Menu Principal

Hassan Fathy, o arquiteto dos pobres

0
Há 117 anos nascia Hassan Fathy, o arquiteto dos pobres.

Egípcio foi responsável por recuperar diversas técnicas tradicionais de construção


Imagem: Mesquita em Kurna, na cidade egípcia de Luxor, projetada por Hassan Fathy / Marc Ryckaert.
*****
Hassan Fathy nasceu no dia 23 de março de 1900 em Alexandria, no Egito. Foi poeta, músico, engenheiro, dramaturgo e inventor, mas suas contribuições mais reconhecidas foram como arquiteto. Fathy contribuiu na recuperação do uso do tijolo de barro ou adobe, produzindo uma tecnologia adequada às possibilidades das pessoas no Egito, seu país.

O arquiteto começou a estudar as técnicas de construção rural de sua região ao rejeitar o processo de industrialização da construção. Fathy levava em conta as condições climáticas em suas construções. Assim, incorporou paredes densas de tijolo e pátios internos para manter temperaturas refrescantes.

Ele fez cerca de 160 projetos arquitetônicos, incluindo vilarejos completos com postos policiais, bombeiros, serviços de saúde, escolas, teatros, locais de culto e recreação. Utilizou métodos e materiais de construção antigos, bem como o conhecimento da situação econômica rural egípcia da época. 

Formado como arquiteto em 1926, na Universidade do Rei Fuad I, projetou seus primeiros prédios de tijolo de barro no final da década de 30.

O arquiteto treinou os habitantes das zonas rurais para fazerem seus próprios materiais e construírem seus próprios prédios. Ele também resgatou técnicas tradicionais de energia natural de outros países, inspirando-se em grandes projetos no Iraque e Paquistão.

Para Fathy, a questão da moradia, principalmente para os camponeses em situação de pobreza extrema, não passava por fazer casas pré fabricadas, mas sim na recuperação de técnicas artesanais.

*****
Mosaico Cultural
Radioagência Brasil de Fato/São Paulo.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: brasileiro trabalha, em média, 149 horas a mais

0
REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Artigo compara jornada de trabalho dos países da OCDE com a realidade brasileira.

Assinado por Marcelo Perrucci, o texto “Cala a boca e trabalhe!” revela que um brasileiro trabalha, em média, 149 horas a mais, por ano, que um cidadão de um país membro da OCDE

O brasileiro trabalha, em média, 149 horas a mais em um ano que um cidadão de um país membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). É o que aponta o artigo “Cala a boca e trabalhe!” assinado pelo Auditor Federal de Finanças e Controle (AFFC) Marcelo Perrucci. O autor recorre à mesma fonte que o governo utilizou para justificar a idade mínima de 65 anos para aposentadoria na reforma da Previdência, para comprovar que a jornada de trabalho do brasileiro e muito maior que a dos países membros da OCDE. Este é o segundo artigo de Perrucci sobre o tema. O primeiro, “O que não te contaram sobre a Reforma da Previdência”, teve ampla repercussão da imprensa (relembre aqui).

Leia mais no Linka abaixo.



"E lá tem negros, na capital do Rio Grande do Sul?"

0
Colônia Africana: como começou a remoção dos negros para a periferia de Porto Alegre
Dentro da capital do Rio Grande do Sul, o racismo está evidente em aspectos históricos da própria formação da cidade como conhecemos hoje. A remoção da população negra é um exemplo.

Sul 21 – "E lá tem negros, na capital do Rio Grande do Sul?". A pergunta que norteia a análise do pesquisador Marcus Vinicius de Freitas Rosa sobre racismo em Porto Alegre tem razão de ser. Brasileiros aprendem na escola (e com a ajuda do senso comum) a estabelecer uma forte associação entre o Estado e a presença de imigrantes europeus. Essa imagem de região "embranquecida" e "europeizada" é reforçada, ainda hoje, em reportagens dedicadas a noticiar ao restante do País o "rigoroso inverno" e as ocasionais "nevascas" sulinas. Retratado dessa forma, o Rio Grande do Sul – europeu, frio e distante – se contrapõe à imagem de um Brasil tropical e mestiço. 

Dentro de Porto Alegre, o racismo está evidente em aspectos históricos da própria formação da cidade como conhecemos hoje. Um exemplo é a remoção da população negra para áreas mais afastadas do reduto central. O Bairro Colônia Africana surgiu no final do século XIX como uma junção de territórios ocupados por populações oriundas do antigo sistema escravista. Mas muitas pessoas só ouviram falar dessa região como Bairro Rio Branco. O nome não vem em vão: após uma gradual invasão de imigrantes, a prefeitura concedeu, em 1959, o "branqueamento" nominal definitivo. Por sinal, a cargo de curiosidade, se você digitar "Colônia Africana" no buscador do Google, todas as opções abaixo corrigem o termo para "Bairro Rio Branco".

"A formação da Colônia se deu com a desagregação de uma sociedade que só via o negro como posse", explica Marcus. Naquela época, o que não era o Centro era considerado periferia. Em um espaço rural e bucólico, libertos encontraram oportunidade de se fixar em uma comunidade que lhes pertencesse. Segundo o pesquisador, assim, começou a se desenvolver uma sociedade peculiar, livre dos padrões tradicionais.


Comunidade do não-pertencimento

O suicídio da “classe média”

0
Principal afetado nessa nova rodada de desmantelamento social será o que sobrou da “classe média”.

Por Maurilio Lima Botelho.
*****
Quase metade dos empregos no Brasil duram menos de um ano. Os brasileiros acima de 10 anos que recebem até 2 salários perfazem mais de dois terços da “população produtiva”. Cerca de 10% dos contratos de trabalho no Brasil são temporários (até 3 meses) e sua participação têm crescido nos últimos anos. Do total de brasileiros “empregados” – o que exclui 13 milhões de desempregados e quase 25 milhões de “trabalhadores por conta própria” –, 25% não tem carteira assinada. Entre os que têm contrato, mais de 20% já estão em empresas terceirizadas. Nas empresas terceirizadas, quase nenhum emprego ultrapassa dois anos. 


Esses números revelam que a baixa remuneração, a alta rotatividade e a precariedade já são uma realidade comum de boa parte dos brasileiros. A aprovação da terceirização irrestrita e a ampliação do tempo para os contratos temporários vai agravar ainda mais esse quadro, mas indica também que o principal afetado nessa nova rodada de desmantelamento social será o que sobrou da “classe média”.

Durante os anos de FHC, as camadas de renda média sofreram um achatamento em decorrência da estagnação econômica e do arrocho financeiro. Com os governos de Lula e Dilma, essas camadas sentiram-se preteridas diante das medidas de compensação social dirigidas aos mais pobres e da multiplicação das fortunas da elite. A famigerada “nova classe média” foi menos um processo de “ascensão”, como alardeado pelos ideólogos governistas, e mais uma mimese consumista em que os estratos inferiores emulavam o consumo dos setores médios tradicionais graças a uma pequena melhoria de renda, acesso ao crédito e endividamento. As últimas rodadas da crise mostraram como um lento processo que aparecia como uma mudança na estrutura social pôde ser rapidamente destruído quando a bolha do crédito explodiu.

Não foi um acaso que do ciclo de greves e difusas manifestações de 2012/2013, a “classe média” restou como única “base social” mobilizada contra o governo Dilma em 2014/2015. Uma parte dela composta por integrantes dos próprios serviços públicos – bastião ainda do emprego estável –, já que em 2012 ocorreu o maior conjunto de greves do funcionalismo federal. Sentindo os efeitos da crise, essa mobilização contra o governo Dilma foi embalada no discurso requentado da “ética do trabalho” e contra os programas de distribuição de renda e assistência social. Como disse um deputado do PMDB, o processo de impeachment representava o fim da “era do vagabundismo remunerado”. Até nas universidades foi possível ver o ódio de professores e estudantes de “boas famílias” diante da ampliação do acesso popular ao ensino superior, particularmente através das cotas.

WIDGETS QUE ABREM COM A BARRA DO FOOTER

Acompanhe o Feed

Fechar

ou receba as novidades em seu email

Digite seu email:

Entregue por FeedBurner

BARRA DO FOOTER

Blog desenvolvido por

Site Desenvolvido por Agência Charme
Bookmark and Share

Traduzir este Blog

Visitas

Assine o Feed

Curtir

Minimizar