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Estado cria ilusão de que, se você é pobre, a culpa é sua

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Eu, Daniel Blake.

Ken Loach: Estado cria ilusão de que, se você é pobre, a culpa é sua.

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O filme Eu, Daniel Blake, que estreia nesta quinta-feira nos cinemas do Brasil, é a história de um homem bom abandonado por um sistema mau. Um trabalhador honrado sofre um ataque do coração que o condena ao repouso. Sem renda, solicita apoio do Estado e se vê enroscado em uma cruel espiral burocrática. Esperas absurdas ao telefone, entrevistas humilhantes, formulários estúpidos, funcionários desprovidos de empatia por causa do sistema. Kafka nos anos de austeridade.

Nessa espiral desumanizadora Daniel encontra Katie, mãe solteira de dois filhos, obrigada a se mudar para Newcastle porque o sistema diz que não há lugar para alojá-los em Londres, uma cidade com 10.000 moradias vazias. Daniel se torna um pai para Katie e um avô para as crianças. A humanidade que demonstram realça a indignidade do monstro que os condena. Aí está, como terão reconhecido seus fiéis, o toque de Ken Loach..

Seu cinema sempre esteve do lado dos menos favorecidos e, aos 80 anos, a realidade continua lhe dando argumentos para permanecer atrás das câmeras. Eu, Daniel Blake, Palma de Ouro no último festival de Cannes (a segunda de Loach), é um filme espartano. Não precisa de piruetas para comover. A história foi escrita pelo amigo e roteirista Paul Laverty, depois de percorrer bancos de alimentos, centros de emprego e outros cenários trágicos do Reino Unido de hoje, onde conheceu muitos daniels e katies. A realidade de Loach (Nuneaton, 1936) está lá fora para quem quiser vê-la. Mas, em um mundo imune aos dados, a emoção que o cineasta mobiliza para contar essa realidade se revela mais valiosa que nunca. Recebeu o EL PAÍS em seu escritório no Soho londrino.

1903: Primeiro faroeste no cinema

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O inventor americano Thomas Alva Edison foi o primeiro a fazer experimentos com imagens em movimento. Na Europa, os irmãos Auguste e Louis Lumière criaram a câmera de vídeo e, em dezembro de 1895, promoveram a primeira sessão pública, em Paris, com a exibição de dez filmes. A sucessão de imagens projetadas na tela contava histórias: era o nascimento do cinema.

Por serem mudos, os primeiros filmes podiam ser vistos em qualquer parte do mundo. Em pouco tempo, a invenção europeia conquistou o Novo Mundo.

Enredo rudimentar

As cópias eram feitas no laboratório de Thomas Edison, onde trabalhava um certo Edwin S. Porter. O assistente de laboratório sabia editar fitas e manejar câmeras. Além disso, e o mais importante, possuía talento. Sua ambição era produzir um filme próprio, um filme norte-americano. No começo de dezembro de 1903, estreou, então, The Great Train Robbery (O Grande Roubo do Trem).

Sabine Gottgetreu, do Instituto de Ciências de Teatro, Cinema e Televisão de Colônia, conta que o filme tem entre nove e onze minutos, dependendo da versão. Apesar de rudimentar, narra uma história.

Porter retratou um acontecimento que todo americano podia entender naquela época. A ferrovia, que estava se instalando de leste a oeste do país, era uma questão de honra dos Estados Unidos no final do século 19. Não só transportava tudo o que fosse importante, mas também era o alvo preferido dos gângsteres. Ladrões como Jesse James, Sam Bass e Bill Doolin foram os personagens da história criminal na década de 1870.

"Happy end"

Agora, o público podia ver o que antes lia no jornal. Um bando de ladrões domina um chefe de estação, para o trem, rouba os passageiros e some. Mas não podia faltar um final feliz. A gangue foi cercada num bosque e presa.

Já nos seus primórdios, o faroeste incluiu personagens e elementos inconfundíveis: caubóis, cavalos, mulheres de saloon e muita natureza. Os nomes dos atores deste novo gênero que aí se iniciou, entretanto, não foram mais resgatados, pois o filme não tinha legenda nem caracteres. O cinema em si fascinava tanto que não precisava de estrelas, conclui Sabine Gottgetreu.

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Fonte: Ópera Mundi

O Nascimento de uma Nação

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Com certeza, a grande maioria dos brasileiros não conhece o significado deste termo. Não conhece e não dá a devida importância. Deveriam. Se dessem, talvez compreendessem melhor muitas coisas que os atingem diretamente, mesmo nos dias atuais. Até porque, os acontecimentos que levaram à criação da “grande Nação” em questão, continuam atuais hoje em dia. A diferença é que hoje, as armas utilizadas são: A manipulação do voto, a indução à chamada parcialidade da mídia, ao consumo desenfreado, ao fundamentalismo religioso, ao preconceito racial e étnico, e a opressão das mulheres. Já que o feminicídio e a violência sexual continuam igual. 

Todas as “grandes” nações brancas nasceram a partir da submissão econômica, humana, material, cultural e ancestral de uma outra. Todas grandes nações, de uma forma ou de outra, escravizam ou escravizaram outras nações. Foi, e continua sendo assim. Seja na Europa ou América do Norte, em relação à África e à América Latino Americana. É o que nos revela o filme o Nascimento de Uma Grande Nação - em cartaz -, baseado em uma história real.

Nat Turner, um escravo americano do Norte, letrado e pregador, é usado pelo seu proprietário Samuel Turner para acalmar os escravos rebeldes. Depois de testemunhar inúmeras atrocidades, no entanto, ele decide elaborar um plano e liderar o movimento de libertação do seu povo. Como “arma” Net usa a Bíblia. Não a Bíblia fantasiosa dos fundamentalistas religiosos que só prega a existência de um Deus de Amor. Net lê e relê o “Livro Sagrado” e descobre a outra face. A do Deus da Ira que afirma:



- “Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a Terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão” (Lucas 12, 51-52).

- “Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas a espada” (Mateus 10, 34-35).

O final da história é surpreendente, mas não único.

Recomendo.

É um soco no estomago dos homens brancos, conservadores, intolerantes e preconceituosos, que elegeram Trump nos Estados Unidos, e os do Parlamento brasileiro que ajudaram a dar o Golpe e estão ajudando a retirar os direitos sociais dos escravos modernos, do Brasil. E de quebra, negam a história exatamente como ela aconteceu.

O pensamento Decolonial e a questão Étnico-racial no mundo

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O V SERNEGRA está a todo vapor.

No dia de hoje eu tive o prazer de ouvir a palestra da professora americana Patricia Hill Collins (foto), sobre a Decolonialidade e o Antirracismo, também nos USA.

Confesso que aprendi muito. Até porque a Collins abordou o processo eleitoral dos Estados Unidos da América do Norte e suas consequências para os afrodescendentes, latinos, negros, mulheres, comunidades LGBT’s e etnias de todos os cantos do mundo. Em suma: o que significa efetivamente a eleição do D.T. ?

- Ela não pronuncia o nome dele completo. Não consegue, tamanha a sua indignação.

Sim, porque as consequências negativas não se restringirão apenas aos norte-americanos, nativos ou não.

Bem, diante desta importante oportunidade de participar deste evento, resolvi, por questão de tempo, só voltar a publicar no Travessia após o dia 23.

Até lá, além das minhas atividades rotineiras, estarei inteiramente dedicada ao V SERNEGRA.

🔼Um abraço.🔽

Temer: A relação com os Estados Unidos (USA) não vai mudar

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- Claro que não! Mas, a relação dos USA com o Brasil certamente mudará.

Trump não vai apenas construir um Muro físico na fronteira com o México. O muro dele será outro. Será virtualmente ideológico e atingirá a todos os povos que não se enquadram no seu conceito de sociedade perfeita. E isso inclui o Continente Americano do SUL e o Africano. Além disso, Trump não hesitará em destruir a economia dos países do Mercosul, provocando assim a sua da desintegração, com a ajuda dos governos conservadores do Brasil e Argentina. Já a África, essa continuará sendo olhada apenas como um depósito de negros esqueléticos e dispensáveis.

Mas, no que depender do governo ilegítimo de Michel Temer, a relação continuará a mesma. Ou seja: De DEPENDÊNCIA econômica e SUBMISSÃO TOTAL.

Se depender de Temer e seus aliados no Congresso Nacional, o Brasil será sempre um país DEPENDENTE do FMI, de Wall Street, das políticas de exclusão e segregação social e racial, do conservadorismo, da intolerância religiosa, do sexismo, do dogmatismo e fundamentalismo religioso. 

Aqui, a Bancada BBB - Boi, Bala, Bíblia -, ajudou a dar o Golpe. Lá, votou em peso em Trump. Ele foi eleito pelo voto indireto dos delegados conservadores e evangélicos, “em nome de Deus”.

Também contou com a ajuda de imigrantes brasileiros – teve um que em entrevista a uma rede de TV falou até que o Trump tem mesmo que fechar a porta da “nossa casa”. Como assim, nossa casa?! -, que de lá bateram panelas, ajudando os golpistas de plantão. Esses, não demorarão a colher os furtos da opção que fizeram. Porque, por mais que se considerem cidadãos norte-americanos, aos olhos dos nativos, jamais passarão de estrangeiros. Estrangeiros duplamente renegados pelas suas consciências.

Porém, o mais triste é constatar que a denominada a “maior Democracia do Mundo”, tão cantada e decantada como um modelo a seguido, não passa de engodo eleitoral Republicano, que decide a vida das pessoas e nações, por meio do VOTO INDIRETO.

E, indiretamente milhões de pessoas em todo o mundo serão atingidas.

Inclusive os das senzalas brasileiras, sempre subservientes às políticas neoliberais.

Porque, por mais que disfarcem, os da Casa Grande, esses sempre se safam!

A ideia é de a literatura iluminar o mundo, nem que seja o nosso pequeno mundo

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Luis Fernando Verissimo.

"Matei' tanto alemão e japonês enquanto brincava que o pai me levou ao médico. Acho que por isso sou pacifista até hoje".

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Com mais de 70 livros publicados, entre romances, novelas, crônicas, contos e cartuns, o escritor, cronista, jornalista, desenhista, saxofonista, torcedor fanático do Internacional de Porto Alegre e filho de Érico Verissimo (1905-1975) Luis Fernando Verissimo completou 80 anos em 26 de setembro. 

"O escritor tem de acender uma luz na escuridão, que é a própria dualidade humana""O escritor tem de acender uma luz na escuridão, que é a própria dualidade humana" O aniversário coincidiu com o lançamento de As Gêmeas de Moscou (Companhia das Letrinhas), que conta a história das irmãs Olga e Tatiana, idênticas na aparência e no gosto pelo balé. Mais talentosa, porém arrogante, Olga vive um episódio marcante que vai mudar seu jeito de ser.

Outro lançamento é Verissimas (Editora Objetiva), antologia de frases de obras de Verissimo garimpadas pelo publicitário e jornalista Marcelo Dunlop. "Essa é mais uma coisa que acontece comigo sem minha iniciativa. Nem vi ainda as frases que ele selecionou. Se não gostarem, reclamem com o Marcelo", diz, com seu jeito tímido carregado de humor. "A vida foi acontecendo. Por isso não tenho nenhum plano para os próximos 80 anos. A minha grande vocação, mesmo, é para me aposentar. É sério. Acho que se eu parasse de escrever, não faria falta."

Sua carreira é dedicada a retratar situações nem sempre engraçadas que fazem o leitor rir. Como quando fala da morte ou das "DRs" entre casais. "Discutir a relação é tema que interessa. Um dos protótipos que temos à mão; encontros, desencontros, bem aproveitados." Não é por acaso que figura entre os autores brasileiros mais lidos no mundo, apreciado por leitores de todas as idades, até mesmo do público que ele agora brinda com as Gêmeas. "Nunca escrevi um livro especificamente para o público infantil. É difícil escrever para criança, acertar o ponto entre ser acessível sem ser condescendente."

Manifesto em favor do arco-íris

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Por isto, defendamos o arco-íris. O nosso Brasil arco-íris e de tudo quanto é cor. E fica declarado que daqui por diante o 5 de outubro será o dia do arco-íris.

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5 de outubro de 2016: o governo anuncia que quer tirar o Brasil do vermelho.

Não é bem assim. Porque este governo está transformando o Brasil num cheque sem fundo para os brasileiros, mas especial e sem limite para as multinacionais, as petroleiras, as financeiras.

Na verdade o que o governo quer é expulsar o vermelho do Brasil.

Não vai dar certo.

Pra começo de conversa, o governo teria de aprovar uma PEC reformando o arco-íris. 

Ou proibindo de vez que o arco-íris apareça no Brasil. Mas aí ele teria de proibir também o nascente e o poente. E o planeta Marte.

O vermelho está em toda parte. 

Está na camiseta do Internacional, do América, do Bangu, do Flamengo, do Remo, do São Paulo e de muitos outros times brasileiros. Não que os outros times não tenham direito a outras cores. Claro que têm. Porque o Brasil ainda é, apesar do novo governo, o Brasil de todas as cores. O Brasil do arco-íris, até do ultra-violeta e do infra-vermelho, do branco e do negro, tudo misturado.

O vermelho está em doze das bandeiras dos estados brasileiros. Até na do estado de São Paulo! E a do Espírito Santo tem uma faixa cor-de-rosa.

“Porque fazer história soa bem em qualquer língua”

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Hillary Clinton faz camiseta em homenagem à presidenta eleita Dilma Rousseff.

Dilma fez escola. 

Veja o que Hillary Clinton está vendendo em seu Facebook: uma camiseta com a palavra… presidenta. 

Custa US$ 30. 

O anúncio diz: “Porque fazer história soa bem em qualquer língua”.

(Ancelmo Gois – O Globo)

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Clique aqui para conferir a camiseta.

Chega de intermediários: Bora alugar o país de vez

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Nem bem conseguimos efetivar cotas para negros, indígenas, quilombolas e os mais pobres e já vamos para o ralo. 

Ou seja, da barbárie para a decadência, sem passar pela civilização. 

O sucateamento do ensino público superior também só interessa a quem quer ganhar dinheiro com o sistema privado, que é pífio em capacidade de pesquisa básica e extensão. Ou privatizar o sistema público e, daí, ganhar dinheiro com ele.

Nesse contexto, faz todo o sentido que o governo Michel Temer queira tornar possível que direitos como férias, 13º salário, jornada semanal e tempo de almoço, hoje garantidos pela CLT, possam ser negociados livremente entre patrões e empregados. É o negociado sobre o legislado, menina dos olhos do empresariado, parte da Ponte para o Futuro, do PMDB, que funcionará como um Poço para o Passado e pode ser aprovada sem precisar passar pelo Congresso, por canetada presidencial.

Leia a matéria completa aqui.

Agosto chega no embalo do Fest Bossa & Jazz em Natal e Pipa

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Com novas atrações nacionais e internacionais e lançamentos de novos talentos potiguares, a segunda etapa do Fest Bossa & Jazz, Circuito 2016, chega na praia de Ponta Negra (praça Ecológica), em Natal, nos dias 24 e 25 de agosto e na praia da Pipa (palco Principal), município de Tibau do Sul, nos dias 26, 27 e 28 de agosto.

Esta é a sétima edição do Festival que já recebeu três mil crianças e jovens em suas oficinas e workshops. Pelo palco principal apresentaram-se mais de 100 atrações  nacionais e internacionais e novos talentos potiguares, proporcionando um intercâmbio entre artistas consagrados e os novos jovens músicos, compositores e cantores. Cerca de 200 mil pessoas já acompanharam as edições realizadas em Natal, Pipa, Mossoró e São  Miguel do Gostoso. Juçara anunciou também para este ano, mais uma novidade, as caminhadas ecológicas, parceria com o Projeto TAMAR, incluindo palestras sobre preservação ambiental e sustentabilidade na praia da Pipa. 

Em Ponta Negra, Natal

Na programação, que tem Liz Rosa na curadoria musical e coordenação artística, bandas e músicos de encher os ouvidos em delírio. No primeiro dia (quarta, 24), em Natal, a potiguar Clara Menezes; o multi-instrumentista Filó Machado (SP), sobem ao palco da Praça Ecológica, logo após a americana Grana Louise se apresenta ao lado da Décio Caetano Blues Band.

No segundo dia (quinta, 25), ainda em Natal, o primeiro a encantar o público será o vencedor do edital ‘Novos Talentos do RN’, seguido de Dani e Débora Gurgel Quarteto (SP), na sua fusão de melodias e ritmos brasileiros. A atração internacional fica por conta de Mark Lambert (EUA), guitarrista e arranjador que toca ao lado de Jimmy Duchowny (bateria), Jefferson Lescowich (baixo), Wanderson Cunha (trombone) e Vander Nascimento (trompete). Para não deixar saudades, tem Jam Session depois dos shows, nas duas noites.

Em Pipa

A renda cidadã: uma saída viável da crise mundial

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"Pelo fato de alguém ser humano, tem direito a uma renda cidadã que lhe garanta uma vida digna, embora frugal". 

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A crise econômico-financeira de 2007-2008 estremeceu os fundamentos da economia capitalista (este é seu modo de produção) e o neoliberalismo (este é sua expressão política). A tese básica era dar primazia ao mercado, à livre iniciativa, à acumulação privada, a lógica da competição em detrimento da lógica da cooperação e  a um Estado mínimo. O lema em Wall Street de Nova York era: greed is good, traduzindo, a cobiça é boa. Quem olha numa perspectiva minimanente ética já podia saber que um sistema montado sobre um vício (cobiça) e não sobre uma virtude (bem comum), jamais poderia dar certo. Um dia irria implodir.

A implosão começou com a falência de um dos maiores bancos norte-americanos, o Lehman Brothers, levando todo o sistema bancário e financeiro numa incomensurável crise. Em poucos dias pulverizaram-se trilhões de dólares. Parecia o fim deste tipo de mundo. Oxalá fosse.

Curiosamente, os que desprezavam o Estado, reduzindo-o ao mínimo, tiveram que recorrer a ele, de joelhos e mãos juntas. Os bancos centrais dos Estados tiveram que despejar trilhões de dólares para salvar as instituições financeiras falidas. A máquina de fazer dinheiro rodava em máxima velocidade, dia e noite.

Houve como consequência da crise, até hoje ainda não superada, também entre nós,  a quebra de milhares de empresas e até de países como a Grécia com altíssimo grau de desemprego. Destruiram-se fortunas mas mais que tudo se criou um mar de sofrimento humano, suicídios e até de fome no mundo inteiro. Dados recentes referem que nos USA uma sobre sete pessoas passa fome. Imaginemos o resto do mundo.

O Faroeste Vermelho

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A mostra O Faroeste Vermelho exibe 17 filmes de western produzidos na União Soviética, na Ásia Central e na Alemanha Oriental ao longo do século XX. 


A filmografia rara e inédita no Brasil pode ser vista até domingo (17), na Caixa Cultural do Rio de Janeiro. São 17 filmes produzidos ao longo do século 20 em países do então bloco soviético, com as mesmas características do  western, gênero clássico do cinema norte-americano.

Com a colaboração de Ludmila Cvikova e Melissa van der Schoor, do Festival Internacional de Roterdã, a retrospectiva está organizada em torno das produções soviéticas da Mosfilm, os Indianerfilms da DEFA na Alemanha Oriental, e os longa-metragens da Ásia Central.

Inéditas em mostras no Brasil, entre as películas mais singulares e desconhecidas pelo público, destacam-se “O sol branco do deserto’ (Белое солнце пустыни), 1969, de Vladimir Motyl, que inverte ideologicamente a figura do cowboy do Velho Oeste para o soldado bolchevique do Leste Europeu; “Os Filhos do Grande Urso” (Die Söhne der großen Bärin), 1966, de Josef Mach, que coloca o indígena como protagonista em sua luta contra o avanço imperialista e desenvolvimentista norte-americano; além de “As papoilas vermelhas” do Issyk-Koul (Alye maki Issyk-Kulya), 1971, de Bolotbek Shamshiev; e “A sétima bala” (Sedmaya pulya), 1972, de Ali Khamraev.

Confira a programação completa e como chegar aqui.

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Caixa Cultural/EBC

Janis Joplin muito além do mito

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Em 'Janis: Little Girl Blue', Amy J. Berg apresenta a mulher por detrás de um dos maiores ícones do rock'n'roll: o bullying, o abuso de drogas e a solidão que levaram a cantora há 46 anos. Filme mostra a fragilidade de uma das primeiras mulheres a brilhar no tão masculino universo do rock'n'roll

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Blue, do inglês, pode significar simplesmente a cor azul, mas também um estado melancólico e de tristeza. É exatamente este último o sentido da palavra no título do documentário Janis: Little Girl Blue, que estreou no dia 9/7 no Brasil. Muito além do furacão Janis Joplin dos palcos e da rainha do rock, como a cantora era conhecida, havia uma “menininha triste” que, por um tempo, encontrou refúgio na música.

Com um roteiro excepcional e um começo encantadoramente simples, o filme da diretora americana Amy J. Berg traz inúmeras imagens de arquivos (algumas inéditas até então), correspondências pessoais, desenhos e entrevistas concedidas por Janis, além de depoimentos atuais de amigos, companheiros de trabalho e familiares da cantora.

Ao todo, Amy levou sete anos para concluir este longa-metragem biográfico que acompanha a vida de Janis Lys Joplin desde a infância, na cidade natal de Port Arthur, no Texas, quando ainda sonhava em ter um corpo de modelo e uma cara sem espinhas para tentar se adequar ao extremo conservadorismo local. Mas ela era diferente demais de todos os colegas de classe e este acabou se tornando seu maior pesadelo: as intimidações e a solidão encarnaram na menina desde cedo.

Foi com a música que Janis Joplin encontrou pela primeira vez a aceitação dos outros. Na abertura do filme, a voz off de Janis responde a uma jornalista sobre o porquê cantava: “Porque eu posso sentir coisas diferentes. É divertido. Sentimentos que não encontraria indo a festas o ano todo ou saindo com todas as pessoas que gostaria. Você sente coisas que estão na sua mente e sabe que são de verdade. É por isso que eu gosto da música, porque vem de dentro e traz sentimentos". O mundo exterior não costumava ser gentil com ela, por isso fez da música sua válvula de escape.

1000 horas de puro JAZZ

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Com as maiores lendas da história.

David W. Niven foi um professor do ensino médio de Nova Jersey, Estados Unidos. Durante 70 anos ele gravou 650 fitas cassetes de jazz, totalizando mais de 1000 horas de música. O acervo traça um panorama de toda a história do Jazz, de 1921 a 1991, ressaltando a força do gênero musical e suas transformações ao longo de mais de meio século.

Em 2013, com autorização da família de Niven, o arquivista Kevin J. Powers digitalizou toda a coleção, intitulada “Early Jazz Legends”, e disponibilizou na internet. Para Powers, o acervo representa o que há de melhor música americana do século 20. Niven também escreveu setlists e notas que estão disponíveis juntamente com a coleção.

Nomes como Louis Armstrong, Bix Beiderbecke, Duke Ellington, Benny Goodman, Miles Davis, John Coltrane, Charlie Parker, Ornette Coleman, Dizzy Gillespie e Charles Mingus fazem parte do acervo. Os arquivos estão disponíveis nos formatos Mp3, Ogg Vorbis, Vbr e Torrent. Para fazer o download basta clicar sobre o formato desejado e mandar salvar.

Clique aqui para acessar: 1000 horas com as maiores lendas da história jazz para download gratuito.

Ou, acesse o Gadgets no canto direito do Travessia.

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Por Carlos Willian Leite, na Revista Bula


“Do que vale uma esquerda que não é reconhecida pelo povo”?

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Aleida Guevara, cubana e filha do revolucionário Che Guevara faz a provocação na abertura do Festival Utopia.
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A fragilidade e fragmentação da esquerda na América Latina foi criticada pela ativista cubana Aleida Guevara durante seu discurso na conferência de abertura do 1º Festival Internacional da Utopia, que aconteceu em Maricá (RJ).

Para ela, a esquerda deve basear suas ações nas demandas concretas do cotidiano das pessoas e deve aprender com as populações mais carentes e com os povos tradicionais. “Temos que ser mais firmes, coerentes e responsáveis. (…) Temos que ganhar o respeito de quem nos escuta. Do que vale uma esquerda se ela não é reconhecida pelo povo?”, questionou.

A pediatra, que é filha do guerrilheiro Che Guevara, disse acreditar que o grande erro das esquerdas da região é se dividir “em pedacinhos”. “Há uns 20 partidos que se dizem de esquerda, mas que não se unem pelos objetivos comuns. Se não juntarmos nossas forças, não venceremos nunca”, afirmou.

Aleida ainda criticou a postura das forças progressistas que ocuparam o Estado. “Tomamos o poder e não mudamos as leis criadas pela burguesia. Assim, não conseguiremos fazer nenhuma transformação profunda”, criticou.

A ativista criticou ainda o governo estadunidense e a recente reaproximação dos EUA com Cuba, que ela classificou como uma “utopia do inimigo”.

“Eles têm, há séculos, a utopia de se unir à ilha. É seu sonho irrealizável. E agora estão mudando os métodos. Eles perceberam que cometeram erros com o povo cubano, trataram a revolução cubana com um bloqueio criminal. E agora falam de abrir novas negociações”, afirmou.

Zum-Zum: O homem que diz dou, não da...

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No mundo da Lua.

Uma das histórias mais reveladoras a respeito de Baden Powell é aquela, famosa, de que, em 1966, ele recebeu no Rio de Janeiro um telegrama convidando-o a tocar na Casa Branca, em Washington, para o presidente americano Lydon Johnson e seus convidados. Era umas daquelas recepções que eles costumavam dar entre uma guerra e outra e para a qual chamam os artistas do momento - uma grande honra.

Mas o convite chegou meio de supetão, e Baden já tinha compromisso para aquele dia. Foi exatamente a resposta que ele mandou pela WESTERN:

- "Não posso. Estreio na quinta-feira no Zum-Zum".

A graça está no detalhe do Zum-Zum: Uma deliciosa e minúscula boate de Copacabana nos anos 60, com capacidade máxima para 100 pessoas, e de propriedade de Paulo Soledade, boêmio e velho amigo de todo mundo. Se Soledade soubesse da proposta, teria adiado a temporada de Baden e o levado até o aeroporto do Galeão, mesmo que ele não quisesse ir, e o posto dentro do avião.




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Minha Coleção Folha 50 Anos de Bossa Nova

Deu Brexit: Reino Unido vai sair da União Europeia. E agora, James?

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Digamos que o "…e agora, James?" seja uma paródia do famoso poema de Drummond, "E agora, José?"

Quem deve também estar feliz neste momento é a rainha Elizabeth II. Mas por um motivo diferente daquela dos demais felizes. Afinal, ela não governa, apenas reina.

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Depois da até certo ponto surpreendente vitória do Brexit, A Saída, no plebiscito de 23 de junho, esta é a pergunta que não quer calar. Mas respondê-la não é nada fácil.

Em primeiro lugar, porque de fato ninguém sabe o que vai acontecer. Em segundo, porque na semana que antecedeu o plebiscito um certo otimismo, que se revelou fantasioso, tomou conta de todas as frentes do "Ficar", das bolsas e mercados mundiais aos líderes do trabalhismo britânico. Este otimismo foi insuflado por pesquisas de intenção de voto que se revelaram também fantasiosas. Comecemos por aí.

As pesquisas e os efeitos colaterais
Durante semanas, a maioria das pesquisas dava uma vitória apertada para o "Sair". De repente, o quadro virou. O estopim foi o assassinato da deputada trabalhista Jo Cox por um extremista de direita. As pesquisas passaram a dar uma vitória apertada para o "Ficar". Alimentava esta visão também uma campanha mais agressiva do "Ficar" sobre as ameaças do "Sair", pondo em risco empregos, devido à retração econômica que a saída inevitavelmente traria.

Por quê? Porque a saída vai mexer na estrutura das exportações e importações do Reino Unido para o continente europeu. O Reino Unido perde a posição privilegiada de membro da União Europeia e terá de se submeter às regras, que podem ser incômodas, da Organização Mundial do Comércio.

O medo
O medo foi o fator preponderante em ambas as campanhas. Do lado do "Ficar", o medo da eventual tempestade financeira e econômica que o "Sair" traria. Deste lado, mobilizou-se o medo da invasão das "hordas bárbaras": refugiados da Síria, da África e do Oriente Médio, além de imigrantes do antigo Leste europeu, ameaçando empregos e o establishment da classe média, sobretudo britânica.

Os 74 anos de talento e indignação do Desportista do Século

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De Muhammad Ali.

"Não sei quem foi o maior de todos, mas, certamente, Ali foi o melhor cidadão que já lutou boxe peso-pesado". As palavras são do pugilista George Foreman, declaradas no documentário Champions Forever (1989).

O Documentário revela o respeito que o posicionamento político de Ali contra o racismo nos Estados Unidos provocava nas pessoas.  O boxeador lutava há 32 anos contra o mal de Parkinson e morreu nesta sexta-feira (3), no Arizona (EUA) 

Além de revolucionar o boxe peso-pesado, o atleta, que convivia com os líderes negros Martin Luther King e Malcon-X. Enfrentou a segregação racial americana em um dos momentos mais agudos. 

Em 1967, também alegando motivos religiosos, ele se recusou a legitimar a guerra do Vietnã: “Vietcong nenhum me chama de “nigger” (termo pejorativo comumente usado pelos racistas americanos). 

Ali preferiu ficar sem o título, sem os muitos milhões de dólares que teria ganhado, sem o direito de exercer sua profissão - em razão da inacreditável pena de suspensão por tempo indeterminado que recebeu da máfia do pugilismo. Para sobreviver o atleta passou a dar palestras nas universidades. 

A recusa resultou no banimento de Ali do boxe por três anos. Além disso, foi sentenciado a cinco anos de prisão e ao pagamento de multa de US$ 10 mil.  Aguardando o processo em liberdade, Ali voltou aos ringues em 1970, quando nocauteou o adversário Jerry Quarry. Em 1971, a Suprema Corte dos Estados Unidos retirou as acusações de insubmissão, encerrando o imbróglio judicial.

O nome de nascimento de Ali é Cassius Marcellus Clay Jr, nascido em Louisville, no estado de Kentucky, em 17 de janeiro de 1942. A mudança de nome ocorreu quando ele se converteu ao islamismo.


Ágil, enquanto os atletas do peso-pesado eram grandalhões e lentos, Ali mudou a história da categoria. Foi campeão olímpico em 1960, nos Jogos de Roma. Conquistou o título dos pesos pesados em 64, após vencer Sonny Liston.

Justiça, ainda que tardia!

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Em julgamento histórico, Justiça argentina condena oficiais envolvidos na Operação Condor.

A Justiça argentina declarou culpados, na sexta-feira (27/05), 15 oficiais por participação na Operação Condor, cooperação entre regimes autoritários na América do Sul entre as décadas de 1970 e 1980 para combater à “subversão” nos países. 

O tribunal de Buenos Aires condenou o último presidente do período ditatorial do país, Reynaldo Bignone (1982-1983), a 20 anos de prisão por crimes de lesa-humanidade. O ex-mandatário de 88 anos atualmente cumpre pena em uma penitenciária por diversos delitos.

Além dele, outros 16 militares - 15 argentinos e um uruguaio, o coronel Manuel Juan Cordero foram julgados por sequestro, tortura e desaparecimento forçados. 


Catorze foram condenados e receberam penas que variam entre oito e 25 anos de prisão, incluindo Cordero, pela privação ilegítima de liberdade do filho e da nora do poeta uruguaio Juan Gelman. Os fundamentos da sentença serão conhecidos em 9 de agosto.

No Brasil, atriz Bete Mendes, presa e torturada em 1970, encontrou o coronel Brilhante Ustra numa viagem ao Uruguai em 1985. Ela era deputada federal, e ele atuava na embaixada em Montevidéu. Na volta, ela denunciou Ustra ao presidente Sarney. Aos 67, a atriz diz não temer retrocessos, mas pede atenção aos movimentos contra a democracia.

A diferença entre um rei e um escravo é a coragem

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A grande depressão e o mágico de Oz.

Um coração para o homem de lata, um cérebro para o espantalho, coragem para o leão e um lar para Dorothy. Esta é a busca dos personagens de "O mágico de Oz", um musical clássico de 1939. 

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A música expõe a realidade estúpida do operário - personagem da letra - que construiu tudo o que constitui o “american way of life” (feito ou estilo americano). A maioria dos fãs compra a versão de que é uma história típica de Hollywood com final feliz. Poderia ser se não tivesse Yip Harburg como letrista. 

Posso imaginar Yip Harburg em um bar frequentado por roteiristas, artistas, compositores da Broadway logo após a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. Os pedintes nas esquinas o deixam indignado. 

Yip começa então a rabiscar num guardanapo a letra da música que se tornaria o verdadeiro hino da depressão norte-americana. Um gole na bebida e um verso: “Eles me diziam que eu estava construindo um sonho”. 

Outro gole, novo verso: “Com paz e glória à minha espera”. Engole a seco, conclui a quadra: “Por que então estou aqui na fila/ esperando apenas por um pedaço de pão?”

O título da canção “Brother, can you spare a dime?” pode ser traduzido por “Amigo, você tem um trocado?”. Bing Crosby gravou em 1932 - muitos outros famosos regravam até hoje - e foi um retumbante sucesso. 

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