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Cultura quase inútil: Onde está a honestidade? Parte I

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Na Dinamarca não existe verão, segundo muita gente acredita. É frio o tempo todo. Mas uma atriz dinamarquesa (não me lembro qual) disse sobre isso: “Existe sim. No ano passado até caiu num domingo”.

Sobre políticos, não só no Brasil, a pergunta é: existem honestos? Existem sim, e acho que, aqui, não tão raros como os verões na Dinamarca. Segundo a resposta dessa moça, o verão dinamarquês dura um dia, ou seja, é um em cada 365. 

No Congresso Nacional existem 513 deputados e 81 senadores, além de um monte de suplentes cobiçando vagas. Quando o Lula era oposição, e não usava os “bons serviços” desses parlamentares, disse que na Câmara dos Deputados havia uns trezentos picaretas. Acho muito otimismo acreditar que tinham mais de duzentos lá que não eram picaretas. Mas também, como hoje, não chega a ser apenas um honesto em cada 365. Não duvido que achem lá uns dez ou quinze deputados e uns cinco ou seis senadores em que se pode confiar.

Mas os eleitores… Caramba! Nunca vi tanta gente cobrando honestidade como no ano passado e neste. Para falar dessa gente, terei que usar expressões de “antigamente”, já que quando se fala em caráter, retidão, honradez, honestidade e essas coisas todas, “antigamente” era sempre melhor. Então, são pessoas impolutas, de caráter sem jaça. Talvez possam responder à pergunta contida no samba de Noel Rosa: “O povo já pergunta com maldade / onde está a honestidade?”.

E certamente são indivíduos que não se encaixam naquele samba de Bezerra da Silva que diz assim:

Justiça, ainda que tardia!

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Em julgamento histórico, Justiça argentina condena oficiais envolvidos na Operação Condor.

A Justiça argentina declarou culpados, na sexta-feira (27/05), 15 oficiais por participação na Operação Condor, cooperação entre regimes autoritários na América do Sul entre as décadas de 1970 e 1980 para combater à “subversão” nos países. 

O tribunal de Buenos Aires condenou o último presidente do período ditatorial do país, Reynaldo Bignone (1982-1983), a 20 anos de prisão por crimes de lesa-humanidade. O ex-mandatário de 88 anos atualmente cumpre pena em uma penitenciária por diversos delitos.

Além dele, outros 16 militares - 15 argentinos e um uruguaio, o coronel Manuel Juan Cordero foram julgados por sequestro, tortura e desaparecimento forçados. 


Catorze foram condenados e receberam penas que variam entre oito e 25 anos de prisão, incluindo Cordero, pela privação ilegítima de liberdade do filho e da nora do poeta uruguaio Juan Gelman. Os fundamentos da sentença serão conhecidos em 9 de agosto.

No Brasil, atriz Bete Mendes, presa e torturada em 1970, encontrou o coronel Brilhante Ustra numa viagem ao Uruguai em 1985. Ela era deputada federal, e ele atuava na embaixada em Montevidéu. Na volta, ela denunciou Ustra ao presidente Sarney. Aos 67, a atriz diz não temer retrocessos, mas pede atenção aos movimentos contra a democracia.

A diferença entre um rei e um escravo é a coragem

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A grande depressão e o mágico de Oz.

Um coração para o homem de lata, um cérebro para o espantalho, coragem para o leão e um lar para Dorothy. Esta é a busca dos personagens de "O mágico de Oz", um musical clássico de 1939. 

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A música expõe a realidade estúpida do operário - personagem da letra - que construiu tudo o que constitui o “american way of life” (feito ou estilo americano). A maioria dos fãs compra a versão de que é uma história típica de Hollywood com final feliz. Poderia ser se não tivesse Yip Harburg como letrista. 

Posso imaginar Yip Harburg em um bar frequentado por roteiristas, artistas, compositores da Broadway logo após a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. Os pedintes nas esquinas o deixam indignado. 

Yip começa então a rabiscar num guardanapo a letra da música que se tornaria o verdadeiro hino da depressão norte-americana. Um gole na bebida e um verso: “Eles me diziam que eu estava construindo um sonho”. 

Outro gole, novo verso: “Com paz e glória à minha espera”. Engole a seco, conclui a quadra: “Por que então estou aqui na fila/ esperando apenas por um pedaço de pão?”

O título da canção “Brother, can you spare a dime?” pode ser traduzido por “Amigo, você tem um trocado?”. Bing Crosby gravou em 1932 - muitos outros famosos regravam até hoje - e foi um retumbante sucesso. 

Resposta: porque acobertados pelo manto legal da impunidade que rege as práticas no Congresso Nacional, e estimulados pela imprensa que estimula em seus programas de baixaria à cultura do estupro, agem como covardes, machistas, misóginos, torturadores de mulheres, canalhas, ladrões, corruptos, bandidos, hipócritas, e sobretudo, aliciadores e manipuladores da fé alheia de uma camada da sociedade, que em nome de uma pretensa e pretérita palavra de Deus, também covardemente se omite. Além é claro, de agirem em causa própria, ao tentarem esconder os seus mais íntimos instintos e desejos sexuais-bestiais que muitos devem ter. 

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O meu sentimento é o da mais absoluta revolta ao constatar que o projeto dos golpistas da Bancada da Bala, do Boi e a Evangélica comandada pelo Eduardo Cunha – BBB, que cria o Estatuto do Nascituro disfarçado de Bolsa Estupro, avança na Câmara dos Deputados. 

Depois da aprovação do mérito, em 2010, a proposta foi aprovada na Comissão de Finanças e Tributação, em meio a manifestações a favor e contra a proposta. O texto define que a vida começa na concepção e prevê o pagamento de uma bolsa em dinheiro para as mulheres vítimas de estupro que optarem por não fazer o aborto, caso venha engravidar após ser submetida a essa violência imensurável. Pelo andar da carruagem, periga ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça antes da matéria seguir ao plenário.

De acordo com o projeto, a mulher que optar por não fazer o aborto legal terá assistência pré-natal, acompanhamento psicológico e ajuda financeira do governo até que o estuprador seja localizado e se comprometa a pagar a pensão pelo filho ou se a criança for adotada. Simples assim, para eles. 

A adoção da “bolsa estupro”, o mesmo que dizer que não tem problema a mulher ser estuprada. Querem pagar pelo estupro sofrido pelo mulher, criticou a deputada Erika Kokay (PT-DF). Em plenário, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) criticou o avanço da votação. "É algo inaceitável. Se tivessem uma filha vítima de estupro, aceitariam esse tratamento desrespeitoso?", cobrou.

O projeto tem o apoio dos deputados da Frente Parlamentar Evangélica, capitaneado pelo deputado afastado por corrupção, Eduardo Cunha (PMDBRJ).

Em momento algum os “nobres” homens de Deus mencionaram a alteração da legislação, tipificando o estupro como crime hediondo e aumentando a pena para os que o praticaram/rem.

E o que pensar das “nobres deputadas, mulheres dos homens de Deus”, da bancada BBB que nada fazem para barrar esta aberração?

- A mesma coisa. 

Ambos são feitos da mesma massa podre que espalha alienação, usurpação, corrupção, enganação e violência contra as mulheres, meninas, negros, índios, LGBT’s, pobres e periféricos que não são considerados "Povo de Deus", por essa gente asquerosa e fundamentalista.

Beth Muniz

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