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Na boa: sem puritanismo, hipocrisia e fundamentalismo religioso

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Há coisas nos países asiáticos e islâmicos que deveríamos copiar.

Por exemplo: punir severamente quem trafica droga e outros crimes hediondos.

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“Estamos chocados” com a notícia que o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira -  53 anos -, vai ser executado na Indonésia, por tráfico de drogas.

Talvez o choque se dê pelo fato de que por aqui traficar drogas tenha se tornado algo banal, como banais são as penas impostas aos traficantes e usuários. Sim, porque só há traficante onde há consumidor. Pois, os das comunidades traficam para obter dinheiro fácil, enquanto os da classe média e os riquinhos usam para curtir um barato. 

Normal... Deve ter pensado o réu quando se aventurou no surf do tráfico fora do país... O fato é que coisas devem ser observadas quando se viaja para outros países: o respeito às leis, à religião e os costumes milenares e históricos.

O brasileiro foi condenado à morte em 2004, depois de ter sido apanhado com 13,4 quilos de cocaína ao tentar entrar na Indonésia. A droga estava escondida no interior de uma asa delta. Segundo informações do governo da Indonésia, ele vai enfrentar um pelotão de fuzilamento.

Antes das eleições de 2014, quase meia tonelada de pasta de cocaína foi descoberta no helicóptero dos Perrelas (MG). Donde se pode concluir que por aqui, isto não é nada...

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Na Indonésia há penas duras para tráfico de drogas, e não é à toa. Por desconhecimento ou pela certeza da impunidade tão comum por essas bandas, o brasileiro não se atentou para a história das Guerras do Ópio, ambas no século 19, que constituiu talvez, o capítulo mais vergonhoso do imperialismo britânico, época em que a Inglaterra era devedora dos chineses. Naquela época, a Inglaterra importava três produtos chineses em grande quantidade: seda, chá e porcelana. Os ingleses tinham assim um brutal déficit comercial com a China.
Existe uma passagem num livro do Machado de Assis que acho maravilhosa. (É de Memórias Póstumas de Brás Cubas, se não me engano. Mas atenção: posso estar enganado. A verdade que estar enganado tem sido um dos eventos mais freqüentes de minha vida.)

A cena é a seguinte. O protagonista encontra um bilhete. Era para marcar um encontro clandestino. Quem o mandara fora a mulher casada com quem ele mantinha um caso. O caso, tórrido no início, vinha lentamente morrendo. Ao ver o bilhete, seu coração disparou. Como no começo. Mas depois ele verificou que se tratava de um bilhete velho. E então que o sobressalto excitado cedeu lugar à melancolia nostálgica. Aquele amor estava perdido, para sempre perdido.

A cena machadiana é, para mim, o retrato perfeito das estações inexoráveis que um caso de amor percorre. Existe um tempo de nascer e um tempo de morrer. Existe um tempo de florescer e um tempo de declinar. Isso está escrito, de um forma muito mais bela, num dos pedaços mais sábios da Bíblia, o Eclesiastes. Há um tempo para tudo. (Quem me deu esse capítulo bíblico para ler foi meu Tio Fabio, um homem sábio do interior. Eu estava arrasado com o fim de um namoro e ele me disse: “Lendo isso você vai aprender que há um tempo para rir e um tempo para chorar. E também que, a rigor, não há nada de novo sob o céu”. Para mim, Tio Fabio é um homem tão sábio quanto o Eclesiastes.)

Welcome, para mim e para você!

3
Foi difícil.

Mas... sobrevivi!

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Problemas meramente técnicos me impediram de retornar ao Travessia no dia 5/1 conforme havia prometido.

Aproveito para agradecer aos que por aqui passaram, especialmente aos que dedicaram um tempinho para deixarem deixaram os seus comentários.

Aos novos seguidores, obrigada. 
Bem-vindos!

*****

Vamos em frente...

Um abraço e tudo de bom.

Embora possa lhes parecer...

2
O dia 1º  de Janeiro,

Não é o primeiro dia do ano para os maias, os judeus, os árabes, os chineses e outros habitantes deste mundo.

-A data foi inventada por Roma, a Roma imperial, e abençoada pela Roma vaticana, e acaba sendo um exagero dizer que a humanidade inteira celebra esse cruzar da fronteira dos anos.

Mas, uma coisa, sim, é preciso reconhecer: 


O tempo é bastante amável com a gente, seus passageiros fugazes, e nos dá permissão para crer que hoje pode ser o primeiro dos dias; e, para querer que seja alegre como as cores de uma quitanda.

(Eduardo Galeano, Os Filhos dos Dias)

*****
Faremos uma pausa para receber o Novo Ano.

Voltaremos a partir do dia 5/1.

Feliz Novo Ano!

Até lá.

A autenticidade é afrodisíaca

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Há quem diga que está faltando homem. 

Parece-me que quanto mais essa ideia toma forma diante de nossos olhos, mais o desespero feminino se torna latente. Essa é uma constatação tão provável quanto lamentável: estamos perdendo o jogo pra nós mesmas.

Ao passo em que a máxima de que toda mulher, pra ser mulher, precisa de um homem ao lado se solidifica, traz consigo a ideia de que (quase) todo defeito masculino é aceitável: Ele te trai, mas tá faltando homem; Ele te subjuga, mas tá faltando homem. Te trata mal, te expõe ao ridículo e não te faz feliz, mas é melhor – sempre melhor – do que não ter um homem ao lado. Ele é namorado da sua melhor amiga, da sua irmã, da sua mãe ou da sua prima, mas se ele der mole é melhor aproveitar: Não é em qualquer esquina que se encontra um homem (tão valioso que dá em cima da melhor amiga/filha/irmã/prima da própria companheira).

Passamos a nos trair e nos comportar – digo “nós” enquanto mulher, mas, sem hipocrisia, nem de longe compactuo com este comportamento e nem posso generalizar – como se estivéssemos numa guerra permanente em que o prêmio é ter um homem pra chamar de seu.

O pior de tudo isso – sim, ainda pior do que nos trair e nos submeter a comportamentos masculinos inaceitáveis – é que algumas mulheres estão simplesmente deixando de ser quem são: tudo isso em nome de um relacionamento amoroso, ainda que capenga, inútil e infeliz – porque antes mal acompanhada do que só.

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