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Algumas curiosidades sobre eleições: Parte II

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Em 27 de outubro de 1965, depois que os candidatos apoiados pelo ditador Castelo Branco perderam as eleições para governador em Minas e na Guanabara (a cidade do Rio de Janeiro, que era um estado), baixou-se o Ato Institucional número 2, extinguindo os 13 partidos existentes e criando a Arena – Aliança Renovadora Nacional (partido da ditadura) e o MDB – Movimento Democrático Brasileiro (de oposição “consentida”).
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Em 1966 haveria eleições para governador, deputados e senadores em vários estados, mas com a derrota do governo ditatorial em Minas e na Guanabara no ano anterior, Castello Branco editou o AI-3 acabando com o “sufrágio universal” para escolha dos governadores, que passaram a ser escolhidos pelo presidente-ditador, e referendados pelas Assembleias Legislativas – mas se nelas houvesse oposição ao escolhido, cassava-se mandatos de deputados oposicionistas até garantir o número de votos a favor. Deixaram de ser eleitos prefeitos de capitais e de municípios considerados estratégicos, como portuários, e estâncias hidrominerais.
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Em 1974, prevendo a derrota ampla da Arena, Ernesto Geisel criou a figura do “senador biônico” – nomeado pelo governo. Nesse ano, deveriam ser eleitos dois senadores por estado, mas as eleições foram só para um (com ampla vitória da oposição) e os outros 22 (eram 22 estados) foram escolhidos pelo governo. O apelido “senador biônico” foi inspirado numa série de TV, chamada “O homem de 6 milhões de dólares” em que um homem é salvo da morte com implantes cibernéticos (tornou-se “homem biônico”) que lhe deram superpoderes, e ele tornou-se agente do governo dos EUA.
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Em 13 de novembro de 1980, o Congresso aprovou a volta do voto secreto para governadores e acabou com os senadores biônicos (nomeados pelo presidente).
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Em 25 de abril de 1984, votação da emenda das Diretas, no Congresso, que deu 298 votos a favor, 65 contra e 113 parlamentares ausentes, mas quem ganhou foi o contra: os votos a favor das diretas não atingiram o necessário, dois terços do total de parlamentares. Alguns políticos famosos participaram dos comícios pró-diretas, mas por baixo do pano trabalharam contra a sua aprovação, porque achavam que se houvesse eleição direta Leonel Brizola seria eleito.
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Em 21 de abril de 1997, o governo FHC conseguiu a aprovação da emenda da reeleição, com acusações de compra de votos de parlamentares. O próprio Fernando Henrique Cardoso foi o maior beneficiário… Pela tradição republicana decisões como essa não valiam para as eleições próximas, só as seguintes… Bom, alguns deputados confessaram ter recebido R$ 200 mil (quanto seria em valores atualizados?) para votar com o governo.
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Os primeiros países do mundo em que as mulheres adquiriram o direito de votar foram a Nova Zelândia (1893), a Austrália (1902) e a Finlândia (1906). Na Dinamarca e na Islândia, o voto feminino foi conquistado em 1915. Na Alemanha e no Reino Unido em 1918, nos Estados Unidos em 1920 e na Suécia em 1921. Na França, as mulheres só conquistaram o direito de votar e serem votadas no pós-guerra, em 1945.

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Mouzar Benedito é jornalista. Trabalhou em vários jornais alternativos (Versus, Pasquim, Em Tempo, Movimento, Jornal dos Bairros – MG, Brasil Mulher). É autor de vários publicados pela Boitempo, onde colabora com o Blog da Boitempo quinzenalmente, às terças. 

1 Comentário:

Era MDB. Depois passou a se chamar PMDB, e agora é MDB de novo.
Golpista e oportunista como sempre.
Assim é o Partido de Temer.

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