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A "Cara do Mundo"

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Documentário faz a defesa da empatia para criar um antídoto ao ódio.

Trazendo a pluralidade de visões de imigrantes que vivem ou passaram pela cidade, o 'Cara do Mundo' (2016), foi lançado terça, 17/4, em São Paulo. O Longa ganha especial relevância em um momento em que o mundo vive uma escalada do ódio

São Paulo – A agência escola de jornalismo Énois promoveu o lançamento do documentário Cara do Mundo (2016). O longa faz uma radiografia da situação de imigrantes em São Paulo e analisa a forma como o contato entre culturas diferentes é desenvolvido por meio da empatia. A produção também adota recursos de metalinguagem que colocam os jovens produtores da Énois inseridos no contexto da narrativa.

“O documentário teve a participação de vários jovens aqui da Énois e sou um deles”, diz um dos realizadores, o jornalista Vinícius Cordeiro. “Fiz parte desde o começo da apuração e da produção (…) Entramos em conexão com muitos imigrantes de várias partes do mundo. Cada um deles trouxe uma visão diferente”, disse. Os personagens da história são provenientes de países como Japão, China, Haiti, Síria, Moçambique, Senegal e Bolívia.

Cordeiro conta que a ideia partiu do coletivo da agência, que programa suas atividades de forma horizontal. “Temos deliberações de pautas sempre de forma coletiva, então, várias pessoas trouxeram a vontade em comum de conhecer outras partes do mundo. Mas como não temos recursos para isso, resolvemos tentar conhecer o mundo que existe dentro de São Paulo”, disse, destacando que o projeto se desenvolveu com esse campo rico em diversidade presente na maior cidade do hemisfério sul.

O tema do longa ganha especial relevância em um momento em que, não só o Brasil, mas o mundo vive uma escalada do ódio, com traços de protofascismo. “Além de ser um documentário que trata de diferentes culturas que vivem aqui, ele fala sobre nós, moradores de São Paulo, nos reconhecendo em outras culturas. É como se fosse um metadocumentário. Ele já tem início com a missão da realização. Você pode acompanhar nossa trajetória na procura dos imigrantes. Todos os bastidores são parte do documentário.”


“A intolerância que vivemos hoje em dia é muito preocupante. Nós invalidamos o outro, invalidamos quem pensa diferente de nós e agredimos com discursos de ódio as minorias e pessoas em situações mais complicadas”, continua. O problema é tão amplo na esfera social que atinge os representantes do povo, contaminados com o ódio. “Vemos pessoas do alto escalão dando vazão e aval para esse tipo de discurso homofóbico, machista, intolerante, xenofóbico, enfim, temos muito o que aprender sobre respeito às liberdades e sobre o respeito ao outro.”

Tiê, Alguém me Avisou...

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Adeus Dona Ivone!

Aos 97 anos, morreu na noite desta segunda-feira (16), no Rio de Janeiro, por conta de um quadro de insuficiência cardiorrespiratória. Ela estava internada desde sexta-feira (13), data em que completou 97 anos, no Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI) da Coordenação de Emergência Regional (CER), no Leblon, na Zona Sul da cidade.

Conhecida como a “Grande Dama do Samba”, ela nasceu em família de amantes da música popular e enfrentou o preconceito por ser mulher e sambista. Seu maior sucesso é “Sonho meu”, música que estourou nas paradas de sucesso com Maria Bethânia e Gal Costa.

Dona Ivone Lara nasceu em 13 de abril de 1921, na Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Foi a primeira filha da união entre a costureira Emerentina Bento da Silva e José da Silva Lara. Paralelamente ao trabalho, ambos tinham intensa vida musical: ele era violonista de sete cordas e desfilava no Bloco dos Africanos; ela era ótima cantora e emprestava sua voz de soprano a ranchos carnavalescos tradicionais do Rio, como o Flor do Abacate e o Ameno Resedá – nos quais Seu José também se apresentava.

Formada em Enfermagem e Serviço Social, com especialização em Terapia Ocupacional, Ivone Lara foi uma profissional na área até se aposentar em 1977.




A National Geographic buscou marcas de racismo em seu passado. O que encontrou?

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Capa de Abril 2018 - Nexus
A revista americana convidou um historiador para analisar criticamente o conteúdo publicado por ela desde sua criação em 1888 Não é difícil reconhecer uma capa de revista da National Geographic. 

Como é de praxe, há bordas amarelas enquadrando uma foto marcante. Nas páginas internas, relatos e imagens de lugares incríveis do mundo, por vezes retratando uma cultura desconhecida da maior parte do seu público leitor, urbano e ocidental. Há 130 anos a revista, com sede na capital federal dos Estados Unidos, cumpre essa tarefa: a de apresentar o mundo a seus leitores. O modo como isso foi feito no passado para o país – de histórico escravocrata até o século 19 e segregacionista até meados do século 20 –, no entanto, está sendo alvo de escrutínio pela própria revista na sua edição de abril, que marca os 50 anos da morte do ativista que é símbolo da luta por direitos civis, Martin Luther King Jr. e, por isso, o início de uma série de reportagens da revista sobre raça e racismo que se estenderão até o fim do ano.

Para isso, a revista convidou um professor de história e fotografia africana da Universidade de Virginia chamado John Edwin Mason. Seu objetivo era apontar todos os traços de racismo presentes nas edições da revista diante do contexto histórico em que se deram. À frente da iniciativa está a atual editora da National Geographic, Susan Goldberg. Embora seja a 10ª a ocupar o cargo desde a criação da revista em 1888 pela Sociedade Nacional de Geografia americana, a jornalista é a primeira mulher e a primeira judia no posto. “Dois grupos que também foram discriminados por aqui”, escreveu ela no editorial desta edição especial, intitulado “Por décadas, nossa cobertura foi racista. Para superar nosso passado, precisamos reconhecer isso” - em tradução livre. 

“Dói compartilhar tais reportagens terríveis feitas no passado pela revista. Mas quando decidimos dedicar nossa edição de abril ao tema da raça, pensamos que deveríamos examinar nossa própria história antes de dedicar nosso olhar jornalístico a outras”. 
(Susan Goldeberg Editora da National Geographic)

Selvagens, burros e clichês

De acordo com o professor John Edwin Mason, pelo menos até a década de 1970, a revista reproduziu em texto e imagens “uma hierarquia racial com pessoas pretas e pardas na base, e pessoas brancas no topo”. “A fotografia, como as matérias, não simplesmente enfatizavam a diferença, mas tornavam a diferença algo muito exótico, estranho, e a manifestava como algo hierárquico”, disse o historiador à rádio NPR. “O que Mason descobriu em resumo é que até 1970, a National Geographic ignorou as pessoas negras que viviam nos EUA e raramente as reconheceu como algo além de trabalhadores ou empregados domésticos”, disse Goldberg.

Leia a matéria completa no site de origem: 

A Vida Está Esperando...

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Referendo e Resistência no Sara Ocidental.

A vida está esperando: o referendo e a resistência no Sara Ocidental está sendo selecionado em festivais de cinema em todo o mundo. Para obter mais informações sobre exibições futuras e futuras, clique aqui.

A maioria das pessoas pensa que o colonialismo na África acabou. 

Mas no território do Sara Ocidental, o fim do domínio europeu só deu lugar a uma nova ocupação, desta vez por Marrocos. Mais de quatro décadas depois, o mundo continua a olhar para o outro lado, enquanto o povo saharaui enfrenta prisões, tortura e desaparecimentos por exigir sua independência.

Life Is Waiting , um novo filme do diretor Iara Lee, narra essa luta. O que será necessário para o povo do Sahara Ocidental reverter décadas de promessas quebradas e ganhar a liberdade? Quais são as lições que a resistência saharaui oferece para movimentos não-violentos em todo o mundo? Em Life Is Waiting , junte-se a um elenco incrível de ativistas saharauis e artistas, pois eles oferecem suas respostas.

Você até pode estudar. Mas da Senzala, eles não te deixarão passar!

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Porque quem julga é a Casa Grande.

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Cotas: candidatos ao Itamaraty serão ouvidos.

Os seis candidatos aprovados no concurso para diplomata do Ministério das Relações Exteriores (MRE) pelo sistema de cotas e tiveram a aprovação contestada e só poderão participar do curso de formação no ano que vem. Isso se a Justiça acatar a defesa, que terão de apresentar no prazo máximo de 15 dias, e não aceitar a contestação que o Ministério Público Federal (MPF) poderá fazer depois dos argumentos apresentados pelos aprovados.

A decisão de ouvir as partes foi tomada ontem em audiência na 22ª Vara Federal e a próxima ocorrerá em 14 de março. “Como o processo ainda está em andamento, não vai dar tempo de participarem da próxima fase da seleção”, explicou a procuradora Anna Carolina Resende Maia Garcia, autora da ação civil pública que pediu a suspensão de nomeação, posse e participação no curso dos concorrentes que não preenchem os requisitos da Lei 12.990/2014.

Dados estatísticos apontam que no Brasil, 55% das pessoas definem raça por meio da cor da pele, enquanto apenas 13%, em razão da origem familiar, segundo Anna Carolina. Para Frei David Santos, da Ong Educafro, os negros que deveriam ocupar as vagas agora questionadas são os mais injustiçados. “Com a demora, eles, os discriminados a vida toda, não serão empossados tão cedo. Em 40 anos de militância, nunca vi um pardo de pele clara pedir ajuda ou alegar ter sido discriminado, justamente porque é a cor da pele o determinante nessas situações de racismo”.


O embaixador Benedicto Fonseca Filho, um dos responsáveis pela Comissão de Verificação de Cotas do Itamaraty, destacou que há dados incorretos apresentados pelo MPF. “Na ação é citado que não houve consenso. Mas nós atuamos em consenso, de acordo com a lei e em obediência à tese do fenótipo (aparência)”, garantiu. Há 30 anos no MRE e o primeiro negro a ocupar o cargo de embaixador, ele ficou “chateado porque não foi considerado relevante o papel da comissão”.

Autoridades comprometidas com a causa do negro no país compareceram à audiência, como os professores Mario Theodoro, Nelson Inocêncio e Joaze Bernardino Costa, da Universidade de Brasília (UnB), Ivan Siqueira, presidente em exercício do Conselho Nacional de Educação (CNE), e Renata Parreira, da Coordenação de Educação em Diversidade, da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Nenhum dos candidatos quis se manifestar sobre a decisão.

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Com informações do BLOG do ServidorPublicado, Correio Braziliense.

(Re)Significa

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Artista de Londrina ressignifica retratos de negros do século 19.

"Fiquei pensando como seria a vida dessas pessoas se elas não estivessem em estado de escravidão".

Luiza Braga

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A musicista, artista e designer Luiza Braga é a autora do projeto (Re)Significa, lançado dia 9 de dezembro em Londrina, norte do Paraná. Trata-se de uma coleção de arte cujas peças são constituídas por intervenções coloridas e visuais em retratos de negros do século 19. Inicialmente, são 10 trabalhos lançados, com fotografias de jovens, idosos e mulheres.

“Me deparei com um catálogo fotográfico de domínio público sobre negros e negras, onde eram retratados como ‘tipos’, como ‘escrava da Bahia’, ‘escravo de Pernambuco’ ‘negra doméstica’, sem quaisquer outras informações. Claro que não eram pessoas conhecidas, mas essa falta de profundidade me incomodou muito”, conta Luiza.

De acordo com a artista, o projeto fortalece a narrativa dos negros e das minorias em geral, na medida em que ressignifica e dá outro sentido para esses retratos. “Nós, como indivíduos negros, como povo, temos muito mais profundidade. Muito mais história do que contam. Precisamos dar foco a essas histórias que estão ao nosso redor, às narrativas das nossas comunidades, seus hábitos e vivências. Ressignificar para fora, mostrando toda a profundidade que vem de dentro”, completa Braga.

Projeto (Re)Significa tem dez peças disponíveis na internet.



O Feminino e o Negro

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Bibliotecária cria livraria especializada em protagonismo feminino negro.

Loja virtual e itinerante Africanidades, de Ketty Valêncio, amplia acesso à literatura feita por mulheres negras e reúne quase 80 títulos, entre eles, obras de autoras independentes

'Sentia uma angústia por ser mulher negra. Esta angústia foi motivada pela ausência de representatividade negra'


A bibliotecária Ketty Valêncio, que mora na zona norte de São Paulo, decidiu investir em um negócio e numa causa. Ela acaba de lançar a livraria virtual e itinerante Africanidades, especializada em autoras negras. Sua intenção é promover o protagonismo das mulheres negras na literatura mundial. Além de títulos de autoras conhecidas como Angela Davis, Alice Walker, Teresa Cárdena e Edwidge Danticat, a livraria tem obras de escritoras independentes, pouco conhecidas e/ou pouco acessadas.

“A ideia de criar a livraria veio da minha própria história de vida. Sentia uma angústia por ser uma mulher negra. Esta angústia foi motivada pela ausência de representatividade negra em todos os espaços de saberes que circulei, isso sem comentar a diminuição de pessoas afrodescendentes como estudantes no decorrer do tempo. Na escola, não aprendemos a literatura negra de homens ou mulheres. Na faculdade, também não. E a literatura reporta ainda mais a realidade que não aprendemos e colocamos a menina como protagonista da própria história ao ser uma criadora”, afirma Ketty, que também é pesquisadora pós-graduada em gênero e diversidade sexual, com um MBA em Bens Culturais: Cultura, Gestão e Economia.

Entre os quase 80 títulos disponíveis na loja, estão obras de Antonieta de Barros, Bell Hooks, Futhi Ntshingila, Jarid Arraes, Maria Firmina, Noémia de Sousa, Virgínia Bicudo, entre outras autoras. 

Por enquanto, a livraria divide as obras em 11 sessões: Ciências Sociais, feminismo, ficção, não-ficção, obras de referência, quadrinhos, poesia, religião, infanto-juvenil, biografias e artes, tudo voltado à cultura negra.

Para saber como e onde comprar, visite o site Africanidades.

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Da RBA)))

"Quem fica na memória de alguém não morre"

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Celebre uma história com cinco princípios e um fim.

Defensor incansável da democracia e da participação cidadã, Herbert de Souza, o Betinho, inspirou e liderou muitas campanhas e iniciativas que conseguiram mobilizar milhares de pessoas e provocar mudanças concretas na sociedade.

Ele acreditava que a democracia tem como fundamento cinco princípios – igualdade, diversidade, participação, solidariedade e liberdade – e que se realiza pela força dos cidadãos conscientes e mobilizados. 

“Quando o cidadão descobre que ele é o princípio do que existe e pode existir com sua participação, começa a surgir a democracia”, afirmava.

O COEP e a Coppe/UFRJ acreditam que a melhor maneira de homenagear Betinho, no ano em que se completam 20 anos de sua morte, é celebrar sua história e manter viva sua luta, mobilizando as pessoas para que cada um faça sua parte e participe das mudanças necessárias para alcançarmos um Brasil mais justo e solidário. 

E é com esta proposta que lançam este site e o Prêmio Betinho Imagens de Cidadania.



Dia Mundial do Refugiado tem eventos em SP, Rio e Brasília a partir de sábado

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A Agência da ONU para Refugiados (Acnur) promove uma série de atividades nas três principais capitais do país.

O Dia Mundial do Refugiado é comemorado na terça-feira (20). Para marcar a data, a Agência da ONU para Refugiados (Acnur) promove uma agenda de atividades que começa no sábado (17). Fazem parte dos eventos feiras culturais, mostras de cinema e seminários, além da divulgação do relatório "Tendências Globais – Deslocamentos Forçados em 2016". As cidades que recebem as iniciativas são São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

"Espero que não vejam o refugiado e a refugiada apenas como vítimas de atrocidades, mas também como pessoas que contribuem para o desenvolvimento da sociedade", disse a representante da Acnur no Brasil, Isabel Marquez, sobre a importância das iniciativas. O evento de abertura das comemorações se realiza em Brasília, com a iniciativa MigrArte, que já está em sua segunda edição no Brasil e conta com obras de cinema, música e gastronomia.

O MigrArte possui entrada gratuita e ocupará o Museu Nacional da capital, próximo à Rodoviária do Plano Piloto. "É um evento de realização colaborativa que envolve cinema, música, artes e gastronomia com a aposta de envolver os participantes em uma experiência de celebração intercultural. E claro, despertar nas pessoas o amor pela causa do refúgio e das migrações", afirma a organização.

O evento principal da Acnur, que se divide entre as três cidades, é a mostra internacional de cinema "Olhares sobre o Refúgio". A mostra ultrapassa as comemorações do Dia Mundial do Refugiado, já tendo sido exibida em Curitiba e Porto Alegre. Em Brasília, a MigrArte serve de locação para a exibição do festival. No Rio de Janeiro, a mostra já está em cartaz desde o dia 6 deste mês e segue até o dia 27 de junho, no Espaço Cultura Oi Futuro, no bairro do Flamengo. Já a capital paulista recebe a mostra entre os dias 22 e 27, no CineSesc, na Cerqueira César.

"O mundo vive uma situação muito difícil em relação aos refugiados, e nós não poderíamos deixar de fazer algo a respeito. Nosso caminho, como instituto cultural, é olhar para esse tema tão importante através da arte", disse o diretor de cultura do Oi Futuro, Roberto Guimarães. Passam pelo festival obras nacionais, como o longa "Era o hotel Cambridge", da cineasta Eliane Caffé, e estrangeiras, como a produção "Estou com a Noiva", produção italo-palestina dirigida por Antonio Augugliaro, Gabriele Del Grande e Khaled Soliman Al Nassiry.

A programação completa pode ser acessada pelo site da Acnur e pelo evento MigrArte, no facebook.
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Em tempos de negociatas com o Dono da Carne Gorda

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A carne mais barata do mercado continua sendo a carne negra.

Que vai de graça pro presídio
E para debaixo de plástico
Que vai de graça pro subemprego
E pros hospitais psiquiátricos
A carne mais barata do mercado é a carne negra

Que fez e faz história
Segurando esse país no braço
O cabra aqui não se sente revoltado
Porque o revólver já está engatilhado

E o vingador é lento
Mas muito bem intencionado
E esse país
Vai deixando todo mundo preto
E o cabelo esticado...


Considerada “a melhor cantora do milênio” pela BBC, descrita como “uma mistura explosiva de Tina Turner e Celia Cruz” pela Time Out, e conhecida no mundo todo como A Rainha do Samba. Nascida na favela da Moça Bonita, passava a infância “rodando pião e brigando com os meninos”. Casou pela primeira vez aos 12 anos, teve seu primeiro filho aos 13, ficou viúva aos 21, e se tornou sensação internacional aos 30. Elza Soares não é apenas um ícone como artista, é também um ícone como pessoa, e um exemplo de superação.


Uneafro Brasil

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Uneafro Brasil promove campanha de financiamento coletivo.

A Uneafro (União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora) iniciou uma campanha de financiamento coletivo para continuar suas atividades de promoção da educação e formação de jovens. Os valores arrecadados servirão para custear bolsas dos estudantes no cursinho e auxiliarão na manutenção do funcionamento da instituição.

A organização já existe há quase uma década e conta com 30 cursinhos populares comunitários, 350 professores solidários e mais de 15 mil participantes. O coletivo defende a tese de responsabilização e cobrança do Estado pelas mazelas do povo brasileiro, em especial negros, e luta pela ampliação de Ações Afirmativas.

"Um dos nossos impasses é a garantia de material didático para esses jovens, seria interessante se a gente pudesse uniformizar o conteúdo e ter um material próprio da Uneafro que já tem praticamente 10 anos de luta", explica a Rosângela Cristina Martins coordenadora do Núcleo Tereza de Benguela.  

Débora Dias dos Santos, ex-aluna da Uneafro e hoje estudante de ciências sociais da Unifesp, afirma que a experiência no cursinho foi fundamental para a sua formação. Para além de ter garantido sua vaga em uma universidade pública, Dias relata que a organização foi essencial para reconhecer sua negritude bem como entender a importância da ocupação e resistência dentro do espaço acadêmico. "Sem eles eu não estaria aqui", conta.

As universidades ainda são majoritariamente ocupadas por pessoas brancas. Em 2015 apenas 12,8% dos negros entre 18 e 24 anos chegaram ao nível superior, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Lançamento do álbum Buena Vista Social Club completa 20 anos

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Disco foi responsável pela fama internacional dos músicos cubanos veteranos


(Capa do primeiro disco do Buena Vista Social Club / Reprodução)

Há 20 anos o produtor musical estadunidense Ry Cooder e o músico cubano Juan de Marcos González ressuscitavam a produção dos músicos cubanos vanguardistas que tocavam no clube Buena Vista Social Club, em Havana, fechado na década de 1950.


Com o lançamento do álbum homônimo, gravado durante apenas seis dias em março de 1996 e lançado em setembro de 1997, foi formado um grupo de artistas já idosos e que, na sua maioria, haviam caído no esquecimento público.

Foram envolvidos no projeto os cantores Ibrahim Ferrer e Compay Segundo, o pianista Rubén González, o violinista Eliades Ochoa, o alaudista Barbarito Torres e a cantora Omara Portuondo. O grupo ganhou fama internacional.

Hassan Fathy, o arquiteto dos pobres

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Há 117 anos nascia Hassan Fathy, o arquiteto dos pobres.

Egípcio foi responsável por recuperar diversas técnicas tradicionais de construção


Imagem: Mesquita em Kurna, na cidade egípcia de Luxor, projetada por Hassan Fathy / Marc Ryckaert.
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Hassan Fathy nasceu no dia 23 de março de 1900 em Alexandria, no Egito. Foi poeta, músico, engenheiro, dramaturgo e inventor, mas suas contribuições mais reconhecidas foram como arquiteto. Fathy contribuiu na recuperação do uso do tijolo de barro ou adobe, produzindo uma tecnologia adequada às possibilidades das pessoas no Egito, seu país.

O arquiteto começou a estudar as técnicas de construção rural de sua região ao rejeitar o processo de industrialização da construção. Fathy levava em conta as condições climáticas em suas construções. Assim, incorporou paredes densas de tijolo e pátios internos para manter temperaturas refrescantes.

Ele fez cerca de 160 projetos arquitetônicos, incluindo vilarejos completos com postos policiais, bombeiros, serviços de saúde, escolas, teatros, locais de culto e recreação. Utilizou métodos e materiais de construção antigos, bem como o conhecimento da situação econômica rural egípcia da época. 

Formado como arquiteto em 1926, na Universidade do Rei Fuad I, projetou seus primeiros prédios de tijolo de barro no final da década de 30.

O arquiteto treinou os habitantes das zonas rurais para fazerem seus próprios materiais e construírem seus próprios prédios. Ele também resgatou técnicas tradicionais de energia natural de outros países, inspirando-se em grandes projetos no Iraque e Paquistão.

Para Fathy, a questão da moradia, principalmente para os camponeses em situação de pobreza extrema, não passava por fazer casas pré fabricadas, mas sim na recuperação de técnicas artesanais.

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Mosaico Cultural
Radioagência Brasil de Fato/São Paulo.

"E lá tem negros, na capital do Rio Grande do Sul?"

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Colônia Africana: como começou a remoção dos negros para a periferia de Porto Alegre
Dentro da capital do Rio Grande do Sul, o racismo está evidente em aspectos históricos da própria formação da cidade como conhecemos hoje. A remoção da população negra é um exemplo.

Sul 21 – "E lá tem negros, na capital do Rio Grande do Sul?". A pergunta que norteia a análise do pesquisador Marcus Vinicius de Freitas Rosa sobre racismo em Porto Alegre tem razão de ser. Brasileiros aprendem na escola (e com a ajuda do senso comum) a estabelecer uma forte associação entre o Estado e a presença de imigrantes europeus. Essa imagem de região "embranquecida" e "europeizada" é reforçada, ainda hoje, em reportagens dedicadas a noticiar ao restante do País o "rigoroso inverno" e as ocasionais "nevascas" sulinas. Retratado dessa forma, o Rio Grande do Sul – europeu, frio e distante – se contrapõe à imagem de um Brasil tropical e mestiço. 

Dentro de Porto Alegre, o racismo está evidente em aspectos históricos da própria formação da cidade como conhecemos hoje. Um exemplo é a remoção da população negra para áreas mais afastadas do reduto central. O Bairro Colônia Africana surgiu no final do século XIX como uma junção de territórios ocupados por populações oriundas do antigo sistema escravista. Mas muitas pessoas só ouviram falar dessa região como Bairro Rio Branco. O nome não vem em vão: após uma gradual invasão de imigrantes, a prefeitura concedeu, em 1959, o "branqueamento" nominal definitivo. Por sinal, a cargo de curiosidade, se você digitar "Colônia Africana" no buscador do Google, todas as opções abaixo corrigem o termo para "Bairro Rio Branco".

"A formação da Colônia se deu com a desagregação de uma sociedade que só via o negro como posse", explica Marcus. Naquela época, o que não era o Centro era considerado periferia. Em um espaço rural e bucólico, libertos encontraram oportunidade de se fixar em uma comunidade que lhes pertencesse. Segundo o pesquisador, assim, começou a se desenvolver uma sociedade peculiar, livre dos padrões tradicionais.


Comunidade do não-pertencimento

A Previdência Social e a sociedade dos Mabecos

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Os Mabecos, também conhecidos como cães selvagens africanos, vivem em matilhas de até 60 a 70 cães. Caçam mamíferos bem maiores que eles em ação conjunta, perseguindo as presas por dezenas de quilômetros. Deixam seus filhotes nas suas tocas sob a guarda de alguns adultos, em geral mais velhos ou por alguma razão incapacitados para correr por longas distâncias. Ao abater suas vítimas, comem o que podem e armazenam nos seus estômagos carne para ser regurgitada na volta para a toca para alimentar as crias e os adultos que ficaram montando guarda. Quando algum adulto se fere ou adoece, ou por qualquer outra razão está incapacitado para caçar, é alimentado pela matilha até que se recupere sem que se lhe pergunte sobre contribuição ou idade. Seu sistema previdenciário funciona em regime de partilha solidária.


Quando os Constituintes de 1988 idealizaram o sistema de seguridade social brasileiro, previram fontes de financiamento de natureza diversa. As contribuições previdenciárias sobre a folha de pagamento de salários acrescentaram contribuições de natureza fiscal como a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), o Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade), bem como a receita de loterias. O conjunto destas receitas em 2015 corresponderam a cerca de 700 bilhões de reais para gastos totais da seguridade social de 688 bilhões. Só que desde os anos 90, governo FHC, parte dos recursos destinados à Seguridade Social são desvinculados por emenda constitucional, a DRU (Desvinculação das Receitas da União), sempre com prazo determinado e sempre renovado pelos sucessivos governos. Até 2016 a DRU podia atingir até 20% das receitas. O governo de fato aprovou em 2016 a prorrogação da DRU até 2023, aumentando de 20 para 30% o valor que pode ser destinado a outros fins. Assim se fabrica um déficit. Em 2015, dos 700 bilhões arrecadados 66 bilhões foram efetivamente desvinculados transformando um superávit de 18 bilhões em déficit de 48 bilhões.

Havia Um Limite no Oscar

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Que, agora, Viola Davis quebrou.

Ela é a 1ª negra a ganhar a "tríplice coroa da atuação": Oscar, Emmy e Tony.

Portanto, Viola faz parte de um grupo restrito que inclui Jessica Lange, Helen Mirren, Al Pacino e Ingrid Bergman.

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Quando Viola Davis subiu ao palco do 89º Academy Awards no domingo (26) para receber seu Oscar de melhor atriz coadjuvante, ela também passou a fazer parte de um dos clubes de atuação mais prestigiados do mundo. Ela é a primeira mulher negra a alcançar este feito.

Com o reconhecimento de seu trabalho no filme "Um Limite Entre Nós" (do título original "Fences", de 2016), ela se tornou a 23ª pessoa a obter a "tríplice coroa" de atuação, que é o termo usado para descrever atores e atrizes que ganham o prêmio de atuação pelo Oscar, pelo Emmy e pelo Tony.

Em 2015, Davis ganhou um Emmy de Melhor Atriz Principal na categoria "Série de Drama" por seu trabalho em "How to Get Away with Murder". Anteriormente, a atriz ganhou dois prêmios Tony: o primeiro em 2001, por seu trabalho em "King Hedley II", e o segundo em 2010, por sua atuação na versão da Broadway de "Um Limite Entre Nós" (Fences).

Davis se junta a um grupo de atuação que inclui lendas como Jessica Lange, Helen Mirren, Al Pacino e Ingrid Bergman.

Vale ressaltar que que Whoopi Goldberg, também negra, tem uma "tríplice coroa". Mas seu prêmio Tony não é pela atuação mas pela produção do musical da Broadway “Thoroughly Modern Millie”.

Notícia de pouca relevância para a mídia tupiniquim, que só se importa em noticiar a gafe do envelope na premiação do melhor filme de 2017, como se fosse a coisa mais importante do evento.

E a Massa, agindo como massa de manobra, não se vê refletida na Viola e compra a notícia como importante.

Triste realidade...

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Com informações do Huffington Post e Brasil de Fato

“Pare o mundo que eu quero descer”

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Renato Russo: “Vamos festejar a inveja, a intolerância e a incompreensão. Vamos festejar a violência e esquecer a nossa gente, que trabalhou honestamente a vida inteira e agora não tem mais direito a nada. Vamos celebrar a aberração de toda a nossa falta de bom senso. Nosso descaso por educação”.
* * *
Marquês de Maricá: “A opinião que domina é sempre intolerante, ainda quando se recomenda por muito liberal”.

* * *
Viva o ódio! (?). Abaixo a tolerância! (?)

Não, não é de hoje que o ódio e a intolerância estão presentes no mundo, na convivência (ou falta dela) entre adversários… ou melhor, inimigos.

Basta lembrar os anos 1930, quando o nazismo e o fascismo se tornaram poderosos na Europa, e por aqui os galinhas verdes, quer dizer, os integralistas, seguiam seus passos.

Parece que estamos voltando a aquele tempo, não?

Dá para lembrar uma frase que se tornou comum há décadas: “Pare o mundo que eu quero descer”, que virou mote de uma música de Raul Seixas.

Sobre o tema, algumas Frases Dissonantes
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Denis Diderot: “Há homens cujo ódio nos glorifica”.
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Dom Xiquote: “Odiar é mais nobre e digno que amar: prova é que ocultamos o mais possível os nossos amores, ao passo que damos a máxima publicidade aos nossos ódios.
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Albino Forjaz de Sampaio: “O ódio dá mais prazeres que o amor”.
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Arthur Schopenhauer: “A intolerância é intrínseca apenas ao monoteísmo: um deus único é, por natureza, um deus ciumento, que não tolera nenhum outro além dele mesmo”.
* * *
Charles Bukowski: “Tenho uns poemas que eu sei que aumentarão o ódio.
É bom ter hostilidade, mantém a cabeça relaxada”.
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Bukowski, de novo: “Não, eu não odeio as pessoas. Só prefiro quando elas não estão por perto”.
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Charles Chaplin: “Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror”.
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Ditado popular: “Um poder odioso não pode ser duradouro”.
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Millôr Fernandes: “Você pode desconfiar de uma admiração, mas não de um ódio. O ódio é sempre sincero”.
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Clarice Lispector: “O tédio é de uma felicidade primária demais! E é por isso que me é intolerável o paraíso”.
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Lógica impecável

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Bom, aí vai uma historinha contada pelo Barão de Itararé. 

Wendel Phillips, famoso líder abolicionista americano, viajou certa vez de trem por Ohio e encontrou-se no carro com um grupo de ministros da Igreja protestante em regresso de uma convenção. Um ministro do Sul, obviamente hostil a Phillips por causa das ideias abolicionistas deste, começou a conversa:

– O senhor é Wendel Phillips, não é?

– Sou, sim, senhor.

– O senhor é o homem que pretende libertar os negros?

– Sim, senhor.

– Então por que prega por aqui, em vez de ir para Kentucky, onde estão os negros?

Phillips silenciou por um momento. Depois disse:

– O senhor é ministro, não é?

– Sim, sim, senhor.

– E o senhor pretende salvar as almas do fogo do inferno, não é?

– Pretendo, sim, senhor.

– Então – prosseguiu Phillips com sua lógica impecável –, por que o senhor não vai para o inferno?

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Mouzar Benedito, jornalista.
Colaborador do Blog da Boitempo

A teimosia e o direito de sonhar sonhos aparentemente impossíveis

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Em janeiro celebramos a memória de Martin-Luther King.

Enquanto vivia, a grande mídia norte-americana tentou destruí-lo. Depois que foi assassinado, fez dele um herói

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Um dos problemas mais sérios do mundo atual é que a sociedade dominante se tornou tão forte e, de tal forma, a todos impõe os seus valores que rouba das pessoas até o direito de sonhar. A sociedade do shopping cria fantasias de consumo que parecem sonhos, mas não têm a consistência de projetos de vida. As pessoas se preparam para ganhar mais ou ter sucesso na vida mas poucas pensam para que empreender toda essa luta. E a juventude que tem todo o direito de, através do conhecimento, se apossar da história e do pensamento dos grandes sonhos da humanidade. A educação não pode ser fragmentada e esfacelada, como manda o projeto criminoso do atual governo brasileiro.

No mundo inteiro, nesse próximo final de semana, as pessoas que trabalham pela paz entre os povos e pela igualdade entre os seres humanos celebram a memória do pastor negro Martin-Luther King.  No começo dos anos 60, nos Estados Unidos, o pastor King coordenava a luta da população negra pela igualdade social e por seus direitos civis. Enquanto ele vivia, a grande mídia norte-americana tentou destruí-lo de todos os modos possíveis. Depois que ele foi assassinado, fez dele um herói. O dia do aniversário de seu nascimento, 15 de janeiro, foi consagrado como feriado nacional, celebrado sempre na terça segunda feira de janeiro.

Mais de 50 anos depois dessa vitória legal do povo negro, tanto nos Estados Unidos, como na maioria dos países do mundo, a humanidade ainda não eliminou o apartheid social e econômico. Na América Latina, quase sempre, ser negro é sinônimo de ser pobre. A África do Sul superou o apartheid político, mas mantém uma imensa desigualdade racial, baseada na divisão econômica. Com relação a isso, ainda ressoam as palavras do pastor Martin-Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons. 

September 77, Biko!

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Steve Biko, 70 anos.

"A arma mais potente nas mãos do opressor é a mente do opressor".

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No domingo, dia 18, o líder estudantil e ativista anti-apartheid da África do Sul, Steve Biko, faria 70 anos. 

Biko nasceu em King Willam, na África do Sul, e ficou conhecido mundialmente por sua atuação como ativista do movimento anti-apartheid no seu país, durante a década de 1960. Após ser preso em 6 de setembro de 1977, morreu, seis dias depois, por conseqüência de torturas, enquanto era levado por policiais a um hospital a 1200 km da cidade onde se encontrava, Port Elizabeth. 

A história de Steve Biko, um dos principais idealizadores do movimento de Consciência Negra, foi contada livro Vida e Morte de Steve Biko, do jornalista e seu amigo, Donald Woods. Em 1987 o livro foi usado como base para o filme Um Grito de  Liberdade (Cry Freedom) , dirigido por Richard Attenborough e tendo Denzel Washington no papel do protagonista.

Algumas imagens do filme estão no vídeo (abaixo) da extraordinária música Biko, de Peter Gabriel, que faz parte da trilha sonora.

"September ’77
Port Elizabeth weather fine
It was business as usual
In police room 619"

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