Desaparecem os desaparecidos.
Em março de 1976, nasceu a ditadura militar que desapareceu com milhares de argentinos.
Vinte anos depois, o general Jorge Rafael Videla explicou ao jornalista Guido Braslavsky:
-Não, não dava para fuzilar. Vamos pôr um número, vamos dizer cinco mil. A sociedade Argentina não teria apoiado os fuzilamentos: ontem dois em Buenos Aires, hoje seis em Córdoba, amanhã quatro em Rosário, e isso até cinco mil... Não, não seria possível. E dizer onde estão os restos?
... Mas, o que podíamos dizer? No mar, no ria da Prata, no Riachuelo? Chegou-se a pensar, na época, em divulgar as listas.
... Mas depois pensamos: se são dados por mortos, em seguida virão as perguntas que não podem ser respondidas: quem matou, quando, onde e como...
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