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Após 160 anos, o melhor filme em muitos anos

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12 Anos de Escravidão, o melhor filme.

Esta história, baseada em fatos reais, apresenta Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um escravo liberto que é sequestrado em 1841 e forçado por um proprietário de escravos (Michael Fassbender) a trabalhar em uma plantação na região de Louisiana, nos Estados Unidos. Ele é resgatado apenas doze anos mais tarde, por um advogado (Brad Pitt).


Só mesmo a bilheteria modesta e o tema indigesto para plateias adormecidas com pipoca fazem “12 Anos de Escravidão” ter que competir com “Gravidade” pelo Oscar de melhor filme. Seria como pôr Meryl Streep e Sandra Bullock no mesmo patamar.

“12 Anos…”, dirigido pelo britânico Steve McQueen (“Shame”), é o melhor filme de Hollywood, e o mais necessário, em muitos anos.

“É o primeiro filme que torna impossível continuar vendendo mentiras e mistificações sobre escravidão por mais de um século”, escreveu a crítica de cinema do “New York Times” Manohla Dargis.

“Levou um século para vermos o impacto do chicote em um corpo nu”, redigiu David Thomson, da revista “New Republic”, lembrando a condescendência com os negros desde “E o Vento Levou”.

O longa é baseado na autobiografia publicada em 1853 do violinista Solomon Northup (interpretado por Chiwetel Ejiofor), negro livre em Saratoga, Estado de Nova York, que é sequestrado enquanto se apresenta em Washington e vendido como escravo na Louisiana.

Não há senhores de escravos bonzinhos, epifania de personagem branco que descobre que a escravidão (ou o racismo) é algo errado, nem flerte entre o homem branco e a escrava negra. Mostra, sem meio tom, os estupros constantes do senhor de escravos Epps (Michael Fassbender) contra sua favorita, Patsey (Lupita Nyong’o). A mulher de Epps, com ciúmes de Patsey, agride repetidamente a “rival”, nessa nada romantizada “Casa Grande e Senzala” americana.

Northup aprende cedo que a submissão é requisito para se viver e a esconder que é alfabetizado. Tampouco vira melodrama — o intelectualizado Northup quer realmente entender o sistema que permitiu a lógica da escravidão.

A autobiografia levou 160 anos para chegar às telas e custou apenas US$ 20 milhões, equivalente ao cachê de um único astro hollywoodiano. A participação de Brad Pitt abriu bolsos.

“12 Anos de Escravidão” ganhou o Oscar de melhor direção e rendeu o primeiro Oscar já dado a um diretor negro. 


Assista ao trailer:




Fonte: Pragmatismo Político

2 comentários:

Ouvi um comentário sobre esse filme na Globonews e fiquei logo com vontade de assistir, apesar de sempre me emocionar muito com filmes sobre escravidão.
Fico sempre me perguntando se já fui escrava em alguma vida ou, pior, escravocrata e agora me indigno tanto com isso.
beijos

Oi Atena,
Tudo bem por aí?

Eu também me pergunto se já fui escrava em outras encarnações.
E se fui, fui daquelas bem rebeldes! rsrsrs
Tipo quilombola...
Lá pela serra da barriga.

Mestra,
O convite para eu te visitar continua firme?
Tô pensando...
Beijo.
Te cuida.

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