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Precisamos falar sobre o rombo da Previdência

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Aposentado aos 55 anos, Temer recebe R$30 mil de aposentadoria e quer idade mínima de 65.

A reforma na Previdência que o governo interino de Michel Temer vai propor inclui uma redução na diferença de idade e tempo de contribuição para a aposentadoria de homens e mulheres. O governo pretende negociar para que a idade mínima chegue aos 65 anos. Atualmente, mulheres se aposentam com 30 anos de contribuição, e os homens, com 35.

(Beth Muniz)

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Desculpem o transtorno, mas precisamos conhecer os nossos números se realmente quisermos falar sobre o alegado déficit da Previdência.

Embora ninguém explique a mágica pela qual a generalização de contratos precários de trabalho – terceirização - geraria novos postos de emprego, ao invés de simplesmente transformar os empregos minimamente dignos existentes em contratos de baixa qualidade, sem proteção, como parece ser o caminho natural de acomodação dos mercados, dedicaremos esse espaço à questão das consequências previdenciárias da terceirização. 

De repente, o Brasil parou. Só se fala em crise. As manchetes dos jornais foram tomadas por gurus como o Professor José Pastoreconhecido defensor da redução do sistema de proteção ao trabalhador – que afirmam que a superação da crise exige reformas. Ainda que não se tenha clareza do conteúdo das reformas pretendidas, segundo o discurso dominante, parece não haver espaço para dúvidas de que há um rombo na Previdência – pela qual deveriam pagar os beneficiários - e de que a legislação trabalhista – com direitos “excessivos” - seria um empecilho ao desenvolvimento.

A terceirização contribui decisivamente para o rombo da Previdência e das contas públicas. Claro que uma afirmação dessas carece de explicações, pois desafia o discurso hegemônico.

Levantamento nos dados de Comunicações de Acidentes de Trabalho – CAT, do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), indicam que entre os anos de 2011 e 2013 o Brasil teve mais de 600 mortes de vítimas de acidentes de trabalho, apenas com máquinas e equipamentos. No mesmo período, máquinas e equipamentos produziram 221.843 acidentes. Foram comunicados 41.993 fraturas (270 por semana) e 13.724 amputações (12 por dia).

Diálogo no coração do sistema

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Jacques e a Revolução

“Jacques e a Revolução”, breve em cartaz no Rio, debate, em tempos de democracia golpeada pelas elites, a dialética da relação entre empresário e empregado

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Escrita num momento diverso, porém igualmente perturbador, ao final dos anos 1980, no início do processo de democratização do país, à época da queda do muro de Berlim, “Jacques e a Revolução” ou “Como o criado aprendeu as lições de Diderot”, de Ronaldo Lima Lins, dialoga intensamente com os tempos que correm, como se estivéssemos diante de uma espécie de expressão premonitória das sucessivas crises hegemônicas e representativas dos poderes. Para examinar um conjunto de ideias delineadas pelo iluminista francês, a peça reinaugura questões antigas na dinâmica dos últimos séculos de modernidade. Não há lugar geográfico específico. O mundo está em foco. Tudo se passa através do diálogo entre dois personagens: O patrão, um empresário e seu empregado, Jacques.


A conversa entre os dois personagens centrais – Jacques e o Empresário – é amigável e informal, porém, às vezes resvala para conflituosa – colocando-os em confrontos bem humorados. O “tema da viagem”, conforme aparece em Diderot, aqui se concentra num único eixo, no coração de um império econômico, metáfora do próprio sistema. Não se trata, no entanto, de uma situação onde tudo parece indiferenciado. Um comentário descuidado, no conjunto das situações, aponta para algo profundo, como se as ações humanas permanecessem além da nossa compreensão. Constrói-se então uma reflexão que, sem tirar o sabor do riso, atribui ao mesmo um caráter sério, como se nos movêssemos sobre armadilhas.

“Somos colocados diante de uma dialética envolvendo dominador e dominado, como se fosse um destino, no qual há trânsito e alternância de posições. Quem estava por baixo vê-se por cima e vice-versa”, reflete Ronaldo Lima Lins, autor da peça.

Vamos barrar essa reforma do ensino médio: vote na enquete do Senado!

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O portal do Senado Federal abriu uma enquete sobre a Medida Provisória (MPV) do golpista Michel Temer que reformula o ensino médio sem nenhum debate com as entidades da educação e os educadores.

https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=126992
Sobre a enquete
A enquete consulta os internautas acerca da MPV 746/2016, de autoria da Presidência da República e do Ministério da Educação (MEC), que visa alterar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9.394/1996) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - Fundeb (11.494/2007).

Para votar, o usuário precisa se identificar com um login, que pode ser feito a partir de um endereço de e-mail ou de contas do Facebook e/ou do Google.

Mas, apesar da necessidade de cadastro prévio, a votação é rápida e bem fácil de ser feita: não deixe de votar e registrar o seu "não" à essa reforma arbitrária!

Tramitação
N momento, a MPV encontra-se na secretaria legislativa do Congresso Nacional, aguardando a designação dos membros da comissão que irá avaliá-la. Vamos evitar que prospere e colocá-la na lata de lixo da história.

Resultado de momento: 
- A favor: 2.076 
- Contra: 44.954

Participe!
Informações mais detalhadas no site do SINASEFE, aqui.

Brasil de Fato: São Paulo recebe Bienal de Cinema Indígena

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São 57 produções realizadas exclusivamente por indígenas; apresentações ocorrem no CCSP e em CEUs

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A partir do dia 7 de outubro acontece a segunda edição da Bienal de Cinema Indígena São Paulo. São mais de 57 produções cinematográficas feitas por indígenas, que relatam temas como protesto, retomadas de terras tradicionais e a vida dos indígenas no Brasil.

Outras produções como programas televisivos e animações fazem parte da coleção. São dezenas de coletivos e realizadores que pertencem a alguns dos 305 povos originários no Brasil.


As exibições ocorrem no Centro de Cultura de São Paulo (CCSP) e, a partir do dia 10, nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) espalhados pela capital. Estão confirmadas sessões nas unidades Alto Alegre, Aricanduva, Butantã, Casa Blanca, Inácio Monteiro, Parque Anhanguera, Parque Bristol, Pera Marmelo e Vila Atlântica.

Na abertura do evento, no dia 7 às 16h, acontecerá uma apresentação de um coral de crianças guarani e uma roda de conversa com a participação de Ailton Krenakm, idealizador da Aldeia SP e sessões de exibição do filme convidado O Abraço da Serpente (2015), de Ciro Guerra.

O ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, o documentarista Vincent Carelli e o ambientalista João Augusto Fortes às 20h, também estarão presentes. 

A afirmação da coletividade é urgente para os produtores indígenas que acreditam mais na cooperação do que na competição. Por esta razão, aliás, coletivos dos Guarani Kaiowá não participam de festivais de cinema tradicionais. Outro ponto importante, é a presença de produções femininas, com protagonismo na direção e elenco dos 11 filmes produzidos por mulheres.  

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O que: Bienal de Cinema Indígena

Quando: de 7 a 12 de outubro

Onde: Centro de Cultura de São Paulo (CCSP - rua Vergueiro, 1.000) e Centro Educacionais Unificados (CEUs)

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Com informações do site Outras Palavras e o Brasil de Fato.

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