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Eu quero Liberdade: Festas da cultura negra celebram Luiz Gama e Elza Soares

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Elza Soares e Luiz Gama, os homenageados, defendem cada um a seu tempo, a liberdade e o respeito aos negros. Cantora receberá prêmio por trajetória na cultura afro.


São Paulo – A quarta edição da FlinkSampa – Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra – foi lançada dia 5/8, em São Paulo. Com o lema “Eu quero liberdade”, o evento será realizado nos dias 18 e 19 de novembro, no Memorial da América Latina, na capital paulista. A programação, gratuita, será composta por debates literários e sociais, lançamentos de livros e performances artísticas.

“O lema da FlinkSampa significa a luta pelo direito do negro à liberdade física, liberdade de expressão individual e coletiva, de exercer qualquer profissão e, acima de qualquer coisa, a liberdade de ir e vir. O negro tem todo o direito de se movimentar no mundo, ainda que muitos continuem sendo presos e até mortos sem qualquer razão”, ponderou José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, promotora do evento em parceria com a ONG Afrobras.

Já estão confirmadas as participações dos escritores brasileiros Ana Paula Maia, Ferréz e Paulo Lins. E dos estrangeiros Antônio Quino e Maria Celestina Fernandes (Angola), Futhi Ntshingila (África do Sul), Glaucia Nogueira (Cabo Verde), Jean-Paul Delfino (França), Carlos Moore e Teresa Cárdenas (Cuba), Kangni Alem (Togo), Milagros Carazas (Peru) e Shirley Campbell Barr (Costa Rica).

A edição de 2016 terá como novidade o Prêmio Flink de Literatura, com o objetivo de estimular e revelar autores negros brasileiros e residentes no país, com idade entre 16 e 29 anos. Podem participar autores com obras inéditas destinadas ao público adulto. O regulamento está disponível no site do evento. As inscrições podem ser feitas a partir de hoje até o dia 2 de setembro. Os três primeiros colocados terão seus livros publicados.

A redenção de Rafaela Silva: Mulher, Negra, Favelada e Medalha de Ouro

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E Viva a Comunidade!

Em quatro anos, a judoca experimentou a depressão e gosto da vitória, em casa.

A medalha de ouro conquistada pela judoca Rafaela Silva nesta última segunda-feira (8) marca o fim de um ciclo que começou no dia 30 de julho de 2012. Cotada como favorita nos Jogos de Londres, Rafaela foi eliminada nas oitavas de final naquele dia. Para piorar, teve que ouvir ofensas racistas de internautas descontentes com a derrota. 

Os dias seguintes foram os mais duros para Rafaela. Após ser chamada de “macaca” e ler que “era uma vergonha para a família”, havia tomado uma decisão: parar de lutar. A escolha surpreendeu a muitas pessoas. Não ao seu pai. Luiz Carlos da Silva sabia do que a filha precisava. “Ela estava chateada. Não pela derrota, mas pelo que falaram. O pessoal - do Instituto Reação -, pedia para conversar com ela, mas eu não perturbava. Dei um tempo para ela”. 

A mudança foi percebida por pessoas do Reação. “Teve um tempo em que ela não treinou. Ela ia na academia só para olhar, mas não treinava. Toda vez que ela ia no treino, a gente via que ela estava com uma cara de choro, que não queria treinar. A gente falava que em 2016 ia ser no Rio, ia ser aqui. A gente fazia de tudo para ela treinar”, conta Bianca Gonçalves, judoca do Instituto e amiga de Rafaela. 

À época, Rafaela marcou no corpo o que sentia. Foi depois dos Jogos de Londres que ela fez uma tatuagem com a frase “só Deus sabe o que eu sofri e o que fiz para chegar até aqui”. “Eles não sabem o que eu vivia a cada treino, a cada superação, a cada lesão. O que eu tinha que fazer no meu dia a dia no tatame para ficar me criticando”, conta Rafaela. Foi nesse período que ela entrou em depressão. “Foi um momento bem difícil. Eu andava na rua e pensava “vou lutar a Olimpíada”. Mas caía a ficha, eu lembrava que tinha sido eliminada e ficava muito chateada. Assistia televisão e começava a chorar”.

Isenção de IPTU a templos custa 22 creches por ano em São Paulo

O que daria para fazer com esse dinheiro:

- 75% do hospital que está sendo construído em Parelheiros (zona sul), com 250 leitos
- 22 creches
- 3 CEUs (Centro Educacional Unificado)
- 28 UBSs (Unidades Básicas de Saúde)
- 1.500 apartamentos populares

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A Prefeitura de São Paulo deixa de arrecadar com o IPTU de templos religiosos –todos beneficiários de imunidade tributária - cerca de R$ 110 milhões por ano. Esse montante, calculado pela Folha a partir do cadastro de imóveis, seria suficiente para construir um hospital ou 22 creches. A prefeitura recolhe cerca de R$ 6,5 bilhões com o imposto. Além do IPTU, templos têm isenção de outros tributos, como o ISS (sobre serviços). A imunidade fiscal de IPTU é prevista na Constituição desde 1946 e, atualmente, o tema é debatido no Congresso.

A bancada religiosa na Câmara quer ampliar a isenção de IPTU para todo o país, incluindo o caso de imóveis alugados pelas entidades religiosas  - na capital paulistana, isso já é realidade para os 5.734 templos da cidade. Há também grupos contrários, que defendem o fim de todas as isenções aos templos.

Na lista de entidades religiosas com mais templos, também aparece a Universal (foto), como a 14ª maior proprietária de locais de culto, com 21. A colocação se deve ao fato de, ao contrário de outras evangélicas, a Universal adotar a prática de alugar os locais onde faz seus cultos. Amparada por lei municipal, não paga IPTU desses imóveis.

A igreja mais beneficiada pelo não pagamento de tributos é a Católica. Segundo o levantamento, ela tem 730 imóveis cadastrados como templos na cidade  - renderiam R$ 17 milhões ao ano em IPTU.

O valor de R$ 110 milhões calculado pela Folha considera o imposto que seria cobrado dos templos com base no valor dos imóveis e nas alíquotas básicas do IPTU e não inclui características dos terrenos que podem influenciar o valor final. Segundo a estimativa da prefeitura, a isenção fiscal aos templos está na casa dos R$ 90 milhões.

Para efeito de comparação, um hospital com cerca de 250 leitos em construção em Parelheiros (zona sul) tem custo estimado de R$ 148 milhões. Na educação, os R$ 110 milhões poderiam erguer 22 creches.

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Matéria completa com gráficos e números no site da Folha.

Lei Maria da Penha completa 10 anos sob mira dos Golpistas e das Recatadas do Lar

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Com o argumento de aumentar a celeridade no atendimento às vítimas de violência, o PLC 7 incorre em dois erros: ignorar a consulta às mulheres para qualquer alteração e transformar um problema estrutural em caso de polícia.

A tendência é que o atendimento à vítima de violência seja ainda mais prejudicado. Se nas delegacias de mulheres, que são preparadas para esse atendimento, há problemas, imagina na comum?!

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Uma das medidas mais avançadas do mundo corre o risco de retrocesso por falta de diálogo e desejo de transformar a legislação em caso de polícia.

Amanhã, domingo (7), a Lei Maria da Penha (11.340/2006) completa 10 anos sob o risco de sofrer um retrocesso pelas mãos de parlamentares que apoiaram o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e que agora miram direitos sociais e trabalhistas.


Após ser aprovado no dia 29 de junho na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, o PLC 7/2016 (Projeto de Lei da Câmara), que permite ao delegado de polícia conceder medidas protetivas de urgência a mulheres vítimas de violência doméstica, deve ser votado em breve no plenário da Casa.

O parecer favorável à alteração foi apresentado pelo relator do PLC, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), um dos parlamentares que apoiam o golpe.

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