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“A Sós”

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Para mostrar a realidade que boa parte não quer ver e incomodar as "consciências" dos que se julgam representantes do Povo brasileiro, o Documentário sobre relacionamentos entre moradores de rua é aula de bom jornalismo em tempos de crise da profissão.

Só um grande jornalista poderia fazer um documentário como este.

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Vinicius Lima é um jornalista recém-formado pela PUC-SP. Há anos ele trabalha no projeto SP invisível, um movimento que conta histórias  de moradores de rua e de pessoas que vivem ou trabalham nas ruas de São Paulo. Veja a página aqui.

A experiência serviu para apurar o olhar do jovem repórter. Ali, onde as pessoas genericamente vêem “mendigos”, “vagabundos”, “vítimas do sistema”, “craqueiros”, “coitados”, dependendo de onde o observador esteja no espectro político, Vinicius encontra histórias de vida, alegrias, tristezas, amores, escolhas, os porquês de estarem onde estão e fazendo o que fazem.

Vinicius vai muito além dos estereótipos porque sabe que eles servem apenas para reforçar as barreiras da invisibilidade e, por que não?, justificar nossa insensibilidade diante da dor e do sofrimento do “Outro” - ele não é um ser como nós, dotado de sentidos como os nossos.

Já foi moda no jornalismo o repórter se fantasiar de morador de rua, de imigrante turco na riquíssima Alemanha, de miserável no Império Americano. Maquiagem, roupas esfarrapadas, sotaque fajuto, tudo para “vivenciar na própria pele” o que o Outro sentiria na condição de marginalizado e excluído.
Caô total. Verdadeiro estelionato.

Primeiro, porque esse método de investigação jornalística cassa a palavra de quem já tem a palavra, quando não a própria existência, negada. Quem fala é o repórter fantasiado.

Mostra Ser: Meu Corpo é Político

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'Meu Corpo É Político' apresenta o dia a dia de pessoas trans que moram na periferia, entre elas Linn da Quebrada.
Linn

Até dia 29 de abril, o Sesc Ipiranga, em São Paulo, sedia a Mostra Ser de cinema, que reúne obras que retratam a importância do amor e do respeito à própria natureza a partir da vida e do cotidiano de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queers e intersexo (LGBTTQI). Durante todo o mês de abril, a área de convivência, o teatro e o Espaço de Tecnologia e Artes da unidade recebem curtas, médias e longas-metragens que refletem sobre diversidade, amor e afeto.

De terça a sábado, das 10h às 21h30, e aos domingos, das 10h às 18h, a sala de convivência se transforma em uma grande sala de estar para a sessão de curtas. Entre os filmes estão Eu Não Quero Voltar Sozinho, de Daniel Ribeiro, sobre Leonardo, um adolescente com deficiência visual que vive a inocência da descoberta do amor e da homossexualidade; Não Gosto de Meninos, de André Matarazzo e Gustavo Ferri, que traz brasileiros gays, bis e trans contando suas experiências, escolhas, dilemas, desejos, fases e soluções na intenção de mostrar que todos podem ser felizes.

Em A Arte de Andar Pelas Ruas de Brasília, a diretora Rafaela Camelo também aborda as descobertas da adolescência a partir da relação de Ana e Leila, que transitam pelos blocos das superquadras de Brasília. Diego Carvalho também exibe seu curta Antes das Palavras, uma narrativa fragmentada da crescente atração entre Célio e Dário, e os diretores Ricardo Puppe e Theo Borges apresentam o curta documental Nosso Amor Existe, com histórias de casais homoafetivos.

A Serpente e o Supremo

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No final da primeira década deste século, a mais alta Corte brasileira julgou a Ação Penal 470, conhecida como mensalão.

A mídia espetacularizou o julgamento, transmitindo as sessões do Supremo Tribunal Federal ao vivo. Não se queria combater a corrupção. O que se queria era apenas destruir um partido.

Uma nota sobre a sociedade brasileira: ao contrário de outras elites pelo mundo, a nossa sempre foi predatória. E inculta. Verdadeira lumpemburguesia que sonha em viver em Miami.

Ali naquele julgamento brotou o ovo da serpente, das decisões autoritárias e o espectro do fascismo passou a rondar o país.

Em 2016 a democracia foi golpeada de morte. Dilma Rousseff foi afastada do poder sem que tivesse cometido crime de responsabilidade. A direita passou a ficar desavergonhada.

No início deste ano a Intervenção Federal. Restava claro o tamanho do monstro.

Agora, em um julgamento em que a simples discussão da tese posta já beira para a esquizofrenia, o Supremo Tribunal Federal nega o óbvio. Nega o mandamento constitucional. A constituição é claríssima: ninguém poderá ser considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

Os 6 ministros punitivistas precisaram fazer ballet para negar a própria Constituição que juraram respeitar.

Pior foi o voto anacrônico da ministra Rosa Weber. Disse que a prisão em segunda instância é inconstitucional e que julgará como tal quando do julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), mas não agora, uma vez que tratava-se de habeas corpus.


E assim vai o sistema de justiça judicial brasileiro se fascistizando.

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por Wallace Martins, no Debate Progressista

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