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Honrados, dignos e virtuosos

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Cadê eles? Estão no governo? No Congresso? No Judiciário? Nas redações de jornais e revistas? Nas emissoras de rádio e TV? Nas igrejas?

Nesses lugares todos tem gente posando como se tivessem essas qualidades e exigindo-as dos outros.

Na política, uma mesma coisa pode ser considerada “qualidade” e elogiada como virtude, se seu detentor for do seu partido, ou excomungada como grande defeito se for seu adversário. Por exemplo: se o cara é do tipo exigente e centralizador, para seus seguidores é um bom político, de pulso firme; para seus adversários, é autoritário, ditador. Se o político ouve outras pessoas antes de tomar uma decisão, é um democrata, segundo seus seguidores, ou um frouxo vacilante, segundo os opositores.

Nas tais “mídias sociais” isso é cotidiano. Manipulam, vociferam defendendo honra, dignidade e virtudes que os próprios vociferadores não têm. E fechando os olhos para os desmandos de seus partidários…

Um bom exemplo desses “virtuosos” está numa historinha contada pelo Barão de Itararé:

O Dr. Lins estava danado da vida porque lhe haviam passado uma nota falsa de dois cruzeiros.

-  Não se pode mais ter confiança em ninguém! — dizia ele. - Foi o trocador do ônibus que me deu a nota. Que ladrão!

- Quer me mostrar a pelega? — pergunta um amigo.

- Já não a tenho mais. Passei-a adiante.

Lembro-me de um sujeito que periodicamente aparecia na minha terra e pedia comida, cada dia numa casa. Era o Barbino, com um conceito muito especial que até hoje não entendi. Ele só aceitava comida se tivesse carne. Se não tivesse, devolvia o prato, falando bravo: 

- “Cumê sem carne, Deus num põe virtude”. Quem puder, que me explique.

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Mouzar Benedito é jornalista barbeiro. Trabalhou em vários jornais alternativos (Versus, Pasquim, Em Tempo, Movimento, Jornal dos Bairros – MG, Brasil Mulher). É autor de muitos livros, dentre os quais, publicados pela Boitempo, Ousar Lutar(2000), em co-autoria com José Roberto Rezende, Pequena enciclopédia sanitária (1996) e Meneghetti – O gato dos telhados (2010, Coleção Pauliceia). Colabora com o Blog da Boitempo quinzenalmente, às terças. 

Que Brasil nós Queremos?

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Artistas denunciam PEC 241.

Vários artistas denunciam a PEC do fim do mundo. 

A iniciativa faz parte de uma campanha da CUT para alertar a sociedade dos possíveis retrocessos que o projeto traz, caso seja aprovado no Congresso Nacional.

#ForaGolpistas #PEC241Não #PECdaMaldade #PECdoFimdoMundo


Saiba quem e quais partidos votaram contra o futuro das crianças, jovens e aposentados. Contra os mais frágeis e necessitados. Amanhã, você ou alguém de dentro da sua família poderá estar nesta situação.

Para eles, o futuro é Não Ter Futuro!

Veja aqui.

“Era o Hotel Cambridge”

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Emocionante e imperdível programa para quem quer entender as desigualdades sociais a que estamos submetidos e a força de quem luta por direitos, com um dos movimentos sociais mais importantes e atuantes da capital paulista.

O Longa retrata o cotidiano de trabalhadores brasileiros e refugiados que vivem numa das maiores ocupações do País.


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No começo deste ano, a Prefeitura de São Paulo identificou 1.320 imóveis sem função social na capital, ou seja, que não cumprem com interesses da cidade e da sociedade. São cerca de 2 milhões de m2 de casas e edifícios ociosos que não pagam impostos, estão vazios e abandonados. Esses são os estabelecimentos escolhidos pelos movimentos de trabalhadores sem teto para ocupar e transformar em moradia.

Foi o que ocorreu com o Hotel Cambridge, na Avenida 9 de Julho, uma das mais importantes vias de São Paulo, em novembro de 2012. Abandonado, com focos de dengue e acúmulo de lixo, a Frente de Luta por Moradia (FLM) ocupou o hotel, que abriga hoje 170 famílias. Gerido pelo Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC), o imóvel foi recuperado e é lar para trabalhadores brasileiros e refugiados, revelando uma rara mistura de idiomas, costumes, culturas e comidas nos corredores do prédio.

Para retratar o cotidiano dos moradores, a cineasta Eliane Caffé frequentou a ocupação ao longo de dois anos. Criou uma história de ficção (muito real) que narra a trajetória dos refugiados recém-chegados a São Paulo, que não cabem nos abrigos oferecidos pelo Estado, e seu convívio com brasileiros dos movimentos de sem teto. “Somos todos refugiados. Refugiados da falta de nossos direitos”, afirma Carmen Silva Ferreira, dirigente da FLM, que comanda o MSTC e, com dedicação, força e delicadeza, organiza a convivência no Cambridge e outros edifícios do centro da capital paulista.

O perturbador do sono de Deus

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A última viagem de Colombo.

Em 1992, a República Dominicana terminou de erguer o farol mais descomunal do mundo, tão alto que suas luzes perturbavam o sono de Deus.

O farol foi erguido em homenagem a Cristóvão Colombo, o almirante que inaugurou o turismo europeu no mar do Caribe.

As vésperas da cerimônia, as cinzas de Colombo foram levadas da catedral de São Domingos até o mausoléu construído ao pé do farol.

Enquanto acontecia a mudança das cinzas, faleceu de morte súbita Emma Balaguer, que havia dirigido as obras, e despencou o palco onde o papa de Roma daria a bênção.

Alguns malpensantes confirmaram, assim, que Colombo dá azar...

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Eduardo Galeano,

Os Filhos dos Dias.

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