Menu Principal

EUA liberta Oscar López Rivera, preso há 36 anos

0
As últimas três décadas Oscar López Rivera passou atrás das grades. 

O crime? Defender a independência de seu país, Porto Rico, que até hoje é colonizado pelos Estados Unidos. Finalmente aos 73 anos de idade o ativista ganhou liberdade, junto a outros 208 presos políticos do país de Barack Obama. 

O anúncio foi feito pelo governo dos Estados Unidos nesta terça-feira (17). É uma das últimas decisões de Barack Obama antes de deixar o governo. Contudo, mesmo em liberdade, López Rivera ainda vai prestar trabalhos comunitários para terminar de cumprir sua pena, até o dia 17 de maio. 

Condenado há 55 anos de prisão por “envolvimento em atos terroristas”, Oscar López passou os últimos 36 preso. Em seu país foi um importante líder independentista e combateu na Guerra do Vietnã. Nos Estados Unidos participou de ações em defesa da independência de Porto Rico. 

Durante 5 anos o Oscar López atuou na luta clandestina como membro das Forças Armadas de Liberação Nacional (FALN) e foi capturado pelo FBI, acusado de “conspiração”. 

Assim que foi capturado, reclamou para si a condição de “prisioneiro de guerra” e foi amparado pelo protocolo da Convenção de Genebra de 1949. Inicialmente condenado há 55 anos, a pena aumentou para 70, dos quais 12 ele passou em isolamento completo.

A injustiça cometida contra Oscar López foi alvo de críticas em todo o mundo. Organizações sociais e ativistas dos direitos humanos se mobilizaram em diversos países para exigir a libertação do líder independentista. 

Só em 2012 a ONU se pronunciou sobre o caso, ao aprovar a resolução fomentada por Cuba que exige o reconhecimento da independência e autodeterminação de Porto Rico. Na ocasião, a Organização exigiu a libertação dos independentistas presos nos Estados Unidos, entre eles Oscar López. 

A pesar da liberdade, Oscar López seguirá cumprindo sua pena em regime aberto através de trabalhos comunitários que serão prestados em comunidades carentes em seu país. A prefeita do município de San Juan, onde o ativista atuará, afirmou à imprensa local que este “é um grande dia para a justiça e a dignidade porto-riquenha”. 

*****
O vocalista (foto abaixo)da banda porto-riquenha Calle 13, René Pérez, também conhecido como Residente, manifestou um desejo de renunciar à cidadania estadunidense, porém ao fazer isso ele se encontraria em uma situação complexa porque passaria a ser tratado como um estrangeiro em seu próprio país, Porto Rico. 


*****

Portal bilíngue reúne poesias e poetas da periferia de São Paulo

0
ROMPENDO FRONTEIRAS.

Iniciativa inédita: “Becos e Letras” foi lançado ontem (17) com 36 textos de 18 escritoras e escritores das bordas da cidade, traduzidos para o inglês.

"Nóis é ponte e atravessa qualquer rio", diz o verso do poeta Marco Pezão, máxima que se tornou quase um lema de quem se aventura a produzir literatura nas periferias de São Paulo. Desta vez, a fronteira transposta foi a do idioma: a partir de uma parceria com a Universidade de Georgetown, dos Estados Unidos


Com o intuito de expandir ainda mais a diversidade da literatura brasileira contemporânea, o portal Letras e Becos - Literatura das Periferias de São Paulo (Letters and Alleys - Literature from the outskirts of São Paulo) chega à internet com 36 textos e traduções que compõem esta antologia. A seleção é resultado de uma pesquisa da obra de 18 autoras e autores participantes, que colaboraram com dois textos cada entre poemas, contos e crônicas.

O projeto é resultado da iniciativa conjunta do selo independente Elo da Corrente Edições e da produtora Avangi Cultural, em parceria com o professor Vivaldo Santos, que coordenou um grupo de estudantes da Universidade de Georgetown na tradução dos textos.

"Nosso desejo é contribuir com a tradução e difusão da produção literária das periferias de São Paulo para o mundo. O portal foi criado para ser mais um canal de comunicação entre pesquisadores, escritoras e escritores, ampliando a circulação e o acesso a esta autoria, e acreditamos que ele tem potencial para crescer", diz a produtora Amanda Prado, uma das organizadoras do projeto, responsável pela criação do portal.

Os autores que compõe a antologia são Akins Kintê, Alessandro Buzo, Allan da Rosa, Binho, Débora Garcia, Dinha, Elizandra Souza, Fuzzil, Lids Ramos, Marco Pezão, Michel Yakini, Priscila Obaci, Raquel Almeida, Sacolinha, Samanta Biotti, Sonia Bischain, Tula Pilar Ferreira e Walner Danziger.

"A paridade de gênero foi um critério fundamental para esta seleção, pois há uma presença significativa das mulheres no cenário. A escolha dos textos se baseou na 'ginga' entre forma e conteúdo de cada produção, com preferência para obras autorais publicadas", diz o escritor Michel Yakini, que também participou da organização do projeto, na pesquisa e seleção dos textos.

Além das produções literárias, o portal reúne um perfil de cada um dos autores e notícias relacionadas à literatura e ao território. É possível também acompanhar o material pela página do projeto no Facebook.

*****
Com informações do (((RBA

A Rosa Revolucionária

0
"Há 98 anos morria Rosa Luxemburgo, com apenas 48 anos de idade. 

Ela foi sequestrada e assassinada por milícias paramilitares de direita, com a cumplicidade do governo social-democrata de Ebert, no dia 15 de janeiro de 1919. Após o brutal assassinato, os algozes de Rosa jogaram seu cadáver no Canal Landwehrs, em Berlim, onde só foi localizado no dia 31 de maio, em total estado de decomposição. Seu cortejo fúnebre, realizado em junho daquele ano, se transformou numa manifestação política e foi acompanhado de grande multidão, especialmente composta de trabalhadores.


Nos meses seguintes ao seu assassinato (e de outras lideranças revolucionárias importantes, tais como Karl Liebknecht e Leo Jogiches) uma onda de violência se seguiu, culminando numa carnificina que resultou na morte de mais de cinco mil militantes da esquerda comunista, prenúncio do nazifascismo que estava sendo gestado no seio da sociedade alemã do entre guerras, atravessada pelo dilema histórico da revolução/contra revolução. Na véspera de sua morte, Rosa Luxemburgo publicou um texto que pode ser considerado seu testamento político e intelectual, aonde, dentre outras coisas, ela afirma o seguinte: "Dessa contradição, numa fase inicial do desenvolvimento revolucionário, entre o agravamento da tarefa e a falta de condições prévias para a sua solução, resulta que as lutas isoladas da revolução acabem formalmente em derrota. Mas a revolução é a única forma de 'guerra' - esta é também uma de suas peculiares leis vitais - em que a vitória final só pode ser preparada por uma série de 'derrotas'!


O que nos mostra toda a história das revoluções modernas e do socialismo? A primeira labareda da luta de classes na Europa, a rebelião dos tecelões de seda de Lyon em 1831, terminou com uma pesada derrota; o movimento cartista na Inglaterra - com uma derrota. O levante do proletariado parisiense nas jornadas de junho de 1848 acabou numa derrota esmagadora.  A Comuna de Paris terminou com uma derrota terrível. O caminho do socialismo - levando em consideração as lutas revolucionárias - está inteiramente pavimentado de derrotas. E, no entanto, essa mesma história leva irresistivelmente, passo a passo, à vitória final! Onde estaríamos nós hoje sem essas 'derrotas' das quais extraímos experiências históricas, conhecimento, poder, idealismo? (...) 

Contudo, com uma condição! É preciso perguntar em que condições cada derrota se deu: se resultou do fato de que a energia bélica das massas, avançando, se chocou contra a falta de maturidade das condições históricas prévias, ou se a própria ação revolucionária foi paralisada por meias medidas, indecisões, fraquezas internas."

Passados quase um século de sua trágica morte, a obra teórica e o exemplo da revolucionária internacionalista permanece, mais do que nunca, atual. 

Rosa Luxemburgo, a vermelha: presente, sempre!".

*****
Do FASUBRA SINDICAL

Bem-vindos ao Brasil da Togacracia

0
O mundo já conviveu e ainda convive, em diferentes lugares, com Monarquia, Plutocracia, Autocracia, Oligarquia, Aristocracia, Timocracia, Teocracia, Anocracia e a hoje muito questionada Democracia, que tem cada vez menos “demos” (povo) e cada vez mais “kratos” (poder) sob o comando do capital.

Mas agora surge uma nova forma de poder que, por reunir um pouco de todas essas “cias”, sem falar na pressão daquela outra, norte-americana, tornou-se mais poderosa: é a Togacracia, que botou as longas manguinhas de fora principalmente depois do golpe. É fácil reconhecer uma Togacracia. É quando juízes, magistrados e todas as instituições onde se encastelam, comandam, mandam e desmandam, punem e absolvem, por vias tortas, o direito que deveria ser igual para todos.

Na Togacracia é possível permitir que se tire do poder, por exemplo, quem foi eleito(a) pelo voto popular, sob alegações difusas e confusas sobre reles questões contábeis. Segundo os doutos senhores e senhoras do mais alto tribunal togacrático, pau que bate em Chico, Dilma, Lula e PT, não bate em Aécio, Temer, FHC, PMDB e PSDB.

É possível reconhecer um membro da Togacracia por sua cara de paisagem cada vez que a Constituição é atacada e vilipendiada pelos interesses da Plutocracia.

Na Togacracia todos ganham altos salários, tão logo ingressam em qualquer escalão do Judiciário, do Ministério Público, em Procuradorias, Tribunais e outros poderes “que tais”. Os demais cidadãos e cidadãs, de segunda ordem, são obrigados a se conformar, porque sabem o poder de uma Vara, mesmo que seja de primeira instância.

Na Togacracia há casos de juízes dedicadíssimos que avocam para si quase todos os casos de corrupção que, por coincidência, interessam muito às superpotências internacionais. Com suas implacáveis e tortuosas nuances de justiça quebram empresas, desempregam milhões de brasileiros, entregam segredos para empresas e governos estrangeiros, e são fotografados ao lado de corruptos, mas isso “não vem ao caso”. Há até quem pegue carona gratuita em avião da FAB na companhia de um presidente da República que terá brevemente – ou seria longinquamente? – que julgar.

Parcela considerável dos integrantes da Togacracia é amiga e parceira dos principais veículos de comunicação, para quem costuma vazar informações (mesmo quando a lei prevê sigilo) e negociar ações combinadas que expõem acusados à execração pública. Ou seja, na Togacracia, se não der pra prender, o acusado será condenado ao escárnio público mesmo que inocente. Os integrantes da Togacracia seguem à risca aquele ditado: “aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei”.

Mas que fique muito claro, corrupção a Togracracia não admite. Só demite. Na verdade, nem demite, aposenta. 

WIDGETS QUE ABREM COM A BARRA DO FOOTER

Acompanhe o Feed

Fechar

ou receba as novidades em seu email

Digite seu email:

Entregue por FeedBurner

BARRA DO FOOTER

Blog desenvolvido por

Site Desenvolvido por Agência Charme
Bookmark and Share

Traduzir este Blog

Visitas

Assine o Feed

Curtir

Minimizar