Menu Principal

O que separa as mulheres negras de qualquer outra pessoa?

0
Na premiação do Emmy Awards 2015, Viola Davis, a primeira mulher negra a ganhar um Emmy,  respondeu perfeitamente esta pergunta.

Ela fez história no domingo (20/9), quando se tornou a primeira mulher negra da história a ganhar um Emmy de melhor atriz na categoria dramática por How To Get Away With Muder.

Viola concorreu com Taraji P. Henson, de Empire, que também é negra, e Claire Danes, de Homeland, Tatiana Maslany, de Orphan Black, Elizabeth Moss de Mad Men e Robin Right de House of Cards.

Na história dos 67 anos do Emmy Awards somente atrizes brancas levaram este prêmio. Mulheres negras só tinham ganhado em categorias de comédia e minissérie, por exemplo.

Em seu discurso de agradecimento, Viola lembrou outras atrizes negras que ganharam e disputaram prêmios — e foram, muitas vezes, preteridas pela indústria do entretenimento.

"Na minha mente, eu vejo uma linha. E sobre essa linha que eu vejo campos verdes e flores lindas e belas mulheres brancas com seus braços esticados para fora sobre essa linha. Mas eu não consigo chegar lá, não sei porque. Eu não consigo superar essa linha. Harriet Tubman disse isso em 1800", lembrou, ao começar seu discurso de agradecimento.

E continuou...

"Não posso porque eu sou negro"

0
Eu tenho um paciente negro, de 8 anos, que é absurdamente inteligente. De família pobre, sua mãe, igualmente inteligente, fez, por conta própria, a árvore genealógica da família, de forma organizada, num caderno, cheio colagens e o mostrou durante a consulta.

Acontece que, há 4 gerações, o avô do avô dela era escravo. Logo após a abolição da escravatura, ele foi expulso da fazenda onde trabalhava por ser velho demais e acabou morando na rua, com uma família de 4 pessoas, até morrer de tuberculose.

O pai do avô dela, seu filho, teve que sustentar a família fazendo bicos e cometendo pequenos delitos, de forma que foi preso logo após engravidar a mãe do avô dela, dando origem, claro, ao avô dela.

Esse avô nasceu já sem pai, pois o mesmo faleceu na prisão, quando ele tinha 8 anos de idade. Cresceu sem possibilidade de estudo, tendo que trabalhar desde muito novo, para sustentar a mãe e 3 irmãos mais novos, de outra relação da mãe. Essas 4 crianças ficaram sozinhas quando ele tinha 15 anos, após o falecimento dela. Trabalhando em fazendas, teve 5 filhos, o quinto, seu pai.

Ele nunca foi à escola, cresceu na fazenda e quando ser tornou homem feito, casou-se e teve 4 filhos, incluindo essa mãe. Ela também cresceu na fazenda e não teve chance de estudar. Hoje, faz faxinas e faz questão de que os filhos estudem.

- Você é muito inteligente. - disse eu ao garoto.
- Obrigado.
- Já sabe o que vai ser quando você crescer?

Vê...

1
Estão voltando as flores.

Nessa manhã tão linda...

Bom início de Primavera para todos.

Um abraço.


Saudades do Emílio...

Na sétima noite da sétima lua...

4
Os apaixonados.

Essa história começou quando os deusas, com inveja da paixão humana, castigaram Zin Nu, a tecelã, e seu amante de nome esquecido.

Os deuses cortaram seu abraço, que havia feito um de dois, e os condenaram à solidão.

Desde então, eles vivem separados pela Via Láctea, o grande rio celeste, que proíbe seu passo.

Mas uma vez por ano, e durante uma única noite, a sétima noite da sétima Lua, os desencontrados podem se encontrar.

As gralhas ajudam. Unindo suas asas, elas estendem uma ponte na noite do encontro.

As tecelãs, as bordadeiras e as costureiras da China inteira rogam para que não chova.

Se não chover, a tecelã Zin Nu se lança em seu caminho. A roupa que veste, e que logo desvestirá, é obra da maestria de suas mãos.

Mas, se chover, as gralhas não aparecem, no céu não haverá ponte que una os desunidos e na terra não haverá festa que celebre as artes do amor e da agulha.

*****
Os Filhos dos Dias.
Eduardo Galeano.

“Setembro Verde: Jovem Negro Vivo”

1
Anistia Internacional estreia mostra multimídia sobre segurança pública e violência contra a juventude em São Paulo

O espaço Matilha Cultural em São Paulo será a segunda casa da Anistia Internacional no Brasil durante os meses de setembro e outubro. A organização, que tem sede no Rio de Janeiro, ocupará a Matilha Cultural, no centro da capital paulista, com a mostra “Setembro Verde: Jovem Negro Vivo” a partir do dia 22. Com exposição visual, ciclo de debates e programação de cinema, a iniciativa gratuita vai promover a campanha na maior cidade do país para romper com a indiferença da sociedade a respeito dos altos índices de homicídios, em especial entre os jovens negros.

De acordo com o Mapa da Violência 2012, dos 56 mil assassinatos registrados no país, 30 mil são de jovens entre 15 e 29 anos. Destes, 77% são negros. 

Para aprofundar o debate, a Anistia Internacional lançou no início de agosto uma pesquisa sobre a homicídios cometidos pela Polícia Militar, em especial no Rio de Janeiro. Nos últimos cinco anos, homicídios decorrentes de intervenção policial corresponderam em média a 16% do total de assassinatos na capital fluminense.


A mobilização pela campanha Jovem Negro Vivo em São Paulo acontece em meio às investigações sobre o envolvimento de policiais militares na chacina que vitimou 19 pessoas em Osasco no mês passado, e em um contexto de aumento das mortes praticadas por policiais no Estado. De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o número de pessoas mortas por policiais em serviço no estado aumentou 105% entre 2013 e 2014, saltando de 346 para 708 óbitos. Somente no primeiro semestre de 2015, foram 358 pessoas mortas pela polícia, um aumento de 9,8% comparado ao mesmo período de 2014.

“A crença de que vivemos uma ‘guerra às drogas’ e que matar ‘traficantes’ faz parte desse combate tem sido usada como justificativa para uma polícia que faz uso excessivo, desnecessário e arbitrário da força, com frequência inaceitável da força letal. Nessa dinâmica, o grupo social mais atingido é o de jovens negros moradores de favelas e periferias”, alerta Atila Roque, Diretor Executivo da Anistia Internacional. “A política de segurança pública não deve ser incompatível com o respeito à vida”.

Entre os parceiros da ocupação Jovem Negro Vivo na Matilha Cultural estão organizações e movimentos que atuam na agenda de segurança pública e juventude como Mães de Maio, Ação Educativa, Conectas, Instituto Sou da Paz e Justiça Global.

Programação completa aqui.


WIDGETS QUE ABREM COM A BARRA DO FOOTER

Acompanhe o Feed

Fechar

ou receba as novidades em seu email

Digite seu email:

Entregue por FeedBurner

BARRA DO FOOTER

Blog desenvolvido por

Site Desenvolvido por Agência Charme
Bookmark and Share

Traduzir este Blog

Visitas

Assine o Feed

Curtir

Minimizar