O placar final do jogo foi:
Aldeia Maracanã 2 x 0 Combinado Governo-Empreiteiras
Os índios de pelo menos sete etnias que residem na Aldeia Maracanã, centro cultural localizado nas ruínas da ex-sede da Fundação Nacional do índio (Funai) e do Museu do Índio, no terreno do complexo esportivo do Maracanã, no Rio de Janeiro, conseguiram duas vitórias judiciais na luta contra os planos o governo do Estado de fim da aldeia e demolição do prédio para as obras da Copa 2014.
Na manhã do dia 26, a 12ª Vara Federal garantiu via liminar a preservação do imóvel em ação proposta pela Defensoria Pública da União. Na noite do mesmo dia, em outra ação também proposta pela Defensoria Pública da União, a 8ª Vara Federal impediu a retirada dos índios do local. O Estado e a Companhia Nacional de Abastecimento, que negociam a titularidade do imóvel e são réus nas ações, podem recorrer da decisão.
A respeito do histórico do prédio, o defensor público Ordacgy lembra que há um decreto municipal que já considera tombado, por lei, “qualquer edificação construída até 1937, inclusive. E o Museu do Índio é da primeira década do século XX”. Assim sendo, Ordacgy afirma que “o quê causa perplexidade, é que no estádio Maracanã, que também é tombado, o governo gastou o dobro do que gastaria, a conta está chegando a quase R$ 1 bi, para manter a estrutura externa e trabalhar dentro da ‘casca’. E ao lado do Maracanã tem um prédio histórico, com mais de 100 anos de idade, que o governo do Estado quer simplesmente demolir”.
Fonte: Carta maior