Jorge Furtado, diretor do premiado filme Praia do Futuro, após declarações de Wagner Moura, rebate surto de vira-latice de alguns artistas.
“Fico triste ao ver artistas brasileiros, meus colegas, tão mal informados. (…) Dizer que não dá mais para viver no Brasil logo agora, agora que milhões de pessoas conquistaram alguns direitos mínimos (…)”, escreveu o diretor em seu blog no site da Casa de Cinema de Porto Alegre.
No texto, ele questiona: “Em que as coisas estão piorando? E piorando para quem? Quem disse? Qual sua fonte de informação?”
Jorge Furtado encerra o texto dizendo “o Brasil nos dá motivos diários de vergonha e tristeza, quem não sabe? Mas, estamos piorando? Tem certeza? Quem lhe disse? Qual sua fonte? E piorando para quem?”.
Recentemente, outros artistas brasileiros também se manifestaram sobre o tema, gerando grande repercussão: o cantor Ney Matogrosso deu entrevista para o canal de TV português RTP fazendo duras críticas ao governo, dizendo que “hoje em dia, a saúde pública no Brasil é uma vergonha” e “está piorando”, “a educação no país é vergonhosa” e “o transporte público é horroroso”.
Na semana passada, o vocalista Roger, do Ultraje a Rigor, rebateu declarações de que ele seria incoerente por tocar em um evento financiado pelo governo – que ele critica. Roger aproveitou para criticar planos como o Bolsa Família: “Tenho certeza que, se fôssemos bem educados, ninguém precisaria de esmola do governo, assim como eu próprio nunca precisei”.
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Em seu blog, Furtado escreveu:
“Fico triste ao ver artistas brasileiros, meus colegas, tão mal informados.
Imagino que, com suas agendas cheias, não tenham muito tempo para procurar diferentes fontes para a mesma informação, tempo para ouvir e ler outras versões dos acontecimentos, isso antes de falar sobre eles em entrevistas, amplificando equívocos com leituras rasas e impressionistas das manchetes de telejornais e revistas ou, pior, reproduzindo comentários de colunistas que escrevem suas manchetes em caixa alta, seguidas de ponto de exclamação.