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A ideia é de a literatura iluminar o mundo, nem que seja o nosso pequeno mundo

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Luis Fernando Verissimo.

"Matei' tanto alemão e japonês enquanto brincava que o pai me levou ao médico. Acho que por isso sou pacifista até hoje".

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Com mais de 70 livros publicados, entre romances, novelas, crônicas, contos e cartuns, o escritor, cronista, jornalista, desenhista, saxofonista, torcedor fanático do Internacional de Porto Alegre e filho de Érico Verissimo (1905-1975) Luis Fernando Verissimo completou 80 anos em 26 de setembro. 

"O escritor tem de acender uma luz na escuridão, que é a própria dualidade humana""O escritor tem de acender uma luz na escuridão, que é a própria dualidade humana" O aniversário coincidiu com o lançamento de As Gêmeas de Moscou (Companhia das Letrinhas), que conta a história das irmãs Olga e Tatiana, idênticas na aparência e no gosto pelo balé. Mais talentosa, porém arrogante, Olga vive um episódio marcante que vai mudar seu jeito de ser.

Outro lançamento é Verissimas (Editora Objetiva), antologia de frases de obras de Verissimo garimpadas pelo publicitário e jornalista Marcelo Dunlop. "Essa é mais uma coisa que acontece comigo sem minha iniciativa. Nem vi ainda as frases que ele selecionou. Se não gostarem, reclamem com o Marcelo", diz, com seu jeito tímido carregado de humor. "A vida foi acontecendo. Por isso não tenho nenhum plano para os próximos 80 anos. A minha grande vocação, mesmo, é para me aposentar. É sério. Acho que se eu parasse de escrever, não faria falta."

Sua carreira é dedicada a retratar situações nem sempre engraçadas que fazem o leitor rir. Como quando fala da morte ou das "DRs" entre casais. "Discutir a relação é tema que interessa. Um dos protótipos que temos à mão; encontros, desencontros, bem aproveitados." Não é por acaso que figura entre os autores brasileiros mais lidos no mundo, apreciado por leitores de todas as idades, até mesmo do público que ele agora brinda com as Gêmeas. "Nunca escrevi um livro especificamente para o público infantil. É difícil escrever para criança, acertar o ponto entre ser acessível sem ser condescendente."

Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada, Mata,

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Grito dos Excluídos deste ano faz crítica ao capitalismo.

Com o lema Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada, Mata, baseado em um discurso feito pelo Papa Francisco na Bolívia, o tradicional Grito dos Excluídos pretende este ano criticar o sistema capitalista. O evento ocorre sempre no dia 7 de setembro e é organizado por movimentos sociais e pelas pastorais católicas.

“Esse sistema é insuportável. É um sistema que seleciona aqueles que merecem e os que não merecem, os que podem e os que não podem. É um sistema que exclui e gera grande massa de humanos vivendo nas periferias do mundo, sem acesso ao que é fundamental e necessário à vida. E leva uma grande massa a se contentar com as migalhas que caem da mesa. É um sistema que nega à grande maioria das pessoas os acessos às condições básicas”, disse Dom Milton Kenan Junior, bispo da Diocese de Barretos.

Como o evento ocorre em 24 estados do país de forma autônoma e descentralizada, a programação total ainda não foi toda divulgada. Na capital paulista, o único evento divulgado até o momento é uma missa na Praça da Sé, a partir das 9h, seguida por uma caminhada que passará por alojamentos de imigrantes.

Segundo Ari Alberti, da coordenação do Grito dos Excluídos, o evento existe há 22 anos e nasceu com a ideia de que “é preciso construir um projeto popular de sociedade, uma outra proposta onde a vida seja colocada em primeiro lugar e não a economia”. “Passados esses 22 anos a gente percebe que as mudanças estruturais não aconteceram. Houve melhorias, mas nós queremos mudanças”, disse Alberti, durante entrevista coletiva em São Paulo para apresentar o tema do evento deste ano.

Romaria

Junto ao Grito dos Excluídos ocorre também a 29ª Romaria dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, que tem como lema este ano Mãe Negra Aparecida em teus Braços, com nossas Mãos, Construímos o Mundo Justo, que é promovida pela Pastoral Operária com apoio do Serviço Pastoral do Migrante. O evento terá início com uma caminhada que sairá do Porto Itaguaçu, em Aparecida (SP), com destino ao Santuário de Aparecida.

Fonte: Agência Brasil

O Brasil e a “alucinação negativa”

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Nestes tempo de golpe de estado no Brasil as conversas podem ficar muito difíceis. Amizades podem virar pó de uma hora para outra. Conheço inúmeros casos.

Comigo também se passou algo parecido. Um amigo – ou ex-amigo, nesta altura – virou um anti-petista ferrenho, o que é, convenhamos, um direito dele. Ele já era de direita, o que também é um direito dele. Mas extrapolou.

Acontece que diante de afirmações como a de que “mas durante os governos de Lula e Dilma a situação dos pobres melhorou, a miséria diminuiu, o padrão de vida dos trabalhadores assalariados subiu, etc.”, ele passou a reagir raivosamente: “é tudo mentira”. “Nada disto aconteceu”.

Um dos problemas aí é que tal reação chama de mentirosos não só Lula, Dilma, o PT, os petistas, e eu de quebra, mas também a ONU, a OEA, a OIT, a UNESCO, a FAO, boa parte da União Europeia, a Itália, que recentemente adotou um projeto do tipo Bolsa Família, economistas indianos, a OCDE, além do IBGE, naturalmente, e etc.

O outro problema é que isto é repetido ad nauseam pelo exército de coxinhas e paneleiras(os) que infesta as ruas e nossos ouvidos de vez em quando (andam mais discretos, aliás…), além dos arautos do antipetismo distribuídos pela mídia conservadora, quando não estão ocupados em obter os vazamentos seletivos de quanta operação seja urdida por promotores que se arvoram a juízes, juízes que se adoram promotores e policiais federais que se arvoram a promotores e juízes.

Mutatis mutandis, isto me lembra o comportamento de gente que até hoje nega o Holocausto, por exemplo. Ou então a entrevista recente dada pela ex-secretária (foto) de Joseph Goebbels, hoje com 105 anos (!) e a única sobrevivente do círculo próximo do Führer. Nela, a entrevistada afirma , sobre os crimes genocidas dos nazistas, que “não sabia de nada”, que só datilografava o tempo inteiro. A provecta senhora que me desculpe, com todo o respeito, mas é mais fácil acreditar que ela simplesmente não queria saber de nada desde sempre. Posto que ela até se recorda do estranho sumiço de amiga judia. Sé depois da guerra ela ficou sabendo que esta pessoa fora levada para Auschwitz. O mesmo aconteceu e acontece com gente que até hoje nega que tenha havido tortura no Brasil durante o regime civil-militar de 1964. Ou os que o querem de volta, embora haja os que querem que ele volte com tortura e tudo.

Curioso, perguntei a um outro amigo meu, psicanalista, como se poderia chamar esta atitude de negação contumaz da realidade. Ele me disse que há uma qualificação clássica na psicanálise que se chama de “alucinação negativa”, em que as pessoas que dela são objetos se negam a ver uma coisa – até mesmo objetos concretos, por vezes, ou a ouvir algo que não querem admitir. Pesquisando mais um pouco, deparei com experiências mostrando que esta “alucinação negativa” pode ser induzida até por hipnose que, no fundo, é o que a nossa mídia tradicional costuma praticar, seguindo a orientação famosa daquele mesmo Goebbels acima lembrado, de se mentir tanto até que a mentira vire verdade. É claro que é necessário um tipo de consentimento por parte do objeto de tal manipulação.

Brecht: O Tempo de desordem

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Aos que vierem depois de nós

Realmente, vivemos muito sombrios!
A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas
denota insensibilidade. Aquele que ri
ainda não recebeu a terrível notícia
que está para chegar. 

Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes.
Pois implica silenciar tantos horrores!
Esse que cruza tranquilamente a rua
não poderá jamais ser encontrado
pelos amigos que precisam de ajuda?

É certo: ganho o meu pão ainda,
Mas acreditai-me: é pura casualidade.
Nada do que faço justifica
que eu possa comer até fartar-me.
Por enquanto as coisas me correm bem
(se a sorte me abandonar estou perdido).
E dizem-me: "Bebe, come! Alegra-te, pois tens o quê!"

Mas como posso comer e beber,
se ao faminto arrebato o que como,
se o copo de água falta ao sedento?
E todavia continuo comendo e bebendo.

Também gostaria de ser um sábio.
Os livros antigos nos falam da sabedoria:
é quedar-se afastado das lutas do mundo
e, sem temores,
deixar correr o breve tempo. Mas
evitar a violência,
retribuir o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, antes esquecê-los
é o que chamam sabedoria.
E eu não posso fazê-lo. Realmente,
vivemos tempos sombrios.

Elke Maravilha: Eu não sou aquilo!

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Em meio aos desfiles no início da carreira, Elke conheceu a estilista Zuzu Angel, de quem se tornou amiga. Durante a ditadura militar, em 1971, ela foi presa por desacato no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por rasgar cartazes com a fotografia de Stuart Angel Jones, filho da amiga Zuzu, alegando que ele já havia sido morto pelo regime. Com o episódio, ela perdeu a cidadania brasileira. Atualmente, Elke possuía apenas a cidadania alemã.

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Morreu nesta madrugada (16), no Rio de Janeiro, a atriz, apresentadora, jurada e modelo Elke Georgievna Grunnupp, a Elke Maravilha. Ela estava internada há quase um mês na Casa de Saúde Pinheiro Machado, após uma cirurgia para tratar uma úlcera, e teve falência múltipla dos órgãos.

Nascida na Rússia em fevereiro de 1945, Elke se mudou para o Brasil com a família aos seis anos de idade e passou a infância em um sítio em Itabira, no interior de Minas Gerais. Aos 20 anos, ela saiu de casa para morar sozinha no Rio de Janeiro.

Elke trabalhou como bancária, secretária trilíngue e bibliotecária para pagar a faculdade. Cursou Letras e se formou tradutora e intérprete de línguas estrangeiras, e foi professora de inglês e francês. Filha de um russo e uma alemã, desde a adolescência ela já falava nove idiomas: russo, português, alemão, italiano, espanhol, francês, inglês, grego e latim.

Recado direto e certeiro

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- Darlene Loretto:

“Eu sempre digo para as minhas netas namorarem o nerd da escola. Ele pode virar um Mark Zuckerberg!”


-Mark Zuckerberg:

“Seria melhor encorajá-las a serem as nerds da escola para que elas possam se tornar as próximas grandes inventoras!”

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Toma!

Pelo visto e dito, a senhora Darlene viveu muito e nada aprendeu.

“Schadenfreude”: Muito ajuda quem não atrapalha

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É preciso adotar uma postura empática e solidária, para que, caso não consigamos ajudar, também não atrapalhemos, tampouco alimentemos a maldade.

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“Schadenfreude” é uma palavra da língua alemã que designa um sentimento de alegria ou satisfação perante o dano ou infortúnio do outro, ou seja, trata-se do prazer que se sente com a infelicidade alheia. Em maior ou menor grau, todos somos atraídos por acontecimentos trágicos que envolvem terceiros, o que pode se exemplificar pela multidão que se aglomera em torno de acidentes de carro.

Muitas situações de desastres naturais, de acidentes e de crimes hediondos destacam-se por si só, tamanha a amplidão de suas consequências, tamanha a dor dos envolvidos, levando-nos a nos interessar pelos desdobramentos do fato. Como tudo isso vende muito, a mídia não se furta de veicular massivamente eventos trágicos, aplicando-lhes o devido sensacionalismo.

Somos atraídos pelas tragédias que acometem alguém de fora muito provavelmente porque o que foge à normalidade que se espera causa curiosidade, além de nos provocar certa sensação de alívio íntimo, por não termos sido nós as vítimas daquilo. O ser humano muitas vezes lança mão do expediente que consiste em comparar-se com quem passa por situações bem piores, tentando se conformar com as próprias desgraças.

Viva Margarida!

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Armandinho
"É melhor morrer na luta do que morrer de fome".

Com um tiro de escopeta no rosto, Margarida Maria Alves foi assassinada diante de sua casa, em Alagoa Grande (PB), no final da tarde de 12 de agosto de 1983. Seu nome e sua história inspiraram a Marcha das Margaridas, que foi criada em 2000. Ontem (6), a Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, aprovou pedido de reparação em nome da trabalhadora rural e sindicalista, que se tornou anistiada política post-mortem.

"Três meses antes de morrer na frente do marido e do filho, em um discurso de comemoração pelo 1° de Maio (Dia do Trabalhador), ela disse que 'é melhor morrer na luta do que morrer de fome', frase que inspira até hoje a Marcha das Margaridas", publicou em rede social, o secretário-executivo do Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do Mercosul, Paulo Abrão. "Com isso, prestamos esta homenagem a Margarida”.

Primeira mulher a presidir o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, Margarida ficou conhecida pela busca de reconhecimento dos direitos do homem do campo e pela denúncia de abusos por parte dos fazendeiros da região. No mesmo discurso de 1º de Maio, ela já havia alertado que recebia ameaças de morte.

Pedido de reparação à líder sindical e trabalhadora rural foi aprovado ontem.

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Fonte: RBA)))


Festival da Utopia

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Em Maricá, Rio de Janeiro, o Festival Internacional da Utopia reúne personalidades na busca por um mundo novo. 

Programação conta com debates, shows, acampamento, intervenções, rodas de conversa e oficinas, com ativistas, intelectuais e políticos do Brasil e do exterior.

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Começa amanhã (22) e segue até domingo (26) o primeiro Festival Internacional da Utopia, na cidade de Maricá, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro, com participação de ativistas, intelectuais, artistas, políticos e rebeldes de todas as partes do planeta com o desafio de construir conjuntamente uma nova utopia para as esquerdas que oriente a busca por um mundo novo.

O Festival da Utopia é uma iniciativa da prefeitura de Maricá em conjunto com movimentos sociais do Brasil e de diversos outros países que se reúnem para debater saídas não capitalistas para os problemas que afetam os povos, em especial os mais pobres, em todo o mundo.

O evento contará com a presença da presidenta Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), do economista Marcio Pochmann e da psicanalista Maria Rita Kehl, que participarão de debates sobre cultura, meio ambiente, Estado, economia, valores, relações humanas e cultura.

Entre as personalidades internacionais que chegarão a Maricá para refletir a utopia, destacam-se nomes como Aleida Guevara, neta do guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara, o escritor paquistanês radicado na Inglaterra Tariq Ali, o filósofo italiano Domenico de Masi, a ativista do movimento negro norte-americano Angela Davis, a ativista ambiental Vandana Shiva e as Mães da Praça de Maio, que lutam pela busca dos desaparecidos da ditadura argentina.




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Fonte: RBA))) - Rede Brasil Atual

Coisas que tenho aprendido sobre o tempo

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A primeira coisa que eu descobri é que o tempo é igual ao joelho. 

Com sorte, você não vai se lembrar dele até os 40 anos, mais ou menos. Durante a infância e a juventude, o tempo e o joelho são indolores. Como o joelho, a gente só sente o tempo quando começa a doer.


Tenho 49 anos e nunca tinha me preocupado com a passagem do tempo antes. Quando a gente é criança ou adolescente não fica olhando para trás, né? A gente vive, simplesmente, às vezes ligado no futuro, mas totalmente desligado do passado – a não ser por traumas, raramente por nostalgia. Depois dos 40 é que o tempo passa a ser uma questão.

Dentro da gente, o tempo do tempo é outro e cada um tem o seu. Tanto é que é mais fácil enxergar que o tempo passou no outro do que na gente mesmo. Por dentro, é possível ter 20 anos para sempre ou ser sexagenário aos 17. O tempo de fora só encontra com o de dentro quando morre alguém que a gente ama.

A saudade é diretamente proporcional ao tempo: quanto mais tempo a gente vive, mais saudade a gente sente. Viver mais é superar o desafio de conviver diariamente com a ausência dos seres queridos.

Mesmo que, por dentro, o tempo só passe se a gente quiser, inevitavelmente a infância fica cada vez mais longínqua. Não temo as rugas, os cabelos brancos algum dia assumirei, mas pensar que poderei, no final dos dias, não recordar minha infância me apavora.

O tempo, ao contrário da crença geral, não faz todo mundo ficar mais sábio e sim mais verdadeiro consigo mesmo. Acho que a “sabedoria” surge justamente daí, de se dar o direito de ser o mais verdadeiro consigo mesmo possível.

A dor passa, a dúvida não

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Antes um Não bem dado do que um Sim mal dito

(Paula Peregrina)

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Quando uma pergunta é então emitida, e espera-se uma resposta positiva ou negativa, supõe-se: sim ou não. No entanto, na prática, a resposta recebida para esse tipo de questão parece dominada por outros opostos: sim e silêncio, sim e enrolação, sim e ilusão. Qual é o problema com o não afinal? Não faz parte da vida? Não é uma resposta válida? Supõe-se que quem tem coragem de perguntar está disposto a receber a melhor ou a pior das respostas.

Pior que o não é um silêncio que ignora a situação, como se nunca tivesse acontecido. Pior que o não é ver sua energia ser mascada pelo outro, mantida a postura na esperança de uma resolução. Pior que o não é a ilusão do sim, diante da ausência de uma resposta negativa. Pior que o não é a atitude ambígua. Que seja um não sei, que seja honesto.

Dizer não com sinceridade não é sinal de maldade. Ao contrário, é sinal de coragem e consideração com quem pede uma resposta para algo. É o simples reconhecimento do outro como ser humano, que se comunica pela linguagem, que pensa, que sente e que se mostrou disposto, deu a cara a tapa à receber uma resposta verdadeira. Dizer não é ser empático o suficiente para saber que tal resposta deixará o outro livre para seguir outros caminhos, para vislumbrar outras opções, outros trajetos, mesmo que seja com dor à princípio. A dor passa, a dúvida não.

Azul desbotado

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O lilás no canto da pupila,
Antes que eu perceba
O azul se tornou verde

Pisquei.

Me escapou aquele Beijo
Mesmo assim
Virei amarelo

(Rafael Ferrari)



Blog: As cores do meu silêncio

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O Rafael é filho de um amigo meu, o Marcelo. Conheci o Rafael ainda pequenininho. Estou lendo um livro dele. Quando eu concluir a leitura, compartilharei com vocês as minhas impressões.

O que destrói a humanidade?

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Política, sem princípios;

Prazer, sem compromisso;

Riqueza sem trabalho;

Sabedoria sem caráter;

Negócios sem moral;

Ciência sem humanidade;

Oração sem caridade.

Mahatma Gandhi

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Pessoal,
Até ontem eu estava na 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Agora, retomarei as atividades do Travessia.

Com as pessoas que nós inventamos, só teremos amores imaginários

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O que amamos no outro, muitas vezes, não é o que ele é, mas o que queremos que ele seja.

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Aquilo que era homem! Gentil, culto, romântico, gostava de boa música. Divertido, leal, bem sucedido, parceiro. Adivinhador de desejos. Sabia exatamente onde deveria colocar a mão. Sabia beijá-la. Trazia-lhe flores, o doce predileto. Escrevia bilhetinhos endeusando, em português impecável, a beleza que só ele via. Ainda, os deixava em baixo da xícara de café, recém passado para ela, pela manhã.

Todos nós carregamos ideais. Mas quando se trata de amor, essa capacidade se agiganta de tal forma que corremos sério risco de nos perdermos entre o que é ideal e o que é idealizado. A verdade é que se for uma idealização, hora ou outra, a relação vai trazer sofrimento. O ser encantado não resiste às decepções, fraqueja às diferenças, não suporta o contato e todos os atravessamentos da realidade. É o amor das ideias. Dada à inevitável contrariedade, todo o pozinho de pirlimpimpim se acaba. A carruagem assume sua abobrice, um lord sua forma de canalha e o sapato não entra mais no pé daquela garota, a qual você acreditou calçar um maldito scarpin de cristal, número 35.

Mas afinal de contas, aonde foi parar aquela pessoa, tão magnífica, por quem juraria passar o resto de sua vida? Ele sumiu, ela se foi, acabou. E você? Ah, você disse: — Pegue suas coisas e suma pra sempre dos meus pensamentos. Não é essa pessoa a quem enderecei minha paixão. Aliás, quem é você?

Dois anos sem Gabo

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“Os poetas não morrem, poetizam-se…“

(Marv@da C@rne)

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Gabriel Garcia Marquez:

- “Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas.

- Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja.

- Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar.

- Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las.

- Porque eu acho sempre muitas coisas – porque tenho uma mente fértil e delirante – e porque posso achar errado – e ter que me desculpar – e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.

- Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada.

- Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que “nada é para sempre.”

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Fonte: Diálogos do Sul

Memória Verde

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Assim como nós, as árvores recordam.

Só que elas não se esquecem: vão formando anéis no tronco, e de anel em anel vão guardando sua memória.

Os anéis contam a história de cada árvore e delatam a sua idade, que em alguns casos chega a dois mil anos; contam que climas conheceu, que inundações e secas sofreu, e conservam as cicatrizes dos incêndios, das pragas e dos terremotos que a atacaram.

Em um 4 de dezembro, um estudioso no assunto, José Armando Boninsegna, recebeu dos alunos de uma escola argentina a melhor explicação possível:

- Os arbustos vão à escola e aprendem a escrever.

Onde escrevem?
- Na pança.

Como escrevem?
- Com anéis.

Isso dá para ler.

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Os Filhos dos Dias
Galeano

As sete janelas de quatro dos cincos sentidos.

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O Ser humano, Uma obra Prima.

"No paraíso de Indra crê-se que há uma rede de pérolas, dispostas de tal forma que, ao olhar uma delas, vemos refletidas nela todas as demais".

Sir Charles Eliot


Guardamos a data do nosso aniversário.

Os que se interessam por astrologia procuram saber até mesmo a hora e os minutos em que vieram a este mundo.

De fato, não nascemos no dia em que nascemos. A data do aniversário marca apenas o dia em que nos tornamos presença, um-com-os-outros, numa qualidade de relação muito diferente daquela que precedeu o nosso natal.

Antes do parto, ali estávamos, há meses, abrigados no útero materno. perdura em nós certa nostalgia daquele espaço-tempo de pura fruição e nutrição, quando se formaram os nossos órgãos, a delicada cartilagem que se tornaria o nosso esqueleto, os membros e a cabeça que, além do cérebro, guarda sete janelas de quatro dos cincos sentidos. Terra e semente regadas a ternura.

Antes que emergisse a nossa consciência, já éramos na consciência de nossos pais. Não só no projeto, mas também ato. Não só o verbo, mas também carne, em gestos e sussurros que unem corpos e espíritos, e fazem do amor sedutora liturgia, cujos signos arranham delicadamente o silêncio, reviram a morte pelo avesso e irrompem em êxtase, trazendo, na perda de si, o encontro com o outro.

Ali brotou o nosso ser.

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A Obra do Artista, Frei Betto.

Eram três: Luhli, Lucina e Luiz.

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Yorimatã.

Nós éramos, mais que tudo, três pessoas juntas. Por acaso era um homem e duas mulheres.

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O documentário resgata a intensa história das cantoras, da profunda conexão que a dupla tinham com a natureza, e as duras batalhas que travaram contra a indústria fonográfica e o moralismo da época.

O filme Yorimatã conta a fascinante história da dupla Luhli e Lucina, cantoras, compositoras e multi-instrumentistas que fizeram mais de 800 composições e traduziram a liberdade para a linguagem musical. São elas as autoras dos clássicos O Vira, eternizado pelo grupo Secos e Molhados, e Bandoleiro e Fala, canções que ficaram famosas na voz de Ney Matogrosso, que participa do documentário. Além dele, dão depoimentos sobre a dupla Gilberto Gil, Joyce Moreno, Tetê Espíndola, Alzira Espíndola, Zélia Duncan, Antonio Adolfo e Luiz Carlos Sá, da dupla Sá e Guarabyra.

Mais do que resgatar a enorme importância e o pioneirismo de Luhli e Lucina para a Música Popular Brasileira, Yorimatã mostra como a dupla desafiou regras sociais e do mercado fonográfico nas décadas 1970 e 1980. Além de serem consideradas as primeiras mulheres a tocar percussão e de terem rompido com gravadoras em nome da liberdade artística, as duas viveram intensa e longamente uma história de amor a três com o fotógrafo e cineasta Luiz Fernando Borges da Fonseca.

Viva Cazuza!

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“Quem tem um sonho não dança...”
(Cazuza)

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Última Parte: 12 livros feministas que você precisa conhecer

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Para uma melhor reflexão, vou mencionar em cada post, apenas três.

Para ler o post anterior clique aqui.

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Fundamentos para uma leitura crítica do mundo social

As reflexões produzidas pelo feminismo – numa economia expressiva, já que se trata na realidade de feminismos, no plural – colocam questões fundamentais para a análise da opressão às mulheres nas sociedades contemporâneas. Mas não é só da posição relativa das mulheres que trata a crítica feminista.

O conjunto cada vez mais volumoso dos estudos feministas expõe os limites das democracias quando estas convivem com a exploração e a marginalização de amplos contingentes da população.

Analisam, assim, mecanismos que operam para silenciar alguns grupos e suspender a validade das suas experiências – eles operam de maneira específica sobre as mulheres, mas não se reduzem a uma questão de gênero. Tratam das conexões entre o mundo da política, o mundo do trabalho e a vida doméstica cotidiana. Na produção mais recente, sobretudo, apresentam contribuições incontornáveis para o entendimento de como diferentes formas de opressão e de dominação operam de forma cruzada e sobreposta. Cada vez mais, falar da posição das mulheres é falar de como gênero, classe, raça e sexualidade, para mencionar as variáveis mais mobilizadas, situam conjuntamente os indivíduos e conformam suas alternativas.

Em sua diversidade, a produção feminista questiona a subordinação e confronta, permanentemente, discursos que se fundam na “natureza” para justificar a opressão.

A lista que apresentamos traz um conjunto (entre muitos outros possíveis) de leituras feministas que colaboram para entender o mundo contemporâneo e os desafios que enfrentamos para a construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais livre. A ordem segue de maneira aproximada a data da publicação original das obras.

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