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Os Arcos do exorcismo

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Na noite deste dia de hoje, no ano de 1.950, véspera da final da Copa do Mundo, Moacir Barbosa dormiu embalado pelos anjos.

Era o homem mais amado do Brasil inteiro.

Mas, no dia seguinte, o melhor goleiro do mundo passou a ser um traidor da pátria:

- Barbosa não tinha sido capaz de agarrar o gol uruguaio que arrebatou do Brasil a taça do mundo.

Treze anos depois, quando o estádio do Maracanã renovou seus arcos, Barbosa levou com ele três pedaços de madeira onde aquele gol o havia humilhado.

E partiu a madeira a machadadas, e queimou tudo até tudo virar cinza.

Porém, o exorcismo não o salvou da maldição, que se prolonga até os dias atuais.

E nem os 7 a 0 da Alemanha sobre o Brasil, em 2014, o salvará.

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Os Filhos dos Dias

Os sóis que a noite esconde

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No mês de julho do ano de 1.909, nasceu Vitalino Pereira dos Santos, no Nordeste do Brasil.

E a terra seca, onde nada crescia, foi terra molhada, para que brotassem seus filhos de barro.

No começa foram brinquedos, que suas mãos modelaram para que acompanhassem a sua infância.

E o passo do tempo transformou os brinquedos em pequenas esculturas, tigres e caçadores, lavradores com suas enxadas escavando a terra dura, os guerreiros do deserto alçando fuzis, as caravanas dos retirantes expulsos pela seca, os violeiros, as bailadoras, os namorados, as procissões, os santos...

E assim os dedos mágicos de Vitalino contaram a tragédia e a festa da sua gente.

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Os Filhos dos Dias

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“Chupa Folha”

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Repórter que pediu demissão de jornal deixa recado cifrado em último texto: 

“Chupa Folha”

O repórter Pedro Ivo Tomé descobriu uma maneira de trolar o jornal após pedir demissão. Em seu último texto, na seção de obituários, fez com que a inicial de cada parágrafo resultasse na frase “Chupa Folha”:

Chamadas aos fins de semana não tiravam a assistente social Therezinha Ferraz Salles do sério: segundo a família, cuidar dos funcionários da Caixa Econômica Federal, onde trabalhou a vida toda, era sua vocação.

Habituou-se também às ligações noturnas, para ajudar quem tinha ficado doente e precisava de cuidado, fazendo a ponte com o banco.

Uma infância tranquila era a memória que tinha de Amparo, a 133 km da capital, onde a paulistana foi criada por causa da função do pai, Octávio, promotor de Justiça.

Pianista, formou-se no antigo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, hoje Escola Municipal de Música de São Paulo, no centro, durante a adolescência, quando a família retornou à cidade.

Assim como as duas irmãs mais novas, formou-se professora em uma escola normal, mas deu poucas aulas.

Se faltar dinheiro, não economize na criatividade

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Esta história eu adoro contar...

Ela começou a trabalhar com 12 anos. Aos 14, foi admitida em uma fábrica de massas de nome Paty, localizada (não sei se ainda existe) no bairro de Bonsucesso, no Rio de Janeiro. E estudava no Seminário Betel, que ficava no bairro do Rocha (não se ainda fica).

À época existiam oficialmente dois salários mínimos no Brasil. Um para os adultos, outro para os menores de idade, hoje chamados de “di menor”. Se o salário dos maiores já era pouco, imagine o do menor...

Ela, que morava no Complexo da Maré, vivia um drama: como comprar roupa para ir todos os dias à escola e ao trabalho, se o dinheiro mal dava para comprar o pão, pagar o aluguel e a passagem?

Se faltava dinheiro... Tinha que sobrar imaginação...

Um dia ao acordar, resolveu que poria um fim no sofrimento. Não de imediato. Mas, em médio prazo...

No sábado seguinte, quando saiu do trabalho foi até Madureira - bairro que abriga as Escolas de Samba Portela e o Império Serrano. Comprou quatro pedaços de tecidos: dois para as duas saias, dois para as duas blusas, que seriam dali por diante o seu uniforme diário. As saias eram azul marinho e as blusas azul bebê. O tecido, um daqueles que não necessitam passar.

Sentiu-se orgulhosa. Enfim... um problema resolvido...

Quando no trabalho alguém lhe perguntava por que ela vestia a mesma roupa todos os dias, respondia:

- É o uniforme da escola.

E quando a pergunta vinha dos colegas da escola, respondia:

- É o uniforme do trabalho.

E ficava feliz com a sua capacidade inventiva...

Simples assim.

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Ah! E quem é ela?

Reposta: Eu.

O crime do jesuíta, Francisco e o dia do cinema boliviano

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Quem é o jesuíta que o papa homenageou na Bolívia.

Era quase meia-noite quando ele foi sequestrado em La Paz. Luis Espinal Camps voltava a pé do cinema e faltava uma quadra para chegar em casa, quando lhe mandaram subir num jipe.

O padre jesuíta aguentou horas de tortura entre pontapés, socos e queimaduras antes de ser morto com mais de 12 tiros num matadouro de gado, conforme registrado na polícia e em relatos na mídia da época.

Quis a história atribulada da América Latina que Espinal e o salvadorenho Dom Oscar Arnulfo Romero fossem mortos com uma diferença de dois dias: o primeiro dia 22 e o segundo em 24 de março de 1980.

“A morte os irmanou”, disse à BBC Xavier Albó, padre jesuíta espanhol e amigo de Espinal. “Quando voltávamos do cemitério, soubemos que a mais de 4 mil quilômetros de distância (em El Salvador) tinham assassinado Oscar Arnulfo Romero. As causas são as mesmas”.

Na quarta-feira, um outro jesuíta, o Papa Francisco, na Bolívia honrou este religioso que chegou de Barcelona no início dos anos 70 para trabalhar em cinema, jornalismo e, no processo, expôs os abusos por parte dos governos militares que se alternavam no poder nesses anos.

E enquanto Romero foi recentemente beatificado, seguidores de Espinal e o Papa usarão a parada em frente às colinas onde seu corpo foi encontrado para ativar o processo que permite que o jesuíta seja reconhecido como um mártir da igreja.

Paralelo com Romero

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