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Especial Cora Coralina

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Cidade de Goiás,

A imponente casa que se ergue à beira do Rio Vermelho chama a atenção de quem conhece a antiga capital do estado de Goiás. Tanto a cidade quanto a casa encantaram a menina que nasceu ali em agosto de 1889, mas não foram suficientes para a mulher em que ela se transformou. 

Para se livrar do conservadorismo imposto às mulheres à época, ela se desprendeu das raízes e deixou o lugar em que cresceu para buscar os seus sonhos.

A menina Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas se transforma, por sua vida e genialidade, em Cora Coralina, a poetisa de Goiás.



Arandu Ete: O índio e suas tradições culturais

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Cineasta indígena lança filme no Museu do Índio

Filme mostra como as crianças indígenas Guarani Mbyá recebem seus nomes e como é o batismo de sementes de milho e de erva-mate na época do plantio.

Em ritual de batismo entre janeiro e dezembro, as crianças indígenas Guarani Mbyá recebem seus nomes. Na tradição, o nome define aptidões e fraquezas para a vida e livra os pequenos dos males, como doenças. Cenas dessa cerimônia foram apresentadas ao público ontem (19), pela primeira vez, no documentário Arandu Ete – que significa sabedoria milenar na língua guarani –, do cineasta indígena Lucas Benites, no Museu do Índio, no Rio de Janeiro.

Com cerca de 30 minutos, o filme mostra também como é o batismo de sementes de milho e de erva-mate na época do plantio. Destaca ainda o papel da Casa de Reza na cultura local e revela como são, na prática, a caça e confecção de armadilhas. Tudo é parte do dia a dia da aldeia do cineasta, a Sapukai, que fica em Angra dos Reis, a 200 quilômetros do Rio.

“Importante é o próprio índio fazer a divulgação de sua cultura por meio da tecnologia, do filme”, disse Benites. “Ser documentarista valoriza a cultura indígena nos aspectos que são realmente importantes para os índios”, completou o cineasta.

Benites se tornou cineasta por meio de um programa de documentação do Museu do Índio, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), nos últimos quatro anos. Hoje, ele tem mais de 38 mil horas gravadas, que deram origem a seus filmes. Em 2014, lançou o primeiro documentário Mbya Rembiapo, sobre arte indígena e, depois, o filme Intercâmbio Cultural Guarani-Argentina, Paraguai e Brasil. 

Assim se prova que os índios e negros são inferiores

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Assim se prova que os índios são inferiores:
(segundo os conquistadores dos séculos XVI e XVII)

Adoram a natureza, considerando-a mãe e acreditam que ela é sagrada?
Porque são incapazes de ter religião e só podem professar a idolatria.

Jamais batem nas crianças e as deixam viver livremente?
Porque são incapazes de castigar e de ensinar.

Suicidam-se os índios das ilhas do Mar Caribe?
Por que são vadios e não querem trabalhar.

Andam desnudos, como se o corpo todo fosse cara?
Porque os selvagens não tem pudor

Ignoram o direito de propriedade, tudo compartilham e não tem ambição de riqueza?
Porque são mais parentes do macaco do que do homem.

Banham-se com suspeitosa frequência?
Porque se parecem aos hereges da seita de Maomé, que com justiça ardem nas fogueiras da Inquisição.

Acreditam nos sonhos e lhes obedecem as vozes?
Por influencia de Satã ou por crassa ignorância.

É livre o homossexualismo? A virgindade não tem importância alguma?
Porque são promíscuos e vivem na antessala do inferno.

Comem quando têm fome e não quando é hora de comer?
Porque são incapazes de dominar seus instintos.

*****

Assim se prova que os negros são inferiores:
(Segundo os pensadores dos séculos XVIII e XIX)

A palavra e a publicidade

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Hoje em dia, a publicidade tem a seu cargo o dicionário da linguagem universal. Se ela, a publicidade, fosse Pinóquio, seu nariz daria várias voltas ao mundo.

“Busque a verdade”: a verdade está na cerveja Heineken.

“Você deve apreciar a autenticidade em todas suas formas”: a autenticidade fumega nos cigarros Winston. 

Os tênis Converse são solidários e a nova câmara fotográfica da Canon se chama Rebelde: “Para que você mostre do que é capaz”. 

No novo universo da computação, a empresa Oracle proclama a revolução: “A revolução está em nosso destino”. A Microsoft convida ao heroísmo: “Podemos ser heróis”. A Apple propõe a liberdade: “Pense diferente”.

Comendo hambúrgueres Burger King, você pode manifestar seu inconformismo: “Às vezes é preciso rasgar as regras”. 

A linguagem, as coisas e seus nomes

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Na era vitoriana era proibido fazer menção às calças na presença de uma senhorita. Hoje em dia, não fica bem dizer certas coisas perante a opinião pública:

O capitalismo exibe o nome artístico de economia de mercado;

O imperialismo se chama globalização;

As vítimas do imperialismo se chamam países em via de desenvolvimento, que é como chamar de meninos aos anões;

Dignidade era o nome de um dos campos de concentração da ditadura chilena e Liberdade o maior presídio da ditadura uruguaia;

O oportunismo se chama pragmatismo;

O saque dos fundos públicos pelos políticos corruptos atende ao nome de enriquecimento ilícito;

A traição se chama realismo;

Os pobres se chamam carentes, ou carenciados, ou pessoas de escassos recursos;

A expulsão dos meninos pobres do sistema educativo é conhecida pelo nome de deserção escolar;

O direito do patrão de despedir sem indenização nem explicação se chama flexibilização laboral;

A linguagem oficial reconhece os direitos das mulheres entre os direitos das minorias, como se a metade masculina da humanidade fosse a maioria;

As torturas são chamadas de constrangimentos ilegais ou também pressões físicas e psicológicas;

Quando os ladrões são de boa família, não são ladrões, são cleoptomaníacos;

O saque dos fundos públicos pelos políticos corruptos atende ao nome de enriquecimento ilícito;

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