Menu Principal

8 coisas da campanha no primeiro turno que não esqueceremos

0
1) A presença exuberante e renovadora de Luciana Genro

Com seu sotaque gaúcho, com suas melenas encaracoladas e com sua sinceridade desconcertante, ela dinamizou o debate político ao trazer à cena temas como a criminalização da homofobia, a legalização do aborto e a regulação da mídia.

Em um de seus momentos supremos, mandou que Aécio baixasse o dedo esticado para ela no debate da Globo. Aécio obedeceu.

2) Os memes de Eduardo Jorge

Os internautas fizeram uma festa com frases e fotos de Eduardo Jorge depois do primeiro debate entre os candidatos, na Band.

“Finalmente descobri o que é meme”, escreveu Eduardo Jorge em sua conta divertida e concorrida no Twitter.

Logo as pessoas descobririam que EJ não é apenas folclórico. É um homem de conteúdo, e o mais capacitado defensor de uma economia ambientalmente saudável.

Mas não se limitou ao meio ambiente. Foi ele que informou vigorosamente aos brasileiros que 800 000 mulheres são criminalizadas anualmente no país por conta de uma anacrônica legislação de aborto.

Vampiros, vampirinhas e vampirinhos

2
No verão de 1725, Petar Blagojevic se levantou de seu ataúde, na aldeia de Kisiljevo, mordeu seus nove vizinhos e bebeu seu sangue.

Por ordem do governo da Áustria, que naquela época mandava naquelas bandas, as forças da ordem o mataram definitivamente cravando uma estaca em seu coração.

Petar foi o primeiro vampiro oficialmente reconhecido, e o menos célebre.

O mais exitoso, o Conde Drácula, nasceu da pluma de Bram Stoker, em 1897.

Mais de um século depois, Drácula se aposentou.

Não estava nem um pouco preocupado com a competição dos vampirinhos e vampirinhas bregas que Hollywood estava fabricando. Outras façanhas insuperáveis o angustiavam.

Não teve outra saída a não ser se retirar. Sentia um incurável complexo de inferioridade diante dos poderosos glutões que fundam e afundam bancos, e que chupam o sangue do mundo como se o mundo fosse um pescoço.

*****
Os Filhos dos Dias.

Dez razões para votar em Dilma

2
“A vida é feita de escolhas, que vão das mais simples, às que trazem conseqüências e produzem efeitos concretos sobre o futuro de milhões de pessoas”.

Eric Nepomuceno.

*****

O texto que publico hoje não é meu.  O que não significa que eu não poderia  tê-lo escrito, já que concordo integralmente com o seu conteúdo.

Mas, para porque perder tempo escrevendo, se o artigo do Eric revela exatamente o que penso sobre o amanhã, dia 5 de outubro.

São 10 as razões. 

E não são razões pequenas, pelo menos para quem sonha com um futuro melhor para o Brasil. Um futuro em que todos estejam contemplados, especialmente os que durante décadas foram excluídos das oportunidades econômicas e sociais. 

E existem dados que mostram de maneira clara o que foi experimentado pelos até então desfavorecidos: em oito anos, 42 milhões e 800 mil brasileiros abriram, pela primeira vez na vida, uma conta corrente em um banco. Ou seja: um contingente de brasileiros, que equivale a uma Argentina - país em que estive recentemente - inteira, experimentou um câmbio efetivo em sua economia.

Para quem nunca encontrou problemas para abrir uma conta bancária, ter acesso ao ensino técnico e superior, cinema, crédito, teatro, viagem de avião, comida na mesa, casa própria, e outros itens mais, talvez esta informação seja irrelevante. Mas, a questão é: as janelas de oportunidades que se abrem quando se tem a possibilidade de ter crédito e outros benefícios são infinitas.

Além é claro, de ser um direito de todos.

Portanto, sem mais delongas, convido-os a ler aqui, todas as 10 razões que me fazem votar na Dilma na eleição de amanhã.

Bom voto!

O meu Complexo

1
É o Complexo da Maré.

Onde, relembrando Adoniran Barbosa, me maloquei por um longo período.

Inaugurado em 2006, no governo Lula, o Museu da Maré, no complexo da Maré, que é margeado pela Avenida Brasil, na zona norte da cidade, está sob ameaça de despejo.

Um acervo de mais de 5 mil fotos, uma biblioteca, a reconstrução cenográfica de um bairro - incluindo uma casa de palafita, além de oficinas para crianças, terão de se mudar. 

O Museu da Maré - onde o material está reunido e onde funcionam serviços à comunidade - não conseguiu renovar o contrato do imóvel onde está instalado há oito anos. O Grupo Libra, da empresária Celina Torrealba Capri, cedeu o espaço gratuitamente para o museu. O acordo chegou ao fim e o despejo está previsto para 9 de dezembro, prazo limite da notificação. A data prevista para a saída do museu é simbólica pois antecede o Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado em 10 de dezembro. 

Considerado referência internacional na museologia social, por reunir imagens, depoimentos e objetos pessoais de moradores, a instituição, dedicada à memória da comunidade, ocupa galpões em uma área valorizada pela ocupação militar - que chegou em abril deste ano, com a instalação de uma unidade de Polícia Pacificadora. 

Os galpões da Avenida Maxwell, em Bonsucesso, recebem centenas de visitantes por semana e também presta atendimento a jovens. O museu tem convênios com o governo do estado, a Petrobras e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que com frequência envia alunos para conhecer a instituição.

O viajante imóvel

4
Se não me engano, no dia de hoje, em 1883, nasceu Sandokan, príncipe e pirata, tigre da Malásia.

Sandokan brotou da mão de Emilio Salgari, como outros personagens que acompanharam a minha infância.

O pai, Emilio Salgari, havia nascido em Verona, e nunca navegou além da costa italiana.

Nunca esteve no golfo de Maracaibo, nem na selva de Iucatã, nem nos portos de escravos da Costa do Marfim, nem conheceu os pescadores de pérolas das ilhas Filipinas, nem os sultões do Oriente, nem os piratas do mar, nem as girafas da África, nem os búfalos do Velho Oeste.

Mas graças a ele, eu sim, estive, eu sim, conheci.

Quando a minha mãe não me deixava ir além da esquina de casa, os romances de Salgari me levavaram a navegar os sete mares do mundo e outros mares mais.

Salgari me apresentou a Sandokan e a lady Mariana, seu amor impossível. A Yáñez, o navegador. Ao Corsário Negro e a Honorata, filha de seu inimigo, e a tantos amigos que ele havia inventado...

... para que o salvassem da fome e o acompanhassem na solidão.

*****
Eduardo Galeano, Os Filhos dos Dias.

WIDGETS QUE ABREM COM A BARRA DO FOOTER

Acompanhe o Feed

Fechar

ou receba as novidades em seu email

Digite seu email:

Entregue por FeedBurner

BARRA DO FOOTER

Blog desenvolvido por

Site Desenvolvido por Agência Charme
Bookmark and Share

Traduzir este Blog

Visitas

Assine o Feed

Curtir

Minimizar