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Posso sempre

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Mudar o ângulo de cada palavra, alterar a rota da disposição carnal para o bem maior, limpar ingerências autoritárias e transportá-las ao tom das árvores, criar campos verdes de solidão acompanhada. 

Posso transformar-me em ser mais feroz que toda moral.

Andar pelas chuvas torrenciais e burocráticas das salas de decisão política. Posso, e de repente, frutos e suspiros passeiam em meus seios – nos seios de uma mulher escorrega o mundo. Posso recuperar alguns mortos, algumas montanhas de passado e margaridas de pintores. Também dar adeus à realidade e pisar nos sonhos de um gato mosaico, muito mais que sete vidas. Posso deter o olhar aos prazeres como para a felicidade, nunca sem esquecer aos pobres mortos de todos os dias.

Esmiuçar o coração de todas as coisas e observar o cair das mãos sobre mim. Voltar ao estado da variação solar-lunar, fazer girar os pés em cima da cadeira e daqui de cima cuidar das flores e ventanias, alcançar estrelas com golpes de mãos elásticas, depois abrir a porta de casa e espelhar ao mundo isso que caço todas as manhãs. Posso fazer voar todas essas recolhidas flores e estrelas e ser mais rápida que a violência. Conhecer as almas que se esmorecem e se entregam para falar a vida. 

Posso engolir mariposas e soprar todas essas intempéries.  

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por Maíra Vasconcelos
GGN - O Jornal de Todos os Brasis

Inauguração popular

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Ocupação promove 'inauguração popular' da Casa da Mulher Brasileira em São Paulo.

Projeto teve R$ 13,5 milhões liberados pelo governo Dilma em 2013, está pronto desde novembro de 2016 e até agora é mantido fechado pela prefeitura.
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São Paulo – Movimento de Mulheres de São Paulo ocupou na manhã deste domingo a sede da Casa da Mulher Brasileira, em São Paulo. A iniciativa é tratada pelas mulheres como “inauguração popular” do projeto. A Casa da Mulher Brasileira é um equipamento público destinado ao atendimento das mulheres em situação de violência. O prédio no bairro do Cambuci está pronto desde novembro de 2016, sua inauguração estava prevista para o início deste ano, mas até agora é mantido fechado pelo prefeito João Doria (PSDB). A estrutura foi financiada pelo governo federal em 2013 - governo Dilma -, para concentrar serviços de atendimento à mulher vítima de violência em um só espaço.

Há boatos de que equipamento poderia ser desviado para outros fins, mas todo projeto foi pensado para mulheres em situação de violência.

Aconteceu há 200 anos

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Festa da Penha: germe das escolas de samba

Reunidas pelo intendente Paulo Fernandes Viana, na Intendência-Geral de Polícia, no Campo de Santana, as irmandades e demais confrarias religiosas que congregavam negros escravos e libertos foram comunicadas que a partir daquele ano, 1817, estavam proibidas as festas “de congos” e demais reuniões que aquelas entidades realizavam em toda a cidade do Rio de Janeiro, principalmente no Campo de Santana - hoje, Praça da República -, por ocasião das celebrações de seus santos padroeiros. A alegação apresentada pelo nobre foi a de que o Rei D. João VI, “para sossego público, mandou suspender estas festas que traziam transtornos para a população da Corte”. No ano anterior, elas já tinham sido proibidas devido ao luto pelo falecimento da Rainha D. Maria I. Agora, aproveitando a ocasião, ele determinava o cancelamento em definitivo dos eventos.

Informados pelas entidades de negros que tais festas eram as principais fontes de renda que obtinham para se manter e prestar auxílios aos seus membros, Paulo Fernandes Viana obteve autorização do rei para oferecer 50 mil réis em subsídios anuais em troca do seu cancelamento. As confrarias menores aceitaram, mas os irmãos de N. Sa. do Rosário somente requereram a subvenção em 1822, quando o intendente já havia falecido e o Brasil vivia a efervescência política que levaria à sua separação de Portugal.

Essas informações constam do manuscrito II-34.28.025, da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, requerimento da Irmandade de N. Sa. do Rosário e São Benedito a José Bonifácio de Andrada e Silva solicitando “receber pelos cofres públicos um subsídio anual em substituição às esmolas que arrecadavam com suas danças por ocasião das festividades de seus padroeiros". O despacho final manda pagar um único subsídio aos irmãos do Rosário e extinguir a prática.

A Corte portuguesa no Brasil

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