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Nós não soubemos acabar

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Pôr fim a uma relação amorosa é uma arte tão desafiadora quanto tocar com graça uma flauta. 

A covardia nos detém muitas vezes. 

Outras vezes, o desfecho é adiado por uma última, ou penúltima, ou antepenúltima, lufada de esperança. E há ocasiões em que nossa ação é impedida apenas por uma inércia para a qual não encontramos e nem buscamos explicação. Sei lá. Talvez nas escolas devesse haver uma disciplina que nos ensinasse a terminar uma história de amor. 

Nos ensinam álgebra e geografias remotas nas escolas, mas não nos ensinam coisas básicas da vida, como identificar o final de um caso e agir.

Nós não soubemos acabar.

O fim em geral é claro, apenas a gente finge que não vê. Onde havia antes compreensão e tolerância, ergue-se a impaciência. 

Onde havia antes generosidade, ergue-se um rigor por vezes cruel. 

Onde havia antes ternura, ergue-se uma crescente grosseria. Onde havia antes disposição para dividir, ergue-se o egoísmo. O que foi amor virou desamor. Os fatos gritam. Mas as pessoas fingem não ouvi-los. Fingem muitas vezes demasiadamente além do aceitável. 

E então sofrem bem mais do que o necessário.

Nós não soubemos acabar.

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Fabio Hernandez, é cubano e em sua autodefinição, um "escritor barato".

As pedaladas dos vermelhinhos

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Comunistas.

A ciclovia de Haddad versus a marginal de Serra: 80% mais lenta após 5 anos

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A partidarização e a irracionalidade da discussão sobre as ciclovias de São Paulo desaguaram, na semana passada, num pedido da promotora Camila Mansour Magalhães da Silveira para que elas fossem interrompidas. A intenção de Fernando Haddad é chegar aos 400 quilômetros prometidos em campanha. Até agora são cerca de 260.

O juiz Fernando Rodrigues Guerra, da 5ª Vara da Fazenda Pública, manteve a construção da ciclovia da Paulista. Guerra argumentou que o município não enviara os estudos solicitados em setembro do ano passado.

Na sexta-feira, 27, dia em que ciclistas fizeram um protesto, o presidente do TJ-SP, José Roberto Nalini, derrubou a liminar. Vitória dos cicloativistas. “Não se pode equiparar a alegação de estudo deficiente, como quer o Ministério Público, à ausência completa de prévia avaliação do impacto”, afirmou Nalini. A decisão poderia causar risco “à economia, à ordem, à saúde e à segurança dos paulistanos”.

Camila Mansour alegara que faltava estudo prévio de “impacto viário”. Há trechos que podem e devem ser melhorados, sem dúvida, mas é raro uma decisão dessa natureza ser tomada em relação a qualquer coisa feita para carros.

Se o MP tivesse esse zelo com viadutos, pontes etc talvez São Paulo andasse. Tome-se o exemplo da Marginal Tietê, que completou agora cinco anos de sua gloriosa e caríssima expansão. Segundo a CET, desde 2010 a lentidão média em dias úteis aumentou em 80%.

A “Nova Marginal”, de acordo com o Estadão, começou a ser entregue em março daquele ano por José Serra, que declarou o seguinte: “Pode anotar. Não vai ter mais engarrafamento aqui”. Anotou? Pois é.
A tese defendida pelos eleitores conservadores de que o programa Bolsa Família estimularia o nascimento de filhos entre os mais pobres, em busca de recursos do governo, acaba de cair por terra. Levantamento realizado pelo IBGE revela que foi exatamente junto aos 20% mais pobres do país que se registrou a maior redução no número médio de nascimentos.

De onde vem essa informação? Não vem de lugar nenhum porque não é informação, é puro preconceito”.

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Nos últimos dez anos, o número de filhos por família no Brasil caiu 10,7%. Entre os 20% mais pobres, a queda registrada no mesmo período foi 15,7%. A maior redução foi identificada entre os 20% mais pobres que vivem na Região Nordeste: 26,4%.

Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e têm como base as edições de 2003 a 2013 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra que, em 2003, a média de filhos por família no Brasil era 1,78. Em 2013, o número passou para 1,59. Entre os 20% mais pobres, as médias registradas foram 2,55 e 2,15, respectivamente. Entre os 20% mais pobres do Nordeste, os números passaram de 2,73 para 2,01.

Para a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, os dados derrubam a tese de que a política proposta pelo Programa Bolsa Família estimula as famílias mais pobres do país a aumentar o número de filhos para receber mais benefícios.

“Mesmo a redução no número de filhos por família sendo um fenômeno bastante consolidado no Brasil, as pessoas continuam falando que o número de filhos dos pobres é muito grande. De onde vem essa informação? Não vem de lugar nenhum porque não é informação, é puro preconceito”, disse.

O dia em que o Estados Unidos foram invadidos

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Pelo México.

Na madrugada do dia 9 de março de 1916, Pancho Villa atravessou  a fronteira, incendiou a cidade de Columbus, matou alguns soldados, levou embora alguns cavalos e algumas munições, e no dia seguinte voltou para o México, para contar sua façanha.

Essa fugaz incursão dos ginetes de Pancho Villa foi sua única invasão que os Estados Unidos sofreram em toda a sua história.

Por sua vez, o país invadiu e continua invadindo quase o mundo inteiro.

Desde 1947, seu Ministério da Guerra se chama Ministério de Defesa, e seu orçamento de Guerra se chama orçamento de Defesa.

O nome é um enigma ainda mais indecifrável que o mistério da Santíssima Trindade.

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Los Hijos de los Días.

A Casa das Rosas

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Em São Paulo, abre série de saraus com temática feminista.

São Paulo – O Coletivo PI promove neste sábado (28) a primeira edição do Sarau do PI: Literatura Feminina Contemporânea na Casa das Rosas, em São Paulo. O evento deve reunir as escritoras Lilian Aquino e Elisa Andrade Buzzo, além de Paula Castiglioni, que vai interpretar composições próprias e músicas de grandes compositoras brasileiras, como Chiquinha Gonzaga, Carolina Maria de Jesus e Dolores Duran.

O objetivo dos saraus é debater sobre questões ligadas à construção de gênero e dar visibilidade à produção de mulheres no campo das artes e da literatura. “Sabe-se que atualmente há uma abertura e estudos contínuos sobre a produção literária feita por mulheres. Mas durante séculos o papel da mulher no campo literário e artístico brasileiro foi ignorado. As mulheres não podiam assinar suas obras, composições. Quantas canções foram nos nomes de maridos e amigos de compositoras. Queremos com essa iniciativa dar mais visibilidades às produções de novas artistas e escritoras”, afirma Pâmella Cruz, diretora do coletivo e idealizadora do projeto.

Hoje, também será exibido o documentário Entre Saltos, sobre um desfile público em que mulheres vestidas de vermelho levam um sapato de salto alto no pé e outro na mão. O filme feito pelo próprio Coletivo PI discute questões do feminino na sociedade e na arte.

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