O processo de ensino vem se valendo cada vez mais das novas tecnologias para transmitir e construir conhecimentos. Uma estratégia recente, e que vem se mostrando eficiente neste sentido, é o uso de jogos dentro da sala de aula. Um exemplo dessa aplicação no ensino de História do Brasil é Búzios.
O jogo, desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), transporta os alunos para a cidade de Salvador dos anos de 1798 e 1799 e permite a eles atuar como participantes do primeiro movimento social que agregou as diversas camadas sociais da população brasileira. No jogo Búzios, o aluno incorpora um personagem atuante do movimento que gerou a Revolta dos Alfaiates.
A arquitetura, as paisagens, e os personagens reais - como Cipriano Barata, Lucas Dantas, Manuel Faustino e Luiz Gonzaga - são retratados com fidelidade. A ficção dá conta do clima de tensão criado em torno das decisões e das estratégias que o jogador terá que tomar para enfrentar as situações de conflito. Personagens reais e fictícios se misturam na trama.
Dessa forma, é possível explorar com os alunos os aspectos econômicos e sociais, como os anseios da classe subordinada do Brasil colonial; contextualizar o momento histórico apresentado e promover a reflexão, a problematização e o confronto com a realidade atual.
A proposta do jogo é oferecer o conteúdo histórico de uma forma dinâmica, interativa e problematizadora, possibilitando aos alunos a construção de conceitos, o conhecimento dos cenários, dos ambientes, objetos e vultos históricos da época em questão, resgatando um momento da História baiana rico de fatos políticos e de lutas do povo por melhores condições de vida e trabalho.
Na página, também há informações para os educadores, com as orientações pedagógicas e estudos publicados sobre o assunto.
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Fonte: EBC
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