Em janeiro celebramos a memória de Martin-Luther King.
Enquanto vivia, a grande mídia norte-americana tentou destruí-lo. Depois que foi assassinado, fez dele um herói
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Um dos problemas mais sérios do mundo atual é que a sociedade dominante se tornou tão forte e, de tal forma, a todos impõe os seus valores que rouba das pessoas até o direito de sonhar. A sociedade do shopping cria fantasias de consumo que parecem sonhos, mas não têm a consistência de projetos de vida. As pessoas se preparam para ganhar mais ou ter sucesso na vida mas poucas pensam para que empreender toda essa luta. E a juventude que tem todo o direito de, através do conhecimento, se apossar da história e do pensamento dos grandes sonhos da humanidade. A educação não pode ser fragmentada e esfacelada, como manda o projeto criminoso do atual governo brasileiro.
No mundo inteiro, nesse próximo final de semana, as pessoas que trabalham pela paz entre os povos e pela igualdade entre os seres humanos celebram a memória do pastor negro Martin-Luther King. No começo dos anos 60, nos Estados Unidos, o pastor King coordenava a luta da população negra pela igualdade social e por seus direitos civis. Enquanto ele vivia, a grande mídia norte-americana tentou destruí-lo de todos os modos possíveis. Depois que ele foi assassinado, fez dele um herói. O dia do aniversário de seu nascimento, 15 de janeiro, foi consagrado como feriado nacional, celebrado sempre na terça segunda feira de janeiro.
Mais de 50 anos depois dessa vitória legal do povo negro, tanto nos Estados Unidos, como na maioria dos países do mundo, a humanidade ainda não eliminou o apartheid social e econômico. Na América Latina, quase sempre, ser negro é sinônimo de ser pobre. A África do Sul superou o apartheid político, mas mantém uma imensa desigualdade racial, baseada na divisão econômica. Com relação a isso, ainda ressoam as palavras do pastor Martin-Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.