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Mostrando postagens com marcador Pessoal - Meus Poemas. Mostrar todas as postagens
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Uma parte de mim é todo mundo. Outra parte é ninguém

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Fundo sem fundo.

Uma parte de mim é multidão 
Outra parte estranheza e solidão 
Uma parte de mim, pesa

Pondera 
Outra parte, delira

Uma parte de mim almoça e janta 
Outra parte se espanta 

Uma parte de mim é permanente 
Outra parte se sabe de repente 
Uma parte de mim é só vertigem 

Outra parte, linguagem 

Traduzir uma parte noutra parte 
Que é uma questão de vida ou morte 

Será arte? 
Será arte?



Os 85 anos de Ferreira Gullar

Hoje é o aniversário de...

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Cora Coralina.


“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir”. 




A tua saudade corta feito aço de navaia...

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O coração fica aflito
bate uma a outra faia,

Os oio se enche d'dágua,
que até a vista se atrapaia...

Vou pegar o teu retrato
vou botar numa medáia,

Vou pindurar no meu peito,
que é onde o coração trabaia...

*****
Para a minha mãe,
Aonde quer que esteja.

Te amo Mãe.



Se a porta for arrombada

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Entre sem pedir licença.

Eles chegaram por volta das cinco horas da manhã na comunidade Parque União - que hoje faz parte do Complexo da Maré. Elas dormiam. Acordaram assustadas ao ouvir dois chutes fortes na frágil porta, que derrubada, foi ao chão.

Dois homens com uniforme verde oliva e metralharas nas mãos arrebatou a mulher mais velha e a colocou em um Jeep - também de cor verde. Por tentar proteger a mãe, tomou um safanão e ficou tão atordoada que até hoje não faz ideia de como consegui se levantar. Era uma criança, não passava dos doze anos.

Dois meses se passaram e nada da mãe aparecer... Estava órfã de mãe viva.

Ela sabia, porque a sua mãe a avisara que a qualquer momento aquilo poderia acontecer. Afinal, o país estava mergulhado em uma Ditadura Militar patrocinada pelo Continente Americano do Norte, que varria todo o Continente Americano do Sul, e ela era suspeita de ser comunista. Se de fato acontecesse, dissera a mãe: vá procurar um oficial fulano na Farmácia do Exército (onde a mãe trabalhava), na Praia Vermelha/Urca. O oficial ela conhecia e sabia em que local da farmácia ele ficava. O que ela não esperava ao chegar ao local era que o tal oficial também havia sido levado, nas mesmas circunstâncias.

- E agora? O que fazer...

Fez o caminho de volta a casa tentando encontrar uma resposta. E de tanto tentar, lembrou-se que por várias vezes a mãe a levara ao Comando Militar do Leste, em frente ao Campo de Santana, ao lado da Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Na ocasião não entendia muito bem porque estiveram ali. Sábia, a mãe, não entrava muito em detalhes. Apenas uma vez lhe dissera: “se um dia eu desaparecer, e se você não conseguir me encontrar no trabalho, venha até aqui e procure pelo general fulano de tal...”. Foi o que fez no dia seguinte. Saiu bem cedo. Precisa chegar ao centro da cidade antes das nove. A mãe comentava que os oficiais de alta patente costumavam chegar às dez.

As Travessias de Brant, na música e na vida

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"A lembrança que eu tenho do Fernando é a lembrança de toda a minha vida".
(Milton Nascimento).

*****

O músico e compositor Fernando Brant, um dos principais nomes do chamado Clube da Esquina, morreu na noite do dia 12, em Belo Horizonte, aos 68 anos de idade, por complicações após uma cirurgia no fígado. 

Em parceria com Milton Nascimento, Brant assina uma das canções mais conhecidas da música brasileira, Travessia, lançada em 1967, que eu escolhi para ser título deste blogue. 

Ele também é responsável por outros clássicos, como Canção da América, Nos Bailes da Vida e Maria, Maria.

Sobre Brant, Milton Nascimento falou: "Ele fez parte da coisa maior da minha vida, que é amizade.  A gente compartilhava o que aparecia nas nossas vidas”. "A lembrança que eu tenho do Fernando é a lembrança de toda a minha vida."

Lô Borges, outro parceiro, escreveu em seu perfil em uma rede social: "Fernando Brant, um dos intelectuais mais brilhantes e fundamentais do Brasil, partiu em seu voo pássaro. Amigo, parceiro, grande e inspirado letrista, escritor e jornalista, Fernando escreveu pérolas que ficarão gravadas no inconsciente coletivo por toda eternidade. Saudades".

A presidenta Dilma Rousseff divulgou nota afirmando que o país perdeu um dos seus grandes talentos e um dos mais extraordinários letristas.  "Quero deixar meus sentimentos aos familiares, amigos e fãs da música e da poesia de Fernando Brant, lembrando um dos seus mais conhecidos versos: 

‘Com a roupa encharcada e a alma/ Repleta de chão/ Todo artista tem de ir aonde o povo está’. Fernando cantou a nossa geração, o nosso povo e os nossos sonhos, declarou.

Mãe, Ressuscita-me!

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Dona Neide, minha linda mãe
Mãe, que a partir de hoje, a família se transforme.

Para a minha mãe, Dona Neide.
Para todas as mães.
Especialmente para a maioria das mães negras, que foram libertadas do cativeiro, mas não não da escravidão e da violência.

Feliz Dia das Mães!

*****


O Amor
Talvez quem sabe um dia
Por uma alameda do zoológico
Ela também chegará
Ela que também amava os animais
Entrará sorridente assim como está
Na foto sobre a mesa
Ela é tão bonita
Ela é tão bonita que na certa
Eles a ressuscitarão
O Século Trinta vencerá
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias
Agora vamos alcançar
Tudo o que não podemos amar na vida
Com o estrelar das noites inumeráveis
Ressuscita-me

Em tempos de calor e seca...

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Traga-me hum copo d'água, tenho sede 
E essa sede pode me matar...

Minha garganta pede um pouco d'água,
E os meus olhos pedem teu olhar 

A planta pede chuva quando quer brotar,
O Céu logo escurece quando vai chover...

Meu coração só pede teu amor,
Se não me deres, posso ate morrer...

Tapumes...

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Escritos e trabalho.

“Triste seria o dia de hoje, se não houvesse a certeza do trabalho, amanhã”.

Frase escrita em um tapume de canteiro de obras, em Brasília.

*****
Obs: Passo pela construção todos os dias, na ida ou na volta do trabalho.

A filosofia hoje me auxilia a viver indiferente assim...

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Filosofia

O mundo me condena
E ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber
Se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome


Mas a filosofia hoje me auxilia 
A viver indiferente assim
Nessa prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim

Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba
Muito embora vagabundo

Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente
Sendo escrava dessa gente
Que cultiva a hipocrisia
(Noel Rosa)

O Pessoa, as pessoas e a Travessia

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Interessante esta pequena constatação do poeta.

Quem me mandou foi uma amiga, leitora e seguidora do Travessia.
Obrigada Atena Vieira.

Bom final de semana para todos (as).
Ah, não se esqueçam de curtir fazer a travesssia.
Um abraço.

Tudo no mundo é frágil, tudo passa…

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Fanatismo
Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Uma escritora de gana, e uma Fresta por onde olhar...

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"Impregnado de uma aura suína, que os analfabetos funcionais chamariam de “espírito de porco”, sempre me borrei de medo de poetas. E fujo deles como o diabo da cruz. Fosse este escriba um poeta, jamais declamaria um verso-clichê envolvendo diabos e cruzes. Mas passemos ao próximo parágrafo, para me livrar um pouco da pecha de medroso.

Na percepção imbecilizada dos não-leitores de poesia, o poeta não passa de um bicho amorfo e lamentoso. Escondido e suspirante no seu cantinho abandonado da casa: o quarto de despejo transformado em escritório. O incapacitado a aceitar as segundas intenções de um praticante da poesia não passa de um ingênuo. Na sua ignorância presunçosa, pensa que é superior ao senhor das torres de marfim, ao rei das metáforas do ser e do estar.

Metades por inteiro

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Metade

Reservei o espaço
Separei em partes iguais
de forma a acomodar
Teu corpo cansado

Revesti de cheiro fresco
e com as cores do amor
Talvez nem percebas
-não tem importância

Só então,
Te recebi à porta
Te dei meu sorriso, e colhi o teu
E te acolhi em minha cama
Mas não pela Metade

Beth Muniz

Bom domingo!

Em algum lugar do passado, apenas...

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Pedaços

É ter sem querer
E um querer sem ter

Um claro na noite
E um cinza no claro



Uma distância curta
E uma longa distância

São retas
Curvas
Paralelas

Caminhos pela metade
Na metade do ser

São equações
Inteiros
Frações

São apenas
Pedaços de mim
A procura dos teus
Bom final de semana!
Beth Muniz

Por um Natal, Justo e Amoroso!

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Então, Feliz Natal!
Para todos (as),
Que amam as crianças, os animais, as plantas, a natureza e os idosos;
Aos que respeitam à mulher como um ser imprescindível na harmonia e no amor - e não como um objeto meramente sexual;

Para quem se despe dos preconceitos, de qualquer natureza;
Aos ateus, judeus, mulçumanos, hinduístas, evangélicos, budistas, católicos, espíritas e umbandistas;

Para os que crêem e ajudam a construir um mundo melhor;
Aos que conseguem ver a luz do dia mesmo em meio à escuridão;
Para quem sonha e busca a realização dos sonhos, por “menores” que sejam;

Para quem combate à pobreza, e acredita ser ajusta a divisão das riquezas;
Aos que amam as artes – poesia, teatro, cinema, música, livros;
E para os que defendem a liberdade como um valor imprescindível à condição humana e abomina qualquer forma de tortura, repressão e opressão;

Para quem acredita que a verdadeira essência do Natal está no nascimento do menino Jesus, e não no consumismo desenfreado;
Aos que presenteiam os seus o ano inteiro, com carinho, afeto e respeito;

Para os parceiros (as) - queridos amigos, seguidores e leitores, desta nossa Travessia, o meu muito obrigado;

Aos que me criticam, e de mim discordam, por me darem a oportunidade de refletir sobre isto;
E também, aos meus amigos físicos – poucos e sinceros;
À minha família e a minha mãe – Dona Neide, minha essência;

Ao meu amor – para quem escrevo versos e poesias, e com quem compartilho os meus dias;

Desejo: Um Feliz Natal!
Então, é Natal...

Eu preciso...

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Para Alba Simões e todos que apreciam o seu trabalho.
Eu preciso...
Que tragam de volta toda a poesia e o poema
que bem pode ser apenas um fonema...
mas que me transporte para a magia da palavras inocentes e coerentes.
Preciso...
Resgatar valores simples como o sonhar e viajar
pelo universo poético
sem temer a solidão daqueles que trilham caminhos imprecisos.

Quase isso...

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Algumas vezes lemos o título de um livro, uma manchete de jornal, uma capa de revista ou uma poesia, e, imaginamos alguma coisa. Ao final, percebemos que o texto na verdade quer nos transmitir outra mensagem. Não é verdade?!
Bem, se não for exatamente assim, penso que é Quase isso...


Entrelaces

9

Veja,

Olhe-me com os meus olhos
Deixes que eu te olhe com os teus

Talvez assim,

Com os olhos embaralhados
Quase entrelaçados

Vejamos o melhor de mim e de ti

(Beth Muniz)

*****
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