pío Acosta morava na fronteira uruguaia com o Brasil.

O seu trabalho o obrigava a ir e vir, de povoado em povoado, através daquelas solidões.

Viajava numa carroça puxada a cavalos, junto a oito passageiros de primeira, segunda e terceira classe.

Juan Pío comprava sempre a passagem de terceira, que era a mais barata. Nunca entendeu por que havia preços diferentes.

Todos viajavam da mesma forma, os que pagavam mais e os que pagavam menos: apertados uns contra os outros, mordendo pó, sacudidos pelo incessante sacolejar.

Nunca entendeu, até que num dia de inverso a carroça encalhou no barro. E então o mandachuva ordenou:

- Os da primeira classe, que fiquem onde estão!
- Os de segunda, que desçam!
- E os de terceira, que empurrem!

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Os Filhos dos Dias.

Imagem: Acervo USP

O Porta-retrato já não está mais vazio...

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Diz a Avó da Praça de Maio.

Depois de 36 anos de busca, a presidenta da organização Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, encontrou nessa terça-feira (5) seu neto Guido (Ignacio Hurban), um pianista que, sem saber que era filho de desaparecidos na época da ditadura, compôs a música Pela Memória, em homenagem às vítimas do regime militar argentino (1976-1983).

A filha de Estela, Laura, estava grávida, quando foi sequestrada, torturada e assassinada. O corpo dela foi entregue à família em 1978,  mas o filho que teve em um campo de concentração -  de olhos vendados e mãos algemadas – desapareceu. Guido Carlotto é o neto número 114 encontrado pelas Avós da Praça de Maio que, há quase 40 anos, buscam os filhos de seus filhos desaparecidos.

“Os porta-retratos já não estão mais vazios. Têm um rosto e lindo, eu vi. Ele é um bom rapaz”, disse Estela Carlotto, em entrevista coletiva. Ela não viu o neto de perto – apenas uma foto. Ele apareceu do nada: um dia, foi até a sede das Avós da Praça de Maio porque tinha dúvidas sobre sua origem. Fez o teste de sangue e comprovou que era filho de Laura.

“Encontrar um neto desaparecido é uma etapa. Integrar esse neto à família é outro processo”, disse, em entrevista à Agência Brasil, Abel Mandariaga. Ele é um dos poucos pais que encontraram seus filhos. “Temos que respeitar os tempos das vítimas. Não é fácil descobrir, aos 36 anos, que você não é quem pensava ser”, disse.

As Avós da Praça de Maio fizeram várias campanhas publicitárias para encontrar os netos. Uma, recente, mostra uma mãe levando o filho ao hospital e deixa subentendido que, se o filho soubesse quem eram seus verdadeiros pais e sua herança genética, poderia resolver rapidamente os problemas de saúde.

Outra campanha, às vésperas da Copa, reuniu os craques do futebol argentino Macherano e Messi. Eles pediram, em nome das Avós da Praça de Maio, que quem tivesse dúvidas sobre sua origem se manifestasse. “Guido e muitos outros ligaram”, contou Mandariaga.

Estela festejou a descoberta do neto – são 14 no total, além de dois bisnetos. Mas ela sabe que ainda precisa encontrar mais de 300 crianças, desaparecidas nos porões da ditadura.

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Monica Yanakiew/Agência Brasil


A tragédia amorosa do homem que derrotou Napoleão e salvou os ingleses

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Trafalgar Square é uma das áreas mais interessantes de Londres.

Você tem ali a National Gallery, com seu acervo extraordinário. E tem também, dominando-a, a imagem de Nelson. 

Nelson é tão importante para os ingleses que sua estátua em Trafalgar humilha a do rei Jorge.

Nelson impôs a Napoleão em outubro de 1805 uma derrota no cabo de Trafalgar – daí o nome da batalha e depois da praça de Londres — da qual as forças francesas jamais se recuperariam por completo. Historicamente, a vitória de Nelson em Trafalgar, no sudoeste da Espanha, foi muito mais decisiva que a de Wellington em Waterloo.

Nelson, que já perdera um braço antes num combate, morreria em Trafalgar.

Ele viveu uma vida extraordinária. Não apenas do ponto de vista militar, mas amoroso. Nelson teve uma história de amor que foi o grande escândalo de seu tempo. Sua musa foi uma das mulheres mais belas da Europa, Lady  Emma Hamilton. Moça de origem humilde, ela ganhava dinheiro na juventude dançando nua para homens ricos.

Acabou fazendo um casamento com um homem rico, com o qual acabaria vivendo em Nápoles.

Foi lá que ela conheceu Nelson, ele com 35 anos, ela com 28. Ele já era um herói inglês. Tinha vencido os franceses na Batalha do Nilo. Nelson já não tinha um braço e perdera vários dentes quando se conheceram. Ele era casado, mas vivia muito mais no mar que em sua casa.

Apaixonaram-se logo.

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