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O vento da memória

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Em 1.781, Tupac Amaru foi esquartejado até a morte, por golpes de machado, no centro da Plaza de Armas de Cuzco.

Dois séculos depois, um menino descalço lustrava sapatos naquele exato lugar, quando um turista perguntou se ele conhecia Tupac Amaru.

O pequeno engraxate, sem erguer a cabeça, disse que conhecia.

Quase em segredo, enquanto fazia seu trabalho, murmurou:


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Os Filhos dos Dias.

A Brasília das esquadrias de alumínio

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Versus a capital do mármore e do concreto

No premiado e perturbador filme Branco Sai, Preto Fica (2015), misto de documentário e ficção científica de Adirley Queirós, os moradores da cidade-satélite de Ceilândia são obrigados a tirar passaporte para entrar “na” Brasília, o plano-piloto criado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. 

É como se existisse um muro invisível entre a capital planejadas e as não-planejadas satélites, um apartheid social e geográfico que não é muito distante da realidade. Em algumas cenas, parece que estamos em alguma parte do Oriente Médio, não no Brasil.

Esta quase total inexistência de contato entre a Brasília oficial e sua periferia denunciada por Queirós dialoga, de certa forma, com as imagens que a fotógrafa Zuleika de Souza colheu ao longo de oito anos nos arredores da capital. 

Na exposição Chão de Flores, em cartaz no CCBB, as 56 fotos de Zuleika passam bem longe dos palácios de mármore, grandes janelas de vidro e concreto. Em vez de planejamento, o que se vê nelas é o improviso. 

O símbolo dessa arquitetura não são as curvas, mas as esquadrias de alumínio nas janelas e portas.


- O quê: Exposição Chão de Flores, da fotógrafa Zuleika de Souza
- Onde: CCBB/Brasília – SCES trecho 2, lote 22
- Quando: até 29/6, de quarta a segunda, das 9 às 21h

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Querido pastor,

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O dia em que Jesus Cristo escreveu uma carta para Silas Malafaia

Querido pastor,

Aqui quem fala é Jesus. Não costumo falar assim, diretamente – mas é que você não tem entendido minhas indiretas. Imagino que já tenha ouvido falar em mim - já que se intitula cristão. Durante um tempo achei que falasse de outro Jesus – talvez do DJ que namorava a Madonna - ou de outro Cristo - aquele que embrulha prédios pra presente – já que nunca recebi um centavo do dinheiro que você coleta em meu nome (nem quero receber, muito obrigado). Às vezes parece que você não me conhece.

Caso queira me conhecer mais, saiu uma biografia bem bacana a meu respeito. Chama-se Bíblia. Já está à venda nas melhores casas do ramo. Sei que você não gosta muito de ler, então pode pular todo o Velho Testamento. Só apareço na segunda temporada.

Se você ler direitinho vai perceber, pastor, que eu sou de esquerda. Tem uma hora do livro em que isso fica bastante claro (atenção: SPOILER), quando um jovem rico quer ser meu amigo. Digo que, para se juntar a mim, ele tem que doar tudo para os pobres. “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”.

Analisando a sua conta bancária, percebo que o senhor talvez não esteja familiarizado com um camelo ou com o buraco de uma agulha. Vou esclarecer a metáfora: Um camelo é 3.000 vezes maior do que o buraco de uma agulha. Sou mais socialista que Marx, Engels e Bakunin - esse bando de esquerda-caviar. Sou da esquerda-roots, esquerda-pé-no-chão, esquerda-mujica. Distribuo pão e multiplico peixe – só depois é que ensino a pescar.

Não estacione...

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Em Maringá,

Motorista estaciona em vaga de deficiente e tem surpresa na volta.





Espero que tenha aprendido a lição, e passe a agir como um verdadeiro cidadão, respeitando o outro!


O calote da TV Cultura

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De há muito tempo que o PSDB vem destruindo a empresa, demitindo funcionários, cortando salários e rebaixando a qualidade da programação - que já foi considerada das melhores das tevês educativas do país. 

Conselho de Defesa dos Capitais do Estado (Codec), órgão da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, vetou os pagamentos sob a alegação de que o governo estadual está com problemas de caixa. 

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"Na sexta-feira passada (19), os trabalhadores da área técnica da Rádio e TV Cultura deflagraram uma greve por tempo indeterminado contra o não pagamento de parte do salário e da totalidade do abono. 

A Fundação Padre Anchieta, mantenedora das emissoras e ligada ao governo tucano de São Paulo, simplesmente desrespeitou o acordo firmado com o Sindicato dos Radialistas em 2014. 

"Vinhamos tentando negociar desde março, mas até já firmamos novo acordo (para 2015-2016) e ainda não há perspectiva sobre o acerto desses valores”, explicou Sérgio Ipoldo, coordenador da entidade, ao jornalista Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual.


De há muito tempo que o PSDB vem destruindo a empresa, demitindo funcionários, cortando salários e rebaixando a qualidade da programação - que já foi considerada das melhores das tevês educativas do país. Segundo o sindicalista, a situação se deteriora a cada dia que passa. No caso do acordo firmado no ano passado, a empresa repassou 5,2% de um reajuste acordado em 5,85% e não efetuou o pagamento do abono no valor de 50% do salário-base de cada trabalhador, que deveria ter sido pago em maio. 

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